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sábado, 29 de agosto de 2009

Palloci e Francenildo: vence a desonestidade covarde

Só para lembrar, porque a história já é conhecida: Francenildo dos Santos denunciou o então ministro Antonio Palloci. Na tentativa de desacreditar o caseiro, covardemente usou sua força política e, com a ajuda do presidente da Caixa Econômica Federal na época, quebrou o sigilo bancário de Francenildo que teve sua conta exposta na imprensa. Palloci foi afastado do cargo junto com o assessor que o ajudou na patifaria e Jorge Mattoso demitido da CEF.
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Ontem, Palloci foi julgado pelo STF. Por mais previsível que fosse, o resultado a favor do violador da conta bancária alheia - comemorado de maneira indecorosa pelo Planalto - foi revoltante .***
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Segundo informam os jornais, a absolvição foi o sinal verde para Antonio Palloci se candidatar nas eleições de 2010. Serão duas alternativas: concorrer ao governo de São Paulo ou, pior ainda, substituir Dilma Roussef numa candidatura fraca principalmente depois que suas mentiras foram divulgadas.
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Vamos ver qual será a reação dos eleitores de São Paulo, o Estado com o maior número de pessoas cultas neste país de ignorantes. E chamar brasileiro de ignorante não é ofensa, é realidade. Só para dar um exemplo: no outro dia falei em Dilma Rousseff e ouvi a seguinte pergunta: "Quem é Dilma? " Quando expliquei que era aquela ministra com problema de câncer, ouvi o seguinte: "Ah! Já sei!"
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É esse tipo de eleitor que decidirá nosso futuro. Pessoas que só conhecem Dilma por causa de uma doença, jamais saberão quem é o covarde Palloci, que até agora não teve ao menos um resfriado. Corremos o risco de ver na presidência da república, uma assaltante de bancos ou um assaltante da privacidade e do saldo bancário.
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Votaram a favor da desonestidade de um homem público não confiável: Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Ellen Grace, Eros Grau, Cesar Peluso. Votaram contra: Ayres Brito, Carmen Lúcia, Marco Aurélio, Celso de Mello.
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Caso um de nós tivesse um jeito de invadir
o saldo bancário de Antonio Palloci, o que nos aconteceria?
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Nota: O ex-presidente da CEF, o único foi punido pelo STF, poderá escolher: responder ao processo na primeira instância ou dar palestras em escolas públicas por dois anos sobre "o sistema democrático e o processo eleitoral".

Pobres criancinhas!

A uma Excelência - Olavo de Carvalho

Imagem de Silsaboia

A uma Excelência

Por Olavo de Carvalho
Mídia Sem Máscara

Desafio Vossa Excelência (refiro-me à excelência do seu cargo, pois na sua pessoa não vejo excelência nenhuma) a provar que estou mentindo:

A tortura é crime hediondo, com o atenuante de, no Brasil, ter sido praticada seletivamente contra terroristas assassinos. O terrorismo também é crime hediondo, com o agravante de ter sido praticado contra populares inocentes.

Os crimes de tortura, reais e supostos, já renderam às suas vítimas alguns bilhões de reais em indenizações, enquanto as vítimas do terrorismo não receberam nem mesmo um pedido de desculpas.


São tratadas como uma escória desprezível, culpadas de terem se atravessado, por bobeira, no caminho do carro da História, então carregadinho de trastes como Vossa (humpf!) Excelência.

O governo representado por Vossa (repito a ressalva) Excelência tem dado apoio ao regime cubano, que, numa população muito menor que a brasileira, torturou e matou e continua torturando e matando aproximadamente cinqüenta vezes mais pessoas do que a ditadura brasileira.

Vossa (argh!) Excelência é portanto pelo menos tão culpado de cumplicidade moral com a tortura quanto aqueles a quem acusa.

O governo que Vossa (com o perdão da palavra) Excelência representa dá apoio ao regime da Coréia do Norte, que neste mesmo momento tem duzentos mil prisioneiros políticos encarcerados - nenhum terrorista entre eles, só civis desarmados -, submetidos não só a torturas e maus tratos infinitamente piores do que aqueles infligidos aos terroristas brasileiros, mas também a trabalhos forçados, dos quais os bandidos amados de Vossa (?) Excelência foram totalmente poupados pela ditadura.

Não venha me dizer que apoio a regimes torturadores não é cumplicidade com a tortura.


Diretamente e/ou através dessa central do crime que é o Foro de São Paulo, o governo que Vossa (como direi?) Excelência representa dá integral apoio político às Farc, que neste preciso momento mantêm em cativeiro, sob condições desumanas e - é claro - sem acusação formal ou julgamento, aproximadamente sete mil seqüestrados.

Tudo o que o seu governo quer para as Farc é premiá-las não só com a anistia geral e irrestrita, mas com a elevação delas à condição de partido político legal, a prova mais patente de que o crime compensa.

Apoiando as Farc, seu governo é ainda cúmplice da morte de dezenas de milhares de brasileiros sacrificados anualmente pelo narcotráfico colombiano, diretamente ou através de seus agentes locais, os celerados do PCC.

O governo representado por Vossa (porca miséria!) Excelência não é cúmplice só de tortura, mas de homicídio em massa. Comparado a vocês, o famigerado delegado Fleury era um amador, um principiante. O Champinha, então, nem se fala.

Vossa (ora, bolas!) Excelência carrega a culpa moral de mil vezes mais crimes do que aqueles a quem acusa e quer punir.


Vossa (isto cansa!) Excelência não tem a mais mínima autoridade moral para acusar torturadores, assassinos, narcotraficantes ou quem quer que seja.

Vossa (pela última vez) Excelência tem mais é de ir para casa e esconder a vergonha sem fim da sua vida inútil, destrutiva, toda feita de fingimento, hipocrisia e engodo.

Diário do Comércio

Os francenildos - Carlos Reis

Por Carlos Reis

Esse foi o 21o livramento de cara de Antonio Palocci pelo STF, um recorde de impunidade difícil de ser batido, o que joga o nome do STF na lama comum dos porcos do Senado ou coisa pior.

O que eu acho?

O STF deu um tapa na cara dos francenildos brasileiros, uns 191 milhões deles. Não errei a conta, dos 192 milhões de brasileiros não incluí 1 milhão, onde estão os petralhas e seus apoiadores e admiradores, e eu mesmo, que não sirvo para ser francenildo.

Agora, que não houve surpresas, não houve.

