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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Senado identifica responsável pela publicação dos novos atos secretos

Senador Heráclito Fortes diz que seria o ex-diretor de Recursos Humanos.
O nome teria sido confirmado pelo encarregado dos boletins da Casa.

Do G1, com informações do Jornal Nacional

No início da noite desta quinta-feira (13), a direção do Senado informou que identificou o responsável pela publicação dos 468 novos atos secretos. Teria sido o ex-diretor de Recursos Humanos, Ralph Campos Siqueira.

Segundo o senador Heráclito Fortes, primeiro-secretário da Casa, o nome foi confirmado por Franklin Paes Landim, encarregado dos boletins da casa. Ralph Siqueira declarou que os atos não foram divulgados só agora - e que estavam com outros, descobertos em junho. Segundo ele, esses atos já tinham sido divulgados internamente.

Reportagem do “Jornal da Globo” desta quarta-feira (12) revelou a existência de 468 novos atos secretos dos anos de 1998 e 1999, que ainda não tinham entrado na contabilidade da Casa. Até então, a Casa reconhecia a existência de 511 atos secretos. A descoberta faz parte de um trabalho coordenado pela primeira-secretaria para levantar todas as decisões não publicadas.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Lula precisa defender democracia em nível internacional, diz 'Economist'

Editorial de revista britânica critica aproximação
de Brasil com Hugo Chávez.

Um editorial na edição desta semana da revista britânica The Economist afirma que chegou o momento de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fazer uma opção clara pela defesa da democracia em nível internacional e "decidir quais são seus verdadeiros amigos" entre os líderes mundiais.

Segundo a publicação, a estabilização econômica, aliada à "cordialidade" e ao "instinto de conciliação" de Lula - "que faz com ele tenha amigos em todo lugar" -, fizeram do Brasil um país influente em nível internacional.

No entanto, esta influência, na opinião da publicação, não veio com o "peso da responsabilidade" que deveria acompanhá-la, o que faz com que Lula corra o risco de deixar um legado "decepcionante" e "ambíguo".

"O Brasil precisa decidir o que realmente defende e quais são seus verdadeiros amigos, ou corre o risco de que outros façam esta escolha em seu lugar."

Segundo a revista, o governo Lula tem mostrado uma "embaraçosa negligência com a democracia fora de suas fronteiras".

Entre os exemplos desta postura, a publicação cita o "alinhamento do Brasil na ONU com países como China e Cuba para proteger regimes abusivos" e o fato de Lula ter comparado a crise que se seguiu às eleições presidenciais iranianas às reclamações da torcida de um time que perde uma partida de futebol.

Chávez

A revista também critica a postura adotada por Brasil em relação ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que classifica como "um homem que ameaça começar uma nova Guerra Fria na região", referindo-se às desavenças em relação ao possível acordo sobre o uso de bases militares colombianas pelos Estados Unidos.

"Só um paranoico pode conceber (o acordo) como uma ameaça à Venezuela e à Amazônia. Mesmo assim, o Brasil decidiu expressar preocupação com as bases, permanecendo em silêncio em relação às evidências de que membros do governo Chávez venderam armas às Farc", diz a revista.

A Economist finaliza dizendo que o modo de Lula evitar uma "nova guerra fria" na região é "não confundindo democratas e autocratas".

"(Lula) deve envergonhar Chávez fazendo uma defesa pública da democracia, o sistema que permitiu que um pobre torneiro mecânico subisse ao poder e mudasse o Brasil.

Por que os outros países merecem menos?", diz a publicação. BBC Brasil

A construção de um prédio inteiro para instalação do Interlegis, e uma grande reforma no prédio do Prodasen, se deram por ato secreto


Um prédio inteiro, de três andares

De Maria Lima, de O Globo:

A ousadia dos responsáveis pelo comando da máquina burocrática do Senado nos últimos 12 anos não se limitou ao uso de atos secretos para contratar apadrinhados, conceder aumentos, gratificações e outros tipos de desvios já anunciados. Na nova leva de mais 600 atos que ficaram na gaveta, assinados pelo ex-diretor Agaciel Maia e o ex-diretor de Recursos Humanos João Carlos Zoghbi, se descobre agora que a construção de um prédio inteiro, de três andares, para instalação do Interlegis, e uma grande reforma no prédio do Prodasen, se deram através dessa manobra.

- Não entendo como a reforma do Prodasen e a construção do prédio do Interlegis foi feito por ato secreto.

Se foi Agaciel e Zoghbi eles serão responsabilizados.

Se os funcionários se acham muito poderosos então me tirem da primeira secretaria, porque não vou conviver com isso - disse o primeiro secretário Heráclito Fortes (DEM-PI).

Leia mais:Construção milionária de prédio do Interlegis e reforma do Prodasen foram por ato secreto

Marina Silva vice de José Serra?

