O Palácio do Planalto diz que as imagens que poderiam comprovar ou desmentir o encontro da ex-secretária da Receita Federal, Lina Viera, com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, não existem mais. Entretanto, o governo é desmentido pelo próprio edital de contratação da empresa que faz a segurança do Palácio.
Pelo documento, as imagens devem ficar armazenadas eternamente. É a segunda mentira proferida pelo governo no mesmo caso. A primeira foi negar a existência da reunião.
De acordo com o edital, vencido pela empresa Telemática Sistemas Inteligentes (TSI), os registros de acesso de pessoas e veículos ao Palácio do Planalto deveriam ser guardados em um banco de dados específico, com capacidade de armazenamento por um período “mínimo de seis meses”.
A partir de então, os dados deveriam ser “transferidos definitivamente para uma unidade de backup”. Ou seja, as imagens ainda deveriam existir.
“Ou o governo comprou gato por lebre ou tem os registros e não quer mostrar ao Brasil”, afirmou o senador José Agripino.
“Essa sucessão de evidências, de fatos e desmentidos mostra que o encontro ocorreu e foi tratado aquilo que a secretária falou”, completou o senador.
De acordo com Lina Vieira, Dilma queria que a ex-secretária “agilizasse” as investigações contra a família Sarney.
Segundo o edital, o banco de dados faz parte do Centro de Supervisão, que concentra “todos os servidores, matrizes de gravação, estações de operação e monitoramento, gravadores digitais, controles e equipamentos de recepção”.
O edital informa, porém, que as gravações das câmeras deveriam ser armazenadas “por um período não inferior a 30 dias, devendo ainda os mesmos (gravadores digitais) ser apoiados por um sistema de backup”. Aqui.
Se quisessem, já teriam desmascarado de uma vez por todas essa lenga lenga, mas ficam sangrando até não dar em nada, como fizeram nos escândalos do governo que surgiram no primeiro mandato.
Sangraram tanto que o defunto secou e não deixou rastro.
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