Tudo era esperado.

Afinal, quem é o STF para botar na cadeia ou apenas dar uma pena de trabalhos comunitários a um figurão do governo Lula? Esse foi o 21o livramento de cara de Antonio Palocci pelo STF, um recorde de impunidade difícil de ser batido, o que joga o nome do STF na lama comum dos porcos do Senado ou coisa pior. E quem foi que disse que aquela montanha vaidosa de erudição presta para alguma coisa?

Alguns dizem que Palocci não foi absolvido porque não foi julgado.

Foi absolvição sim, e essa decisão foi muito melhor para a República de Ribeirão Preto. Não há mais sequer o incômodo de continuar pagando advogados com o dinheiro do povo!

O STF se cagou, embora o voto de quatro componentes da sessão de ontem terem sido pela aceitação da denúncia. Os votos vencedores, no entanto, já eram conhecidos - nós sabemos quem são esses ministros.

francenildoEu fico imaginando se fosse o contrário: um ministro tucano, ou outro qualquer, quebrando ou mandando quebrar o sigilo bancário de um do povo, de um francenildo.

Que gritaria!

Ditadura!

Chamem os homens de preto dos Direitos Humanos!

Aqui vale lembrar a que se reduziu a justiça brasileira da era petralha: para os amigos a legalidade; para os inimigos a legitimidade. Ou seja, Hans Kelsen invertido dando de goleada em Carl Schmitt! Foi exatamente esse o voto do Hans Kelsen, o alemão presidente desse tribunalzinho brasileiro.

Perdemos, entretanto, de saber qual seria o voto do Negrão. Incomodado com terríveis dores nas costas, provavelmente oriundas da surra que levou dos capangas do alemão Hans Kelsen, o Negrão ficou de fora. Quem sabe vem uma vingançazinha dos francenildos por aí, já que o negrão é o relator do caso dos mensaleiros, e representante assumido dos francenildos.

Às vezes eu fico otimista, deve ser a hora do almoço em que escrevo - ela sempre me deixa assim -, para acreditar que o "representante do povo" colocado lá pelo Ali Babá vá defender os francenildos da quadrilha dos 40. Vamos ver.

O resultado do prêmio foi o embaixador das FARC no Brasil ter ficado livre para concorrer ao governo de São Paulo, e com chances enormes. A KGBIN a essa altura deve estar preparando um "substancioso" dossiê, tanto quanto foi o voto do Hans Kelsen nacional.

Os tucanos que se cuidem em São Paulo com a República de Ribeirão Preto, e os gaúchos mais ainda, com a República de Santa Maria de Eros Grau, Nelson Jobim, e Tarso Genro, a.k.a, Carl Schmitt.

Mídia sem Máscara

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Vídeo pode confirmar data exata em que Lina teve reunião secreta com Dilma para cuidar do escândalo Sarney

Por Jorge Serrão

Uma revista de grande circulação ameaçava ontem colocar na Internet imagens do vídeo de segurança que comprova o dia exato em que a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira manteve uma reunião sigilosa com a ministra-candidata Dilma Rousseff, quando ocorreu o pedido para “agilizar” o caso da investigação contra a família Sarney.

Para piorar, a defesa feita ontem pelo senador Romero Jucá do sistema de segurança do Palácio do Planalto (agora em reformas) só alimentou novos ataques da oposição em cima das esfarrapadas explicações sobre o não-registro do encontro.
O líder do governo no Senado subiu ontem à tribuna para informar que existem registros no sistema de segurança do Planalto da entrada da ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira nos dias 9 de outubro do ano passado e nos dias 22 de janeiro, 16 de fevereiro e 6 de maio deste ano.

Jucá demonstrou que as entradas de Lina estão registradas da seguinte forma, no sistema de controle de acesso:

9/10/08: 10h13 - 11h29;
22/1/09: 17h59 - 20h57;
16/2/09: 16h57 - 18h35;
6/5/09: 17h05 - 20h33.
O caso ganha ares misteriosos porque Lina Vieira afirmou não se lembrar da data exata em que se reuniu com Dilma e a ministra lhe pediu para "agilizar" as fiscalizações da Receita sobre os negócios da família Sarney.

Lina teria dito que o encontro teria ocorrido em 19 de dezembro, mas não garante a precisão da data. Dilma nega que tal encontro tenha ocorrido. Negar o tudo que não convém é uma característica do desgoverno do chefão Lula. A mitomania petista se supera a cada dia.
Antes de ir ao plenário, Romero Jucá conversou por telefone, ontem de manhã, com o ministro-chefe da Segurança Institucional, general Jorge Armando Félix.

Também se reuniu, em seu gabinete do Senado, com a equipe técnica responsável pela área de “portaria” do Palácio do Planalto:

o assessor-chefe de Segurança do presidente da República, general Gonçalves Dias, e o chefe do Departamento de Segurança, coronel Carlos Roberto Sucha.

A recusa à CPI só pode ser devida à gravidade do que existe lá dentro.

Por Nelson S. Oliveira

Democracia é acima de tudo dar transparência aos atos de gestão, principalmente dos recursos do Estado, adquiridos através dos impostos.

A CPI é um instrumento constitucional de apuração da correta aplicação desses recursos.

A recusa reiterada em que se investigue as fortes denúncias, nos moldes que estão ocorrendo com as verbas do Senado, e no caso presente da Petrobrás, a maior empresa nacional, é o mesmo de que o nosso banco nos impedisse de examinar o nosso extrato.

Principalmente para quem tem ampla maioria na composição da própria CPI!

Só pode ser devido à gravidade do que existe lá dentro.
O que, aliás, já é sabido, pelo menos em parte, mas se faz necessário o trâmite legal, para que as responsabilidades sejam definidas e aplicadas as sanções previstas em lei.

A obstrução dos governistas é muito grave, fere os princípios da Democracia que citou, e mancha irremediavelmente o nome dos "dignos" senadores envolvidos.

Uma vergonha, em meio a este escândalo dos atos secretos, passagens, nomeações, etc.!"

Ele não vai dar nenhum valor, pois está alheio a qualquer argumento, por mais cristalino que seja, e que nada tem a dizer a não ser esta forma rasteira de revidar com agressões, palavrões, ou acusando seus opositores pelos seus próprios erros.