José Serra quer Marina Silva como vice

O governador tucano de São Paulo, José Serra, articula com o Partido Verde a possibilidade de a senadora Marina Silva (AC) compor sua chapa, como candidata a vice-presidente, caso ela se filie mesmo ao PV.

A aliança PSDB-PV chegou a ser discutida há meses, com Fernando Gabeira de vice, mas o sonho de Serra era ter alguém como Marina:


mulher, negra, de origem pobre e heroína da causa ambiental

Eita! Chefe de gabinete da Receita confirma declaração de Lina

Lina Maria Vieira

Servidora conta que ex-secretária do fisco foi chamada para reunião reservada no Planalto

Segundo Iraneth Weiler, Erenice Guerra, auxiliar da ministra, foi à sala de Lina agendar encontro no final de 2008; Dilma nega reunião

POR LEONARDO SOUZA e ANDREZA MATAIS

A chefe de gabinete do secretário da Receita Federal, Iraneth Dias Weiler, deu ontem depoimento à Folha em que corroborou detalhes das declarações que a ex-secretária Lina Maria Vieira faz sobre encontro que teria tido com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).

Em entrevista à Folha no domingo, Lina disse que, no final do ano passado, foi chamada para uma reunião reservada com Dilma no Planalto.

No encontro, segundo Lina, a ministra pediu para acelerar a auditoria que, por decisão da Justiça, o fisco faz nas empresas da família de José Sarney (PMDB-AP), dirigidas pelo filho mais velho do senador, Fernando.

Dilma afirma que jamais esteve a sós com Lina, que não houve reunião no Planalto e que não fez pedido nenhum.

Desafiou a ex-secretária a provar o que havia afirmado.

Funcionária de carreira da Receita, Iraneth confirmou que Erenice Guerra, secretária-executiva da Casa Civil, foi ao gabinete de Lina no final do ano passado.

"Ela entrou pela porta do corredor, não passou pelas secretárias. Não foi uma coisa que constava da agenda."

Segundo Iraneth, Lina falou com ela sobre o convite do Planalto logo após a visita de Erenice e disse "que teria um encontro reservado no Planalto".

Até o fechamento desta edição, a Casa Civil não comentou a participação de Erenice no episódio. Anteontem, o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, disse: "A Erenice me garantiu que jamais foi ter essa conversa com Lina".

Iraneth trabalha na direção da Receita desde setembro. Continua na gestão do secretário interino Otacílio Cartaxo.

A servidora afirmou que não se lembra da data da visita de Erenice. Disse que reuniões inesperadas, embora frequentes, não são registradas na agenda oficial do órgão.

Iraneth, no entanto, se recorda de detalhes do encontro. Contou que estava com Lina no gabinete quando Erenice apareceu. Uma integrante da equipe de segurança havia avisado pelo interfone da visita.

Iraneth disse que abriu a porta para Erenice e deixou a sala, "como sempre faço nesse tipo de conversa". "Eu confirmo que ela [Erenice] esteve aqui e que a secretária falou que iria ao Palácio."

O gabinete do secretário da Receita fica no 7º andar do Ministério da Fazenda, mas está em obras desde meados do ano passado. Assim, Lina (e hoje Cartaxo) estava provisoriamente instalada no 6º andar. Um corredor dá acesso direto ao gabinete improvisado, sem que o visitante precise passar pelas recepcionistas nem pela chefe de gabinete.

Lina diz não se lembrar exatamente da data da audiência, mas que foi no final do ano passado. Na época, Sarney estudava se candidatar à Presidência do Senado, cargo para o qual foi eleito em fevereiro, com a chancela do Planalto.

A Receita começou a montar uma equipe especial para tocar a auditoria nos negócios dos Sarney em outubro.

Segundo Lina, semanas depois Dilma chamou-a para conversar.

Lina foi demitida em 9 de julho.

A Folha apurou que a recusa dela a atender pedidos de políticos contribuiu para a sua queda.

Opinião

A que ponto chegou o PT.

Sendo enquadrado por Sarney e Renan.

Finalmente o partido da ética, o partido que destruía - e ainda destrói - quem não concordava com ele encontrou seu verdadeiro destino.

Acabou na lama, juntamente com todos os outros políticos (salvo honradas exceções) desse país.

Lulla e seu "pragmatismo" político já mostrou do que é capaz: enfiou uma candidata goela abaixo do PT e agora faz acordos excusos com o que há de mais suspeito em matéria de políticos.

É um final triste, mas não inesperado.


Vão botar a culpa nas "zelites" e no FHC agora?

MisterHiro - 13/8/2009 - 9:12

Universal movimentou R$ 300 milhões em apenas cinco países

Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) informa que a Universal movimentou, nos últimos anos, o equivalente a R$ 300 milhões em pelo menos cinco países: México, Venezuela, Chile, África do Sul e Estados Unidos.

