AE - Agência Estado
De olho na eleição de 2010, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanhará pela televisão a partir das 14 horas desta quinta-feira a sessão do Supremo Tribunal Federal que decidirá sobre a abertura ou não de uma ação penal contra o seu ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, acusado da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, em 2006. Lula acredita na absolvição de Palocci e aposta nisso para trazê-lo oficialmente de volta aos holofotes, como candidato ao governo de São Paulo. O presidente entende que a biografia do deputado petista - um ex-ministro com trânsito no empresariado paulista - teria o condão de derrotar qualquer candidato da oposição no principal colégio eleitoral do País. Palocci, que se elegeu para a Câmara em 2006, é um dos mais frequentes interlocutores de Lula e chegou a ser cotado para voltar ao governo, na vaga de José Múcio Monteiro, que deixará a Secretaria de Relações Institucionais para assumir uma cadeira no Tribunal de Contas da União (TCU). Mas o presidente Lula insiste em que o melhor é que ele se candidate ao Palácio dos Bandeirantes. Como alternativa à possibilidade, Lula chegou a conversar com o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), que deveria transferir seu título eleitoral para a capital paulista. Mas Ciro rejeitou a ideia. Ontem, um assessor direto de Lula avisou que o presidente está buscando um nome para substituir o ministro Múcio e assegurou que não é o de Palocci.
Lula preferia que Ciro ficasse fora da disputa presidencial e as eleições do ano que vem tivessem um caráter plebiscitário, com apenas dois candidatos fortes - um a favor do governo e outro contra. Com a provável entrada de Marina Silva na disputa, como candidata do PV, o quadro mudou.
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