Este comentário foi feito sobre a postagem:


 

Uribe corrige Lula na reunião da Unasul (União das Nações Sul-Americanas)

Uribe corrige Lula e diz que EUA nunca tiveram bases na Colômbia

da Folha Online
da Ansa, em Bariloche


O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, corrigiu o colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, ao se pronunciar pela segunda vez na reunião da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) que acontece em Bariloche (Argentina) e que tem como foco o acordo militar que aumenta a presença militar dos Estados Unidos na Colômbia e que provocou preocupação nos vizinhos.

Lula ressaltou que os maiores consumidores de substâncias ilícitas "não estão aqui" e exortou "os países ricos" a combaterem o problema dentro de suas próprias fronteiras.

Em resposta, Uribe disse que "nunca existiram bases" dos EUA na Colômbia e ressaltou crer que a sucessão de acordos militares entre Bogotá e Washington está dando bons resultados.

Uribe descarta convocar Obama para falar sobre acordo militar

Da EFE

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, rejeitou hoje que a União de Nações Sul-americanas (Unasul) convoque o líder dos Estados Unidos, Barack Obama, para falar sobre o acordo militar entre Bogotá e Washington, e negou que o país faça "jogos de hipotéticas guerras com seus vizinhos".

"Não acho que devemos chamar para prestar contas o presidente Obama", afirmou Uribe durante discurso no qual respondeu às duras críticas feitas pelo governante equatoriano, Rafael Correa, que preside este semestre a Unasul, e aos questionamentos de outros líderes do bloco sobre seu pacto com os Estados Unidos.

"Uma coisa é procurar ter o melhor diálogo com os Estados Unidos e outra coisa é chamar Obama para prestar contas sobre este tema", acrescentou.

Uribe respondeu com contundência ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, o mais crítico ao acordo militar, que, nos últimos dias, tinha advertido que "ventos de guerra" corriam na região.

O líder colombiano destacou que o relatório militar dos Estados Unidos apresentado hoje na cúpula por Chávez não é uma revelação, mas é "público", e acusou o venezuelano de ameaçar verbalmente a Colômbia.

"Em várias ocasiões o presidente Hugo Chávez expressou que a qualquer momento pega os aviões e que em poucos minutos está na Colômbia. Sofremos permanentes ameaças verbais. Nós jamais fizemos uma ameaça verbal ou de fato", disse Uribe na cúpula extraordinária da Unasul realizada hoje em Bariloche, na Argentina.

Ele acusou o Governo da Venezuela de fazer "uma apologia" de dirigentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o que considerou um "insulto ao povo colombiano".

Uribe assegurou também que na Venezuela estão dois chefes guerrilheiros: "Ivan Márquez" e "Timochenko", apelido de Luciano Marín Arango e Rodrigo Londoño, respectivamente.

"Rejeitamos a intervenção política que se quer ter na Colômbia", afirmou Uribe.

O presidente também reivindicou ao equatoriano Rafael Correa que "corrija os números" sobre plantações de droga que ofereceu durante seu discurso e outras afirmações.

"Eu não posso aceitar que diga que seu país lida com as Farc", respondeu Uribe ao presidente do Equador.

O presidente rejeitou a proposta do líder da Bolívia, Evo Morales, de assinar uma declaração conjunta de rejeição à instalação de bases estrangeiras na América do Sul, pois isso implicaria a proibição de seu acordo.

"A Colômbia tem armas de guerra, mas quero dizer que a constituição da Colômbia não permite que seu Governo autorize transferência de tropas. Qualquer seja o conteúdo do acordo (com os EUA), a Constituição da Colômbia não pode aceitar trânsito de tropas", ressaltou.

Bariloche (Argentina), 28 ago (EFE).-

O sonho americano

O sonho americano

por Dylan

Com a morte do senador Edward Kennedy, fechou-se mais um capítulo da dinastia política desta família, marcada pela tragédia e os escândalos, mas mais importante, modelo do idealismo e da concepção do sonho americano.

Todos os irmãos foram expoentes do liberalismo norte-americano, partilharam o mesmo legado: a democracia, inclusive morreram em nome dela.

A ambição política progressista era correspondida com triunfos retumbantes, dados pelas minorias sem voz, pelos imigrantes e injustiçados, no fundo, a possibilidade de todos acreditarem novamente na América, pelas mãos de três grandes estadistas.

Aqui.

O velho, o desclassificado, o inacreditável Collor canta de galo no Senado Federal, e o Brasil assiste. O Brasil é covarde.

Brasil covarde
Por Guilherme Fiúza

Em defesa de José Sarney, Collor mandou Pedro Simon engolir suas palavras. Simon voltou a falar, mas engoliu. Em seco. Depois relatou que teve medo.

O olhar vidrado de Collor lembrou ao senador gaúcho o crime cometido pelo pai dele, Arnon de Mello, que matou um colega no plenário. Simon achou que podia ter o mesmo fim trágico.

Trágico mesmo nessa história é o medo do valente Pedro Simon. Acabaram-se os homens públicos, acabou-se o espírito público. Se um Collor babando de ódio é suficiente para calar um democrata, a democracia será regida pelos psicopatas.

Collor disse a Simon que não se atrevesse a repetir o seu nome, nunca mais. A intimidação fez efeito, e Simon não mais pronunciou o nome do colega.

Se ainda existissem homens públicos, Pedro Simon, ou qualquer outro senador, deveria ter respondido imediatamente a Fernando Collor de Mello (este é o nome dele): o Senado é uma alta representação do povo, os que lá estão têm nomes, e no dia em que algum deles não puder ser pronunciado a democracia terá morrido.

Vamos repetir o nome do senador que não quer ser mencionado, e que foi obedecido por Pedro Simon: Fernando Collor de Mello. É muito importante pronunciar este nome, para que ele não seja esquecido jamais.

Fernando Collor de Mello é o ex-presidente da República que acreditou poder governar na marra, com medidas truculentas como o confisco da poupança dos brasileiros, e que julgou poder usar o mandato popular como instrumento privado em benefício próprio.

Ao lado de seu famoso tesoureiro, Paulo César Farias, condenado por corrupção, Fernando Collor de Mello foi acusado em vários processos de lesar a administração pública, teve que renunciar, e foi condenado no Senado à perda de seus direitos políticos por oito anos.

Collor foi absolvido na Justiça, cumpriu a pena política e conseguiu voltar a se eleger. Estava no seu pleno direito. Era hora dos incomodados se calarem.

Ao entrar no plenário do Senado bufando, tentando intimidar, ameaçando com chantagens e perseguições, este homem está dizendo o seguinte ao país: não quer ser tratado como um democrata, quer ser tratado como bandido.