Várias movimentações estão sob suspeita, já que, segundo o MP, recursos da Universal são lançados em contas correntes internacionais sem que os depositantes saibam a sua origem ou destinados a empresas investigadas por lavagem de dinheiro, segundo o Coaf.

O documento consta da denúncia que transformou dez integrantes da igreja, entre eles o bispo Edir Macedo, em réus.

Embora o Coaf tenha informações de que a igreja já movimentou mais de R$ 300 milhões no exterior, a instituição apresentou registros cambiais de apenas US$ 13 milhões entre janeiro de 2003 e março de 2008.

Os principais beneficiados de recursos no exterior, segundo a denúncia, são:

a própria Universal (US$ 6,2 milhões),

a Genesis Tour (US$ 1,5 milhão),

a Sony Exim Service (US$ 1, 064 milhão),

o Instituto de Resseguros do Brasil, IRB (US$ 581 mil)

e Grass Valey France (US$ 570 mil).

Senado: mais 468 atos secretos


Quando tudo parecia se acalmar, técnicos do Senado descobriram mais 468 atos secretos.

Eles foram criados há cerca de dez anos, quando o presidente do Senado era Antonio Carlos Magalhães (DEM), para nomeações, demissões e gratificações, sobretudo de parentes e afilhados políticos dos parlamentares.

Os analistas da primeira leva de 663 atos secretos estavam terminando o trabalho quando descobriram a novidade: entre 1998 e 1999, os atos secretos foram incluídos em boletins impressos suplementares e só agora disponibilizados na rede de computadores do Senado, justamente quando a Comissão de Sindicância iria terminar o seu trabalho, com os atos secretos anteriores a esses e que levaram à crise atual na Casa.

" Isso me parece uma sabotagem feita à administração atual por algum fundamentalista das administrações passadas, que acham que vão voltar a praticar aquilo que praticaram durante 14 anos "

A lista a que o Jornal da Globo teve acesso com excluisivdade mostra a documentação para nomear e dispensar funcionários dos gabinetes, da gráfica e do serviço de processamento de dados do Senado.

O então senador Ronaldo Cunha Lima, da Paraíba, na época primeiro-secretário e responsável pela administração, nomeou o filho, mostram os documentos.

Outros atos alteram a estrutura de cargos e pessoal nas áreas de telefonia, biblioteca, serviço médico, segurança e comunicação.

Eles também criam funções de confiança para diretorias e tratam até de folha de pagamento.
Globo on

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

eleições 2010

Dilma Rousseff parece ter especial vocação para se deixar envolver em situações esquisitas. Vive cercada de histórias mal contadas, versões retocadas, relatos conflitantes.

No início de 2008, ministros do governo Lula foram apanhados pagando despesas privadas com dinheiro público, através de cartões corporativos. Episódio que ficou conhecido como o “escândalo da tapioca”.

Em 16 de fevereiro daquele ano, jantando com 30 industriais, a ministra Dilma afirmou que “o governo não vai apanhar calado”. E revelou que as contas do governo anterior sofreriam uma devassa.

Dias depois começou a circular o famoso dossiê com os gastos do ex-presidente Fernando Henrique e da ex-primeira-dama Ruth Cardoso.

Confrontada com os fatos, Dilma afirmou que se tratava de um banco de dados para organizar as despesas com cartão corporativo, a fim de responder à CPI dos Cartões – que sequer tinha sido instalada.

Mesmo depois da publicação do dossiê, restando provado que tinha sido fabricado na Casa Civil, Dilma continuou jurando de pés juntos que se tratava de um banco de dados.

Ninguém acreditou, mas ela continuou insistindo no conto de fadas.

O segundo episódio que confrontou Dilma Rousseff com a realidade aconteceu recentemente. Foi o caso do currículo falsificado.

Descobriu-se que, na Plataforma Lattes do CNPq, que abriga currículos de professores universitários e pesquisadores de pós-graduação, o currículo de Dilma Rousseff registrava um mestrado e um doutorado em economia. Até o título da tese de mestrado estava lá.

Este currículo estava também estampado nas páginas do Ministério das Minas e Energia e da Casa Civil.

Era falso. Dilma Rousseff não concluiu o mestrado, não defendeu tese. Não concluiu o doutorado. Não defendeu tese.

Confrontada com a realidade, ela reagiu dizendo que não sabia quem tinha invadido a Plataforma Lattes e as páginas do governo para escrever mentiras no seu currículo.

Para inscrever o currículo na Plataforma Lattes é necessário uma senha individual. Tudo bem, um hacker poderia ter invadido as páginas. Invadem até o site do Pentágono!