Entre o medo de Pedro Simon e a apatia da opinião pública, Fernando Collor de Mello (este é o seu nome) saiu de cabeça erguida do Senado. O terror venceu. E no dia seguinte, foi recebido discretamente por ninguém menos que sua santidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O velho, o desclassificado, o inacreditável Collor canta de galo no Senado Federal, e o Brasil assiste. O Brasil é covarde.

É por isso que José Sarney sobe à tribuna e mente à vontade. Não tem problema ele dizer que não tem nada a ver com Agaciel e a farra do tráfico de influência. O Brasil sabe de tudo. Mas a covardia abençoa os cínicos.

Se Collor pode fazer discurso de bandido no Senado e ser recebido em seguida por Lula, por que implicar com as molecagens da família Sarney?

O melhor é ligar a TV e assistir à marmelada no Conselho de Ética com pipoca e Coca-Cola.

PS: O nome do senador impronunciável é Fernando Collor de Mello.

A política e a politicalha - Rui Barbosa

A política é a arte de gerir o Estado, segundo princípios definidos, regras morais, leis escritas, ou tradições respeitáveis.

A politicalha é a indústria de explorar o benefício de interesses pessoais.


Constitui a política uma função, ou um conjunto de funções do organismo nacional: é o exercício normal das forças de uma nação consciente e senhora de si.


A politicalha, pelo contrário, é o envenenamento crônico dos povos negligentes e viciosos pela contaminação de parasitas inexoráveis.

A política é a higiene dos países moralmente sadios.

A politicalha, a malária dos povos de moralidade estragada”.

Rui Barbosa

#forasarney


Protestos de 7 de Setembro

São Paulo – SP

Ação: manifestação pública
Quando: segunda, dia 07 de setembro
Horas: às 14h
Onde: MASP
Mais informações

Porto Alegre – RS

Ação: manifestação pública
Quando: segunda, dia 07 de setembro
Horas: às 9h
Onde: concentração em frente a Câmara Municipal

São Luís – MA

Ação: manifestação pública
Quando: segunda, dia 07 de setembro
Horas: às 9h
Onde: rotatória do Bacanga, em frente à Capela de São Pedro
Mais informações

Florianópolis – SC

Ação: manifestação pública
Quando: segunda, dia 07 de setembro
Horas: às 16h
Onde: Trapiche da beira-Mar
Mais informações

Vitória – ES

Ação: manifestação pública
Quando: segunda, dia 07 de setembro
Horas: às 9h
Onde: em frente ao Bob’s na Praia do Canto

Goiânia – GO

Ação: manifestação pública
Quando: segunda, dia 07 de setembro
Horas: às 15h
Onde: Na Praça Universitária

Tuntum – MA

Ação: manifestação pública contra opressão governamental (Roseana e Sarney)
Quando: segunda, dia 07 de setembro
Horas: às 15h
Onde: Concentração em frente a Unidade Integrada Gilza Léda, Bairro Vila Luizão
O que levar: cartazes, bandeiras, apitos, panelas…



AOS AMIGOS, TUDO!


AOS AMIGOS, TUDO!

Nenhuma surpresa o Palocci ter sido abençoado com o arquivamento do processo por quebra de sigilo bancário.

Todos os jornais anunciaram o desfecho antes, talvez porque todos saibamos quem indica os ministros do STF.

Percebe-se que já não há nenhuma instituição neste país com a qual possamos contar ou na qual possamos confiar.

A justiça não se faz aqui.


Aqui a justiça que se tem é esta que se viu pela tela da TV Justiça, construida com contorcionismos legais e latinórios verbais a engendrar a interpretação de uma lei a fim de que se chegasse aonde adrede se queria: livrar Palocci legalmente.


Moralmente Palocci está como sempre, manchado, marcado.


E se no STF, em Brasília, não se fez justiça de verdade, aqui, em São Paulo, saberemos fazê-la sem precisarmos de tanta ginástica neuronal e sem latim.


A urna nos bastará!


Porque em São Paulo Lula não consegue fazer ingerência há já um bom tempo.

Mara Montezuma Assaf
montezuma.fassa@gmail.com
São Paulo

MAIS UM ATO VERGONHOSO DO SENADO


Parece coisa do outro mundo, mas é mais um deboche praticado pelos membros daquela casa.

Cada um dos 81 senadores poderá abrir quantos gabinetes quiser nos estados onde foram eleitos, e contratar 79 funcionários pagos com o nosso dinheiro.

E podem fazer campanha eleitoral.

Este absurdo foi aprovado pela Mesa Diretora daquela Casa dos Horrores, mas só foi publicado no Diário Oficial no fim de semana, quando o acesso ao mesmo é menos concorrido.

Será que esta falta de vergonha não acaba nunca?

Ou será que os senadores estão querendo intimidar a opinião pública, mostrando a todos que eles podem fazer o que quiser?

Todo povo tem um limite, até o mais complacente.

A paciência de todos com este bando de políticos que tomou de assalto o Congresso Nacional está chegando ao fundo do poço.

Wilson Gordon Parker

enviada por Silsaboia

A agenda de Dilma


A agenda pública de Dilma Rousseff registra em 19 de dezembro de 2008 uma reunião do Conselho da Petrobras em Brasília às 9h, que acabou às 14h13, momentos antes de a ministra encontrar com Lula.

A “dura” na Petrobras foi uma das razões da queda de Lina, em julho.

Para livrar Palocci, Supremo manda às favas os fatos

Espetacular artigo de Josias de Sousa
Veja!

Fábio Pozzebom/ABr

Foram cinco votos contra quatro. O Supremo mandou ao arquivo a denúncia que acusava Antonio Palocci de violar o sigilo bancário de Francenildo Costa.


O tribunal livrou também a cara de Marcelo Netto, ex-assessor de imprensa de Palocci. Quanto a Jorge Mattoso, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, a denúncia foi convertida em ação penal.


Mattoso será o único a responder por um crime que o Ministério Público diz ter sido cometido em comunhão de propósitos. A decisão empurrou para dentro da história do STF uma página deplorável.


O tribunal tinha diante de si uma peça de aparência hediondamente harmoniosa.


A denúncia tinha cara de crime, corpo de delito, patas de abuso de poder e rabo de desfaçatez. Virou uma mula sem cabeça.