Mas a ministra Dilma Rousseff compareceu duas vezes ao programa Roda Viva, da TV Cultura, em 2004 e em 2006. O vídeo dos dois programas circula na internet.

Para os que não estão familiarizados com o programa, no início o âncora lê o currículo do convidado. Nos dois o jornalista Paulo Markun lê o currículo falso de Dilma Rousseff.

E ela ouve sem mover um músculo. Impassível. Nem pisca.

Depois de apanhada, mandou retirar das páginas do governo as menções a um mestrado e um doutorado. Falsos.

Mas continua a sustentar a versão de que alguém invadiu as páginas e falsificou seu currículo.

Finalmente – será mesmo que acabou? – Dilma envolveu-se em mais uma confusão de versões desencontradas.

A ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, cuja demissão nunca foi bem explicada, afirmou que foi chamada para uma conversa com a ministra-chefe da Casa Civil. No encontro a ministra lhe pediu que “acelerasse” as investigações sobre a família Sarney.

(Deixemos de lado a estranheza de uma chefe da Casa Civil chamar para uma reunião uma subordinada de outro ministro, sem que seu chefe esteja presente.)

A ex-secretária Lina Vieira entendeu que era para encerrar as investigações. Um processo desses é longo, e acelerar pode muito bem significar “acabar rapidinho”.

Dilma poderia dizer que tinha encontrado a ex-secretária, mas que tinham conversado sobre outros assuntos. Poderia dizer que tinha sido um encontro informal, por isso não estava na agenda de nenhuma das duas.

Isto é comum entre autoridades. Semana passada mesmo, o presidente Lula recebeu, fora da agenda, o senador Fernando Collor.

Mas não, Dilma Rousseff reagiu como Dilma Rousseff: autoritária, peremptória, categórica. Segundo ela, jamais teve uma conversa individual com a ex-secretária da Receita.

Mas Lina Vieira confirmou o encontro, em entrevista ao Jornal Nacional. E citou como testemunhas o motorista da Receita, sua chefe-de-gabinete e, mais importante, a principal assessora de Dilma Rousseff, Erenice Alves Guerra – aliás, envolvida também na elaboração do dossiê com as despesas de Fernando Henrique e Ruth Cardoso.

Diante disso, das duas uma. Ou bem Lina Vieira está mentindo, e Dilma Rousseff está moralmente obrigada a processá-la por danos morais.

Ou bem Lina Vieira está falando a verdade. E neste caso, Dilma Rousseff cometeu crime de prevaricação, quando um agente público toma conhecimento de um ilícito, ou propõe um ilícito e não tenta coibi-lo, para tirar proveito próprio.

E qual seria o proveito próprio? O apoio do PMDB à sua candidatura em 2010.

O agravante no caso da ministra Dilma é que, se Lina Vieira estiver dizendo a verdade, trata-se de interferência direta da ministra numa investigação muito séria, que envolve a Receita Federal e a Polícia Federal.

Dilma Rousseff ambiciona a presidência da República. Tem todo o direito.

Mas tem também o dever de dizer a verdade, esclarecer os fatos, para não entrar numa campanha que é tradicionalmente muito dura -- mas o prêmio é alto -- como alguém que tem relações cerimoniosas com a verdade.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Brasil do Lula

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a portaria central do Ministério da Fazenda na manhã desta terça-feira (11), em manifestação pela reforma agrária

(Foto: Roosewelt Pinheiro/Abr)

Macedo seria o chefe da quadrilha


Edir Macedo e mais nove são denunciados por lavar dinheiro

O bispo Edir Macedo e outras nove pessoas ligadas à Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd).

Eles são acusados de lavagem de dinheiro desviado da Universal, de maneira reincidente e com organização criminosa, e formação de quadrilha.

Macedo seria o chefe de uma quadrilha que usava empresas de fachada para desviar recursos provenientes de doações dos fiéis da Universal e praticar uma série de fraudes.

Planalto calcula prejuízo de Dilma com Marina candidata

De Gerson Camarotti e Dimmi Amora:

O Planalto já considera irreversível a filiação da senadora Marina Silva (PT-AC) ao PV e avalia que sua provável candidatura à Presidência em 2010 deve causar prejuízos à campanha da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

A certeza de que Marina já está fora do PT foi confirmada nesta segunda-feira nos bastidores, quando ela indicou a petistas que a mudança deve acontecer rapidamente.

Um grupo ainda fará um último gesto nesta terça, em encontro com Marina.

Seu potencial eleitoral assusta o governo, mas ainda é uma incógnita para especialistas em pesquisas, que se dividem na avaliação do quadro de 2010.

O PV convidou Marina para se filiar depois de pesquisa telefônica feita pelo Ipesp, instituto de pesquisa do cientista político Antonio Lavareda, em que ela chegou a ultrapassar Dilma em alguns cenários, com 10% e até 20% das intenções de voto.