Relator do processo, Gilmar Mendes dividiu o crime da quebra de sigilo em dois:
a invasão da conta e a revelação do conteúdo. Viu evidências de que Mattoso invadiu.


Mas acha que não há provas de que tenha recebido ordens de Palocci.


E quanto à revelação?


Para Gilmar, também neste caso não há evidências nem contra Palocci nem contra Marcelo Netto. Ainda que houvesse, disse que o ex-ministro e o ex-assessor não estavam obrigados por lei a guardar sigilo alheio. Só Mattoso.


Votaram com Gilmar os ministros Eros Grau, Ricardo Levandowiski, Ellen Gracie, Cezar Peluso, que se eximiu de votar quanto a Mattoso e Netto. Divergiram: Cármen Lucia, Carlos Ayres Britto, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello.


O inusitado da decisão salta justamente das manifestações dos quatro ministros vencidos. Cármen Lucia entrelaçou datas, horários e gestos. Num dia, 14 de março de 2008, o caseiro Francenildo fala ao Estadão.


No dia seguinte, 15 de março, entra em cena um jardineiro, conhecido de Francenildo. Trabalhava na casa da repórter Helena Chagas, então no Globo. O jardineiro conta a uma dupla de repórteres do jornal que Francenildo recebera um dinheirinho. Compraria uma casa.


A informação chega aos ouvidos do senador Tião Viana (PT-AC). Súbito, Helena Chagas recebe um convite para se encontrar com Palocci. A repórter vai ao ministro. Palocci pergunta se o jardineiro se disporia a depor contra o caseiro. Ela diz que não. A coisa estava pendente de confirmação.


No dia 16 de março, houve, no dizer de Carmen Lucia, “o fato incontroverso”: o sigilo da conta de Francenildo foi quebrado. Naquele dia, às 19h, Palocci se encontra com Jorge Mattoso, presidente da CEF. Deu-se numa reunião ocorrida no Planalto.


Dali, Mattoso retorna à CEF. Às 20h, repasse a um assessor o CPF e o nome do caseiro. Às 20h58, os extratos de Francenildo são arrancados dos computadores da Caixa.
Às 21h15, o assessor de Mattoso entrega a ele um envolope com os dados.


A essa altura, Mattoso já não estava na CEF. Encontrava-se num restaurante de Brasília.
O assessor alcançou-o na mesa do jantar. Palocci toca o telefone para Mattoso. Chama-o à sua casa.


O presidente da CEF chega à residência do ministro ao redor das 23h. Entrega-lhe os extratos. Até aí, tudo reconhecido em depoimentos dos próprios acusados.


“A quem aproveita [o vazamento]?”, perguntou Cármen Lucia.


Interssava a Palocci. Francenildo revelara à CPI dos Bingos que o então czar da economia freqüentava a mansão de lobby dos amigos da província, a “República de Ribeirão Pretro”. Ali, trançavam-se negócios e pernas.


Já vencido pela maioria, Marco Aurélio Mello despejou sobre o plenário a pergunta fatídica: “É proibido o recebimento de denúncia contra o hoje deputado Antonio Palocci?


A resposta é desenganadamente negativa”.


Marco Aurélio esmiuçou a cena que Cármen Lucia começara a esboçar. Ele leu nacos da denúncia. Marcelo Netto, ex-homem de imprensa de Palocci, testemunhara o encontro em que Mattoso entregara os extratos ao chefe.


No dia seguinte, 17 de março, a vida bancária do caseiro escalaria o sítio da revista Época. Os autos informam, relembrou Marco Aurélio, que, antes da veiculação, foram disparados seis telefonemas do aparelho de Netto para a redação de Época.


“A divulgação da notícia com os dados bancários se deu pouco mais de uma hora depois desse último contato”, o ministro enfatizou. A revista, disse o ministro, reconhecera ter manuseado os extratos. Recebera uma cópia dos papéis.


Por meio de perícia, a PF verificara que se tratavam de reproduções dos papéis que Mattoso entregara a Palocci, em versão original, na noite anterior. “Ainda se diz que essa denúncia é inepta!”, admirou-se Marco Aurélio. Para ele, de tão clara, a peça chega a ser “acadêmica”.


Carlos Ayres Britto evocou Ulysses Guimarães, que costumava render homenagens a “Sua Excelência o fato”. “A materialidade dos fatos é vistosa, inescondível”. Lembrou que, nessa fase do processo, bastam os indícios.


“Se precisássemos de provas robustas nesse momento, já teríamos a certeza da condenação dos indiciados. Os indícios me convencem de que a denúncia se impõe como peça robusta, suficiente para a abertura da ação penal”.


Para Ayres Britto, o caso era emblemático: “Envolve um cidadão comum do povo, homem simples. Um homem que teve a coragem de, na CPI dos bingos, revelar o que lhe parecia desvio de comportamento de uma autoridade do primeiro escalão [Palocci]...”


“...E justamente contra esse cidadão comum, simples, corajoso, é que se desencadeou a quebra deo sigilo bancário e o vazamento dos dados. Como se a pessoa pobre, simples, comum, não tivesse o civismo suficente para, sem interesses subalternos, revelar fatos que incumbe às autoridades apurar”.


Desafortunadamente, a denúncia envolvia também personagens que não costumam ser tratadas como pessoas normais. Para o STF, Mattoso agiu só. É como se um anjo da guarda, a serviço de Palocci, tivesse ditado nos seus tímpanos o CPF e o nome de Francenildo.


Depois, a ordem: quebre o sigilo, entregue ao ministro.


Marco Aurélio anteviu o óbvio insinuado nas manifestações dos advogados.


O próximo passo será sustentar a tese de que Mattoso não fez senão cumprir com a sua obrigação.


Mandou verificar uma conta cuja movimentação que parecera atípica.


quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O país que absolve o culpado e pune a vítima mostra a cara na TV

Por Augusto Nunes

Horas antes do começo da sessão do Supremo Tribunal Federal que acaba de inocentar Antonio Palocci, o caseiro desempregado Francenildo Costa continuava pouco animado com a ideia de assistir ao julgamento.

Ainda não viu a cor do dinheiro que a Caixa Econômica terá de pagar-lhe pela quebra ilegal do sigilo bancário. Teria de arrumar um terno. E desconfiava de que a coisa iria dar em nada. ”Eles sempre se ajudam”, previu.

Esse ceticismo vem sendo alimentado faz dois anos e meio. Desde março de 2006, quando o crime ocorreu, Francenildo colhe sucessivas evidências de que o Brasil já não se limita a absolver pecadores. Também pune inocentes.

Por ter contado que Palocci aparecia com frequência na mansão suspeitíssima que jurou não conhecer, o caseiro da “República de Ribeirão Preto” perdeu o emprego, o sossego, a mulher e a chance de conseguir trabalho fixo em Brasília.

O culpado ficou dois meses deprimido com a perda do emprego, mas se elegeu deputado e, com a abolvição, poderá escolher entre a volta ao primeiro escalão e a candidatura ao governo de São Paulo. A depressão se foi faz muito tempo.

Convencido pelo advogado, que também lhe emprestou o terno, chegou ao STF nesta quinta-feira disposto a depor. Os ministros negaram-se a saber o que tem a dizer um brasileiro que nunca foi ouvido em qualquer tribunal. Quando entrou no plenário, ficou intrigado com aquelas capas longas e pretas.

Quando a sessão começou, ficou confuso. Nunca ouvira alguém falando juridiquês. Se o advogado não traduzisse o que diziam os doutores, não teria entendido uma vírgula da discurseira.

Caso o intérprete improvisado não tenha censurado especialmente inverossímeis, Francenildo soube que virou réu durante o falatório do advogado José Roberto Batocchio.

Para salvar a pele do cliente, o doutor voltou a lançar suspeitas sobre o dinheiro que a vítima recebeu do pai. E insinuou que, durante algum tempo, a Polïcia Federal esteve por algum tempo sob o comando de um caseiro de alta periculosidade.

Presidente do STF e relator do caso, Gilmar Mendes admitiu que o sigilo foi quebrado. Mas não há provas de que Palocci participou diretamente do crime, decidiu, balizando o caminho que percorreria ─ e que seria seguido por cinco ministros.

Quatro optaram pela sensatez e pela lógica. Se o caseiro não desmentisse o ministro, o estupro não teria ocorrido, certo? Se fossem localizadas irregularidades na conta, Palocci conseguiria desqualificar o testemunho de Francenildo e manter-se no cargo, certo?

Gilmar Mendes acha pouco.

Quer provas.

Ele só aceitaria tocar o caso adiante se Palocci, além de ordenar o estupro, fosse pessoalmente à agência da CEF, obrigasse o gerente a descobrir bandalheiras na conta e entregasse a papelada aos jornalistas amigos.

Como não fez isso, talvez sobre para presidente da CEF, Jorge Mattoso.

Para o caseiro, sobrou de novo.

Sempre sobra.

As legendas exibidas na tela informavam que estava em curso, transmitido ao vivo pela TV Senado, o julgamento da ”Pet 3898 - MPF x Antonio Palocci Filho e outros”. Pet de petição, MPF de Ministério Público Federal. O som e as imagens foram muito além do prometido.

Foram escancarados, nesta quinta-feira, alguns traços perversos da rosto do país: a verborragia, a arrogância, o farisaísmo, a erudição farsesca, o cinismo, a miopia malandra.

Viu-se em sua sórdida inteireza a cara do país que absolve os Paloccis e castiga os Francenildos.

Auditores preparam dossiês contra o PT

Com as demissões no Fisco, motivadas pela fiscalização maior a grandes empresas, potenciais doadoras da campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à sucessão de Lula, o governo pode ainda ter detonado uma bomba de efeito retardado.

Os servidores ligados à ex-secretária Lina Maria Vieira - que entregaram os cargos alegando ingerências políticas no órgão - têm informações preciosas sobre a Receita e os supostos desmandos praticados nos meses que antecederam a queda de Lina.

"É possível que apareçam dossiês e que haja o uso indiscriminado de dados pessoais em favor deste ou daquele interesse.

Acho que teremos em 2010 a campanha presidencial mais violenta da história do país", completa Villa.

Na avaliação do estudioso, a máquina está sendo "azeitada" para blindar a candidatura oficial e minar qualquer investida dos adversários.


"Herança dos tempos absolutistas, cultivada com afinco durante os regimes ditatoriais, o nosso país infelizmente ainda não conseguiu o necessário aperfeiçoamento do regime democrático, pois mantém o poder do presidente da República e de ministros de Estado para nomear e afastar dirigentes de instituições com competência para o exercício de atividades exclusivas de Estado", diz a nota.

Leia mais sobre a crise na Receita na edição impressa do Correio Braziliense

Acusados no caso do caseiro vão poder trocar processo por penas alternativas

Troca poderá ocorrer caso STF abra ação penal contra Mattoso e Netto.
Ex-ministro Palocci, no entanto, rejeitou a possibilidade de pena alternativa.

Foto: Gil Ferreira/STF
Foto: Gil Ferreira/STF
STF durante julgamento da denúncia feita pelo MPF contra o ex-ministro da Fazenda
e deputado federal Antonio Palocci (PT-SP)

Diego Abreu Do G1, em Brasília

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (27) que o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso e o jornalista Marcelo Netto poderão trocar por penas alternativas o processo que respondem por quebra do sigilo do caseiro Francenildo Costa, junto com o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, caso ao final do julgamento desta tarde o Supremo abra ação penal contra os três suspeitos.

A sessão começou às 14h35 desta quinta.

No julgamento de hoje, o STF decidirá apenas se abrirá ação contra os três acusados. Caso essa seja a decisão, todos passarão à condição de réus e serão julgados pelo Supremo em data a ser definida, com a possibilidade de serem condenados, caso não façam acordo com Ministério Público (MP)No julgamento de hoje, o STF decidirá apenas se abrirá ação contra os três acusados.

Caso essa seja a decisão, todos passarão à condição de réus e serão julgados pelo Supremo em data a ser definida, com a possibilidade de serem condenados, caso não façam acordo com Ministério Público (MP).

A sugestão de troca é do próprio MP, que propôs a ambos a realização de palestras sobre o sistema democrático e doação de 50 resmas de papel para uma associação de deficientes visuais.

Os dois teriam dito, no entanto, que só se manifestariam sobre uma possível concordância com a proposta do MP depois que o STF julgasse se aceitaria ou não a denúncia – questão que será analisada na sessão desta tarde.

O caso foi suscitado após o presidente do STF, Gilmar Mendes, chamar uma questão de ordem para analisar se seria ou não cabível que Mattoso e Netto decidissem sobre a troca do processo por pena alternativa após uma eventual abertura de ação penal.

É praxe no STF que, antes da análise do inquérito em plenário, o acusado se manifeste sobre propostas do MP.