Aqui.

Juíza mantém Yeda no cargo

Por ELDER OGLIARI
Agencia Estado

PORTO ALEGRE - A juíza Simone Barbisan Fortes, da 3ª Vara da Justiça Federal de Santa Maria, negou o pedido de afastamento da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), feito pelo Ministério Público Federal. A decisão foi anunciada na noite desta segunda-feira.

A magistrada considerou que "fica difícil aferir de plano a suficiência de elementos que levem a concluir pela necessidade de afastamento da governadora de seu cargo". Também afirma que, "cotejando os elementos acostados pelo MPF, com os reflexos práticos que tal decisão traria à sociedade, não entendo como razoável o afastamento solicitado".

O advogado Fábio Medina Osório, representante de Yeda, comemorou a decisão lembrando que, na argumentação que apresentou à juíza, sustentou que as provas citadas pelo MPF não são consistentes, por estarem baseadas em conversa de dois amigos, gravadas por um deles, com objetivos desconhecidos.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Oposição cobra explicação de Dilma e ex-chefe da Receita

Lina Vieira

Segundo Lina Vieira, ex-nº 1 do fisco, ministra pediu para agilizar investigação sobre Sarney; petista diz não ter havido encontro e diálogo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A oposição considerou graves as declarações da ex-secretária da Receita Federal Lina Maria Vieira à Folha, apontando interferência da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) em investigação do órgão nas empresas da família Sarney, e pretende convocar as duas para depor no Congresso. Já os governistas minimizaram as declarações e colocaram dúvidas sobre a versão de Lina.

Conforme publicou a Folha ontem, Lina diz ter sido chamada para um encontro a sós com Dilma em dezembro do ano passado, em que a ministra pediu que a devassa fosse concluída rapidamente.

A ex-secretária diz ter interpretado o pedido como um recado para encerrar a investigação. Dilma afirma que o encontro nunca ocorreu.

Em minoria na CPI da Petrobras, onde há requerimento de convite para Lina depor, a oposição já pensa em convocá-la e também Dilma para uma das comissões permanentes do Senado sob o seu controle -que poderiam ser Ciência e Tecnologia ou Constituição e Justiça.

A estratégia foi usada com sucesso em 2008 para levar a própria Dilma à Comissão de Infraestrutura, onde ela depôs sobre o caso do dossiê com gastos pessoais do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Embora tivesse minoria na comissão, como acontece agora, a oposição aproveitou um cochilo dos governistas e apresentou e aprovou o requerimento a toque de caixa.

A decisão será tomada amanhã, durante sessão da CPI, e vai depender da resistência do governo em votar o convite para o depoimento de Lina.

O requerimento é para que ela fale sobre a manobra contábil que permitiu à Petrobras pagar menos impostos, uma das razões de sua demissão -Lina foi contrária ao artifício usado pela estatal.

Autor do requerimento da CPI, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) considerou graves as declarações da ex-secretária. "Há uma hipótese clara de que, ao pedir para agilizar, a ministra queria encerrar a investigação e evitar o vazamento para a imprensa."
A oposição usará o discurso de que, até ser demitida, Lina era profissional de confiança, ocupou cargo-chave, e por esse motivo suas palavras têm forte credibilidade.

"Se a Lina confirmar essas declarações em público, ficará em xeque o discurso de que este é um governo republicano e de que não há, por exemplo, aparelhamento da Polícia Federal. O assunto tem que ser passado a limpo em alguma CPI ou comissão", afirmou o líder do DEM, José Agripino Maia (RN).

"Suposição"

Do lado do governo, a estratégia é caracterizar o pedido de "agilizar" a investigação como algo natural e sem objetivos ocultos.

"A declaração [de Lina] foi baseada numa suposição. Segundo ela, a ministra estaria desejando algo. Mas, se houve mesmo algum pedido, a declaração da ministra dá margem a muitas interpretações. Pode-se interpretar que ela queria que concluísse logo, que terminasse logo. Nada de errado", disse o ministro das Relações Institucionais, José Múcio.

O líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), diz não ter visto "nada de mais" na entrevista. "A ministra pede para acelerar o julgamento [contra Sarney], não para proteger alguém. Se for verdade, o que ela [Lina] diz, foi um pedido absolutamente normal."

Já o líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves (RN), disse achar "estranho" o fato de essa revelação vir nesse momento. "Estranho que uma coisa de dezembro do ano passado só venha à tona agora. Acelerar, pelo que eu aprendi na escola, não é encerrar", afirmou.

Procurada novamente ontem, Dilma não quis comentar as declarações de Lina. Ela já havia informado, por meio da assessoria de imprensa, que "jamais pediu qualquer coisa desse tipo à secretária da Receita".


(ALAN GRIPP, FÁBIO ZANINI E KENNEDY ALENCAR)

Fora Sarney

Nas ruas.