É o caso de Palocci, que, em agosto do ano passado, não aceitou trocar o julgamento no plenário do Supremo pela suspensão do processo e o cumprimento de trabalhos comunitários como pena alternativa.

Apesar disso, o ex-ministro ainda tem a opção de fazer a troca. G1

Direto do Plenário: Procurador-geral da República sustenta procedência da denúncia contra Palocci


O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, lê seu parecer, neste momento, no qual opina pela procedência da denúncia contra o deputado federal Antonio Palocci, o ex-presidente da Caixa, Jorge Eduardo Levi Mattoso, e o jornalista Marcelo Netto, na Petição 3898.

A denúncia apura a suposta prática de quebra de sigilo bancário de Francenildo dos Santos Costa fora dos procedimentos e hipóteses autorizadas em lei, bem como a divulgação de forma indevida aos meios de comunicação desses dados bancários, fato que caracterizaria infração ao disposto no artigo 10 da Lei Complementar nº 105/2001 combinado com o artigo 29 do Código Penal.

Em discussão: Saber se a denúncia é inepta por ausência de justa causa; saber se estão presentes os requisitos para o recebimento da denúncia.


Em instantes, mais detalhes.

Aqui.

Teatro na Casa dos Horrores



NO TRIBUNAL, O TRABALHADOR CONTRA O BURGUÊS DO CAPITAL ALHEIO

Por Reinaldo Azevedo

Eu não tendo a atribuir sentido, sei lá como dizer, “moral” (?) à origem social dos indivíduos.

As pessoas são o que são e, eventualmente, aquilo em que se transformam.

Há os bons e os maus em todos os estratos (com “s” mesmo) sociais. Essa história de santificar os “de baixo” e satanizar os “de cima”, de opor “povo” a “elites”, de distinguir aqueles que são ideologicamente confiáveis dos que são suspeitos, bem, isso tudo é com o PT e com Lula.

Eles transformaram essas distinções em categorias políticas.

Assim, como ignorar a ironia do dia? Na prática, as duas forças que se opõem, hoje, no tribunal são o “pobre”, o “operário” (caseiro), o “ideologicamente puro”, o “homem do povo” Francenildo Costa e o “elitista” Antonio Palocci, ex-ministro de estado, ex-todo-poderoso (e ainda muito poderoso) da República, o enfant gâté do mercado financeiro, um medalhão do partido que organiza a burguesia do capital alheio.

É uma pequena, ou nem tão pequena assim, ironia da história.

O partido que prometia, no que já é um clichê, levar a classe operária ao paraíso terminou, na simbologia da própria legenda, opondo-se a ela num tribunal. E

pelos piores motivos: o “estado burguês”, que era justamente o alvo do “coletivo dos trabalhadores” organizados num partido, foi mobilizado, pelos motivos mais torpes, contra um trabalhador em particular.

O STF aceitará ou não a acusação contra Palocci? Vamos ver. O fato é que ele e seus companheiros participaram da mobilização do Estado contra o indivíduo. Isso é inequívoco. O extrato (este com “x”) bancário que foi entregue ao então ministro, apurou a PF, é o mesmo que foi vazado à imprensa.

Na prática, o humilíssimo Francenildo e o mui poderoso Palocci se confrontam no tribunal.

E isso conta uma boa parte da história moral do PT.

STF começa a julgar Palocci no caso de quebra de sigilo

da Folha Online, em Brasília
da Folha de S.Paulo

O STF (Supremo Tribunal Federal) começou a julgar por volta das 14h30 desta quinta-feira o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda) no processo de violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

A expectativa é que Palocci seja poupado pelo Supremo de responder a uma ação penal.


O relator do caso é o presidente do STF, Gilmar Mendes, que não abriu mão de apresentar o seu voto mesmo estando no comando da Corte --normalmente os presidentes repassam a um colega os processos sob sua responsabilidade.

O gesto sinaliza o peso político da questão.

Se escapar, Palocci terá de optar entre muitos projetos políticos desenhados para ele pelo PT: candidato ao governo de São Paulo, ministro agora ou numa eventual nova gestão petista no Planalto ou até como plano B à pré-candidatura de Dilma Rousseff à Presidência.

O ex-ministro foi indiciado em 2006 pela Polícia Federal sob suspeita de ter encomendado a quebra do sigilo bancário do caseiro.

Segundo reportagem da Folha, publicada em fevereiro, Palocci alegou ao STF, em defesa preliminar no inquérito que tramita em sigilo no tribunal, que não há provas de que deu a ordem para a quebra.

Em sua defesa, protocolada em 2008 pelo advogado Roberto Batochio, Palocci diz que faltou à PF investigar outros possíveis focos da quebra de sigilo, como a própria PF e a Receita Federal.

O depoimento do caseiro à CPI dos Bingos, em 2006, expôs contradições de Palocci contidas num depoimento dado à CPI dias antes.

O depoimento do caseiro ligou Palocci a um grupo de lobistas de Ribeirão Preto (SP) dos quais procurava se afastar. Dias depois, o sigilo da conta de Francenildo foi quebrado. Em seguida, os dados foram divulgados pela revista "Época".

A PF concluiu que a quebra era uma tentativa atabalhoada de altos funcionários do governo de desqualificar o caseiro.

O dinheiro depositado na conta de Francenildo, R$ 25 mil, tinha origem de fácil comprovação: eram pagamentos feitos pelo seu pai biológico, um empresário de ônibus do Piauí, que assumiu a autoria dos depósitos, sem relação com senadores da oposição na CPI.

A ação precipitou a queda do ministro. Palocci, o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso e o assessor de imprensa do ex-ministro na época, Marcelo Netto, foram indiciados pela PF. No caso de Palocci, a acusação é de violação de sigilo funcional e prevaricação (deixar de cometer ato de ofício).

O inquérito foi remetido ao STF.

Mercadante é a metástase, imposta por Lula, o radioativo, a todos os que o cercam.

RUBINHO E MERCADANTE,
ANVERSO E REVERSO DA BRASILIDADE!


“O Mercadante renunciou
à renúncia,
desistiu de desistir,
revogou o irrevogável e
mijou pra trás...”

José Simão, humorista


Por Waldo Luís Viana*


Rubinho Barrichello é a cara do Brasil. Modesto, intenso, bom moço, bom pai e filho, vive a carreira com dedicação e é emérito piloto, apesar das piadas que lhe fazem por não conseguir ganhar sempre no automobilismo. Não é gênio como Aírton Senna, mas já foi vice-campeão mundial no esporte. Todos o respeitam no meio em que trabalha e ele próprio cuidou de nos confessar, recentemente, que ama o país e adora ser brasileiro.