Adesivo visto em carros circulando em capitais como Brasília,
Campo Grande e Goiânia:

"Não vou engolir nem digerir: Fora Sarney".

1/3 dos senadores é alvo de inquérito ou ação na Justiça


Um terço dos senadores é alvo de inquéritos, ações penais no STF (Supremo Tribunal Federal) ou acusações de irregularidades eleitorais ou cíveis, aponta levantamento feito pela Folha.

Dos 81 senadores, 27 enfrentam caso na Justiça dez deles são da oposição e 17, da base aliada.

Foram excluídos litígios de natureza particular ou movidos só por rivais políticos.
A revelação ocorre num momento em que o Senado enfrenta uma das piores crises de sua história, na esteira de uma série de denúncias contra seu presidente, o senador José Sarney (PMDB-AP).

Dos 27 senadores com ocorrências na Justiça, 10 são da oposição e 17 da base aliada. O partido com maior número de senadores citados na Justiça é o PMDB, 8 de uma bancada de 19 congressistas (42%).

Do total de senadores com ocorrências na Justiça, cinco são suplentes que assumiram o cargo com a saída do titular.

Esse é o caso de Roberto Cavalcanti (PRB-PB), que assumiu a vaga de José Maranhão (PMDB), empossado governador da Paraíba, após a cassação do tucano Cássio Cunha Lima.

Cavalcanti respondia na Paraíba por corrupção ativa e uso de documento falso. O caso está agora no STF, onde há outro inquérito por corrupção.

Membro da chamada "tropa de choque" governista e de Sarney, Gim Argello (PTB-DF), que assumiu após renúncia do senador Joaquim Roriz (PMDB-DF), é alvo de inquérito por apropriação indébita, peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O caso está sob segredo de Justiça.

Outro aliado de Sarney, Wellington Salgado (PMDB-MG), que assumiu a vaga de Hélio Costa, é alvo de inquérito sob acusação de crime contra a ordem tributária e apropriação indébita previdenciária.

Vice-presidente do Senado, Marconi Perillo (PSDB-GO) responde a dois inquéritos no STF que tratam de irregularidade em licitação pública e crime contra a administração.

A Procuradoria Geral da República fez parecer pelo recebimento de denúncia contra João Ribeiro (PR-TO) em inquérito que trata de uso de trabalhador em condição análoga a escravidão. O STF ainda não decidiu. Outro inquérito, que envolve o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), trata de contrabando ou descaminho.

Líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR) tem dois inquéritos no STF. Um deles trata de captação ilícita de votos e corrupção eleitoral; outro, de desvio de verbas públicas.

Valdir Raupp (PMDB-RO) tem duas ações penais, sob acusação de gestão fraudulenta de instituição financeira e crime contra a administração pública. A Procuradoria Geral da República deu parecer pelo arquivamento no primeiro caso e fez denúncia no segundo. Ambos aguardam decisão. Raupp tem mais três inquéritos.

O senador Expedito Júnior (PR-RO) teve a cassação confirmada pelo TSE em junho, sob acusação de abuso de poder econômico e compra de votos. Ele permanece no Senado.

Alvos na Justiça, alguns senadores ocupam a presidência ou a vice-presidência de importantes comissões do Senado. Em alguns casos, a área de atuação tem relação com as acusações imputadas a eles.

Wellington Salgado, vice-presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, é alvo de dois inquéritos por crime contra a ordem tributária e apropriação indébita previdenciária.

O senador Lobão Filho (PMDB-MA), vice-presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática, é réu no STF sob acusação de crime contra as telecomunicações.

Cícero Lucena (PSDB-PB), vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, é réu em ação penal, acusado de desvio de verba pública e fraudes em licitações.

Processo contra o presidente da Comissão de Serviços de Infraestrutura, Fernando Collor (PTB-AL), trata de falsidade ideológica, peculato, tráfico de influência e corrupção ativa.

O tucano Eduardo Azeredo (MG), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, foi denunciado pela Procuradoria Geral da República por envolvimento no mensalão mineiro, suposto esquema de desvio de verba ocorrido em 1998.

SARNEY Lula 64

Por Jorge Serrão

A sempre criativa TV Valetudo (www.tvvaletudo.com.br), do publicitário Jaime Gimenez Júnior, presta uma homenagem às avessas, no vídeo abaixo, aos dois intocáveis do Brasil atual: o chefão Luiz Inácio Lula da Silva e o imortal José Sarney.

Quem estiver com vontade de ir ao banheiro, vai adorar o material (uma produção de Luiz Carlos Barreto, com reportagem de Glauber Rocha e Fernando Duarte, com os devidos cortes e edição do Jaime Gimenez – que é um amigão do ilustre macaco José Simão).

Vale conferir o espetáculo de contradições históricas dos dois personagens.

Tudo só reforça a importância de sempre analisar as “biografias” dos políticos.

Rivais de Sarney negociam desarquivamento de ação

Joedson Alves/Folha

Articulação envolve lideranças do PSDB, do DEM e do PT
Focam no caso da contratação de um namorado da neta

Com um par de manobras, o suplente de suplente Paulo Duque retirou José Sarney da grelha do Conselho de (a)Ética do Senado.

Na quarta (5), Duque mandou ao arquivo quatro das 11 ações protocoladas contra Sarney. Na sexta (7), engavetou as outras sete.

Decididos a devolver Sarney ao espeto, lideranças do PSDB e do DEM abriram uma negociação com Aloizio Mercadante, o líder do PT.

Juntos, tucanos e ‘demos’ dispõe dos cinco votos necessários para recorrer contra as decisões de Paulo Duque (PMDB-RJ).

De posse dos recursos, Duque é obrigado a submeter os arquivamentos a uma votação no conselho. Porém...

Porém, para que as ações sejam reabertas são necessários oito votos. Placar que a oposição só atingirá se contar com o reforço dos três votos petistas no conselho.

Em reuniões reservadas e em contatos telefônicos, Aloizio Mercadante mostra-se disposto a ajudar. Age movido pela vontade da maioria de sua bancada.

A despeito da adesão de Lula ao “fica Sarney”, pelo menos sete senadores do PT advogam a tese do afastamento de Sarney. Uma licença, não a renúncia.

Na última quarta (5), antes da reunião em que Duque anunciou o engavetamento das primeiras quatro ações, Mercadante reuniu-se com um par de ‘demos’.

Foram ao gabinete do líder do PT Demóstenes Torres (GO) e José Agripino Maia (RN), líder do DEM.

Nessa conversa, Mercadante reiterou o que dissera em outra reunião que ocorrera na véspera, no gabinete do presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE).

O líder do PT disse que não está de acordo com o arquivamento linear de todas as denúncias que assediam Sarney.

Afirmou que tampouco concorda com a reabertura de todas as representações. Comprometeu-se com a análise criteriosa, caso a caso.

Depois, em diálogos privados que manteve com outros grão-petistas, Mercadante mostrou-se disposto a ressuscitar apenas uma das ações.

Refere-se à nomeação, por meio de ato secreto, do namorado de uma neta de Sarney. Coisa documentada em grampos realizados pela Polícia Federal.

As escutas registram uma triangulação de conversas das quais participaram José Sarney e o filho Fernando Sarney.

A voz do presidente do Senado soa nítida no grampo. Concorda com o pedido de contratação do namorado da neta, que já se encontrava com Agaciel Maia.

Oito dias depois do último diálogo, o namorado da neta foi pendurado, secretamente, na folha de pagamento do Senado.

No discurso de autodefesa que pronunciou na tribuna, Sarney não teve como negar o fato. Limitou-se a realçar dois detalhes:

1. A divulgação do som dos grampos, colhidos numa operação policial chamada Boi Barrica, fora ilegal.

2. Não há nos diálogos menção a ato secreto. Com isso, tenta acomodar o malfeito na conta do ex-diretor-geral do Senado.

Em conversa telefônica que manteve com o tucano Sérgio Guerra, na manhã de sexta (7), Mercadante reiterou o descompromisso com o arquivamento em bloco.

Nos próximos dias, tucanos e ‘demos’ vão a Mercadante para cobrar a entrega da mercadoria: três votos petistas no Conselho de (a)Ética.

Resta agora saber se o petismo terá peito para desagradar Lula e para comprar briga com Renan Calheiros (AL), o líder do PMDB.

Renan acomodara Paulo Duque, um soldado de sua milícia parlamentar, na presidência do conselho para evitar dissabores a Sarney.

Duque não se afastou do script um milímetro. Os recursos da oposição já eram esperados. O que Renan não admite é a “traição” do PT.

Supondo-se que Mercadante leve às últimas conseqüências a aliança tática com a oposição, Sarney será apartado da cadeira de presidente na marra.

Desengavetando-se uma ação, o mandachuva do Senado terá dez dias para apresentar defesa. E Duque será compelido a indicar um relator para o processo.

A escolha do relator marca a abertura oficial da ação. E uma resolução do Senado, que leva o número 20, estabelece o seguinte:

Quando o senador alvo de investigação é membro da Mesa diretora, impõe-se o seu afastamento do cargo até que o caso seja julgado em termos definitivos.

Embora tenha preparado recursos contra os 11 arquivamentos, a oposição dá-se por satisfeita com a reabertura solitária do caso do namorado da neta.

Basta um processo para que o objetivo da bancada anti-Sarney se concretize: o afastamento temporário do presidente.