Aloísio Mercadante é o reverso cru dessa medalha intensa. Falso doutor e falso líder, melífluo no falar, mas fâmulo e sacripanta no fazer – o jovem já velho senador produziu dos piores monumentos à indignidade humana, nesta semana. Tentou renunciar e renunciou à renúncia. O que era irrevogável e partia das entranhas foi apascentado pelo gosto do pior sabujismo, que é a doutrina preferida dos intelectuais orgânicos do PT.

Lula não gosta de intelectuais orgânicos. Só criam problema para a sua personalidade grotesca, cheia de complexos psicanalíticos que os brasileiros tão bem conhecem e aprenderam a aguentar. Enquanto nossas meninas do vôlei ganham torneio internacional e nossos atletas voltam de Berlim sem medalha por falta de mais apoio e patrocínio, enquanto o bom Brasil funciona, o mau Brasil de Mercadante e Lula, da corrupção mastodôntica e dos piores exemplos de dignidade se espraia pelo poder Legislativo e se instala como cancro cancerígeno dentro do PT. E Mercadante é a metástase, imposta por Lula, o radioativo, a todos os que o cercam.

Livrar-se do PT e de suas lutas antigas e incômodo programa – eis a tarefa, legada pelo presidente, aos próprios petistas em nome do poder pelo poder. Continuar mandando é a suprema fruição, porque o povo até gosta de tal opressão, em troca de migalhinhas.

Ficamos assim: o bom Brasil, enquanto pode, vai andando apesar deles. O país da Petrobrás, do BNDES, da Caixa Econômica e do Banco do Brasil, o quadrilátero da prosperidade que segurou a crise internacional, e que não começou com o PT, continua vivo. Temos, também, personalidades de excelência nessa nação, distribuídos entre a medicina, o direito, a música, a engenharia, a arquitetura, a cultura, o humor, o canto e a música – a ponto de, por alguns instantes, conseguirmos esquecer da política e de sua podridão.

Ocorre que, ao contrário de Rubinho, que permanece lutando pela competência e não desiste nunca, Mercadante resolveu ficar, desmoralizando até o Dia do Fico, completamente envolvido num day after de imensa tristeza durante outro mês de agosto que tivemos que atravessar.

Ter desistido da renúncia é quase tão grave quanto a própria renúncia de Jânio Quadros e o suicídio de Getúlio (menos, Waldo, Mercadante é personagem bem menor!) – todos acontecimentos terríveis vividos também no mês cruel. O líder do PT, fragilizado e sem credibilidade, vai exibir o cenho de um partido em frangalhos, que nada conseguirá produzir a não ser servir de cadeira mole para o chefe sentar, quando bem quiser.

Aliás, esse partido chegou ao paroxismo em matéria de culto à personalidade. Nem partidos leninistas da Europa ou da Ásia movimentaram-se em torno de um líder com tanta subserviência. E a contradição maior no cenário (sempre, a velha dialética!) é que um partido de esquerda, que deveria honrar mais o homem social que o individual, acaba imprensado e destruído pelo próprio presidente-fundador. Imagine o que possa acontecer ao partido se Lula, o radioativo**, desaparecer?

A esse ridículo culto à personalidade, Mercadante se submeteu com uma cartinha e a espinha inclinada, como é do seu estilo. É um injustiçado em matéria de cargos pelo próprio presidente, que não quer a falsa erudição do companheiro por perto, enchendo o saco no Executivo e prefere que ele fique no Legislativo, chateando os outros.

Esse personagem, agora de ópera-bufa, vai se movimentar no Senado, pedindo desculpas, com sorriso amarelo e bigode arriado. Todos os que lhe virarem as costas irão comentar, entre gargalhadas, o nível a que chegou o parlamentar. Será um mágico em exercitar argumentos retorcidos para justificar o injustificável. Sua palavra valerá tanto quanto bexiga furada ao vento. Ninguém mais levará a sério o Mercadante que deseja prosseguir na carreira.

E qual carreira? A que precisa de votos está completamente comprometida. Dez milhões de votos, nunca mais, ficou como doce lembrança da biografia que ele cuidou, diligentemente, de conspurcar. O povo paulista gosta de novidades e vai se divertir com outros, retirando do cenário, em 2010, dois senadores paulistas.

Mercadante é o reverso da brasilidade porque provou que não tem coragem e corrige os rumos como autômato, com alguém torcendo a chave em suas costas para que ele exiba o tal discurso afinado. Como fingir grandeza, sem grandeza, desprendimento, sem desprendimento, ardor, se exibe uma personalidade calculista e fria, mas, paradoxalmente, sem qualquer racionalidade?

Já se diz até, a boca pequena, que na longa conversa com Lula resolveu, pela gravidade dos acontecimentos, desistir de disputar nova eleição, em troca do Banco Central, em fim de mandato. Assim, de posse das “inside informations” da República poderá vislumbrar boa e gorda aposentadoria.

Essa é a diferença entre ele e Rubinho. Este não precisa pensar em aposentadoria, porque está cumprindo o dever e nos enche de admiração e orgulho. Mercadante, ao contrário, é digno de compaixão, porque passou a demonstrar um apego inoxidável a cargos e vaidades, como um coronel nordestino de alma envelhecida. Mercadante nada mais tem a legar a ninguém.

Se já não tinha ideias confiáveis ou conhecidas, agora vai gritar sem ninguém ouvir, vai tentar criar espetáculo, quando o show será dos outros e rearticular um partido que não discute nada, apenas pergunta o que o chefe maior deseja. Mercadante representa o amém dos néscios e o velório das ditaduras.

O bom Brasil continuará funcionando e respirando para além dele. E os cidadãos, naturalmente, irão buscar outros exemplos para os filhos, decalcados naquele país de excelência que tem aí tantos exemplos e atitudes, como as de Barrichello, que nos enchem de alegria e orgulho.

Para viver sem grandeza, como personalidade pública, seria melhor morrer ou desistir. Mas isso o senador paulista, em fim de mandato, realmente demonstrou que não entende. Não entende do Brasil profundo e de nossa brasilidade...


* Waldo Luís Viana é escritor, economista (mesmo!) e poeta.
Preserva intacta a capacidade de vomitar...