Dá-se de barato no Senado que, uma vez retirado da cadeira, Sarney não volta.

Com isso, imaginam todos, o Senado passaria a respirar novos ares.

Será?

O lembrete e a correção

Por Augusto Nunes

O governador José Serra parece achar que o Brasil escolherá em 2010 não o presidente da República, mas um gerente-administrativo.

Dilma Rousseff anuncia a quarta transposição do Rio São Francisco, agora para irrigar a Bolívia. Serra retruca com a planta da linha do metrô que vai ligar São Paulo a Buenos Aires.

Dilma inaugura o quinto aeroporto de Belo Horizonte. Não revela o local para evitar a especulação imobiliária.

Serra manda asfaltar as trilhas das chácaras de Jaboticabal.

Dilma fala bem de Lula. Acha que isso dá voto.

Serra não toca no nome de Lula. Acha que criticá-lo tira voto.

Ainda não descobriu que o Lula imbatível é outra miragem costurada pelos aprendizes de Goebbels. Não percebeu que incontáveis eleitores não votam em candidato indicado pelo messias nem sob tortura. Marta Suplicy acreditou que Lula elege até poste. Segue tentando relaxar na Europa.

Alguém precisa lembrar a Serra ou a qualquer outro pretendente oposicionista que a disputa é sobretudo política. Não vai ser decidida pela contagem de canteiros de obras, reais ou imaginários.

O tsunami de descontentamento que navega pela internet desaguará, ou não, em algum palanque. Por enquanto, não há nenhum sequer em fase de montagem.

Milhões de brasileiros estão indignados com a paisagem forjada em quase sete anos: a roubalheira federal, a ignorância malandra de Lula, o aparelhamento do Estado, as manobras dos comunistas que não ousam confessar o que são, a desfaçatez da base alugada, o cinismo dos fora-da-lei a serviço do governo, a impunidade institucionalizada, as alianças cafajestes consumadas pelo Itamaraty, a submissão ao primitivismo cucaracha, fora o resto.

Milhões de brasileiros, enfim, estão fartos da Era da Mediocridade.

Nenhum político conseguiu captar e traduzir a onda gigantesca de inconformismo.

Esse é o lembrete.

A correção: já foi claramente explicitada, sim, pelo menos uma divergência irremovível entre o presidente e o candidato a presidente pela oposição oficial. Lula é corintiano. Serra torce pelo Palmeiras

Revista Veja

domingo, 9 de agosto de 2009

Refletindo...



Uma certa universitária cursava o sexto semestre da Faculdade. Como é comum no meio universitário, ela estava convencida de que era de esquerda e estava a favor da distribuição da riqueza.

Tinha vergonha de que o seu pai fosse empresário e conseqüentemente de direita, portanto, contrário aos programas socialistas e seus projetos que davam benefícios aos que mais necessitavam e cobrava impostos mais altos para os que tinham mais dinheiro.

A maioria dos seus professores e alunos sempre defendia a tese de distribuição mais justa das riquezas do país.

Por tudo isso, um dia, ela decidiu enfrentar o pai. Falou com ele sobre o materialismo histórico e a dialética de Marx, procurando mostrar que ele estava errado ao defender um sistema tão injusto e perverso como a direita pregava.

Seu pai ouviu pacientemente, como só um pai consegue fazer, todos os argumentos da filha e no meio da conversa perguntou:


- Como você vai na faculdade ?

- Vou bem, respondeu ela. Minha média de notas é 9, estudo muito mas vale a pena. Meu futuro depende disso, eu sei ! Não tenho vida social, durmo pouco, mas vou em frente.

O pai prosseguiu:
- E aquela tua amiga Sônia, como vai?

E ela respondeu com muita segurança:


- Muito mal. A sua média é 3, ela passa os dias no shopping e namora o dia todo. Pouco estuda e algumas vezes nem sequer vai às aulas. Acho até que ela é meio burra. Com certeza, repetirá o semestre.


O pai, olhando nos olhos da filha, aconselhou:

- Que tal se você sugerisse aos professores ou ao coordenador do curso para que sejam transferidos 3 pontos das suas notas para as da Sônia.

Com isso, vocês duas teriam a mesma média. Não seria um bom resultado para você, mas, convenhamos, seria uma boa e democrática distribuição de notas para permitir a futura aprovação de vocês duas.

Ela indignada retrucou:


- Porra nenhuma!

Trabalhei muito para conseguir essas notas, enquanto a Sônia buscava o lado fácil da vida. Não acho justo que todo o trabalho que tive seja, simplesmente, dado a outra pessoa.


Seu pai, então, a abraçou, carinhosamente, dizendo:

- BEM-VINDA À DIREITA!!!


"Trabalhe duro.
Milhões de pessoas vivendo do bolsa família estão dependendo de você."