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domingo, 9 de agosto de 2009

Refletindo...



Uma certa universitária cursava o sexto semestre da Faculdade. Como é comum no meio universitário, ela estava convencida de que era de esquerda e estava a favor da distribuição da riqueza.

Tinha vergonha de que o seu pai fosse empresário e conseqüentemente de direita, portanto, contrário aos programas socialistas e seus projetos que davam benefícios aos que mais necessitavam e cobrava impostos mais altos para os que tinham mais dinheiro.

A maioria dos seus professores e alunos sempre defendia a tese de distribuição mais justa das riquezas do país.

Por tudo isso, um dia, ela decidiu enfrentar o pai. Falou com ele sobre o materialismo histórico e a dialética de Marx, procurando mostrar que ele estava errado ao defender um sistema tão injusto e perverso como a direita pregava.

Seu pai ouviu pacientemente, como só um pai consegue fazer, todos os argumentos da filha e no meio da conversa perguntou:


- Como você vai na faculdade ?

- Vou bem, respondeu ela. Minha média de notas é 9, estudo muito mas vale a pena. Meu futuro depende disso, eu sei ! Não tenho vida social, durmo pouco, mas vou em frente.

O pai prosseguiu:
- E aquela tua amiga Sônia, como vai?

E ela respondeu com muita segurança:


- Muito mal. A sua média é 3, ela passa os dias no shopping e namora o dia todo. Pouco estuda e algumas vezes nem sequer vai às aulas. Acho até que ela é meio burra. Com certeza, repetirá o semestre.


O pai, olhando nos olhos da filha, aconselhou:

- Que tal se você sugerisse aos professores ou ao coordenador do curso para que sejam transferidos 3 pontos das suas notas para as da Sônia.

Com isso, vocês duas teriam a mesma média. Não seria um bom resultado para você, mas, convenhamos, seria uma boa e democrática distribuição de notas para permitir a futura aprovação de vocês duas.

Ela indignada retrucou:


- Porra nenhuma!

Trabalhei muito para conseguir essas notas, enquanto a Sônia buscava o lado fácil da vida. Não acho justo que todo o trabalho que tive seja, simplesmente, dado a outra pessoa.


Seu pai, então, a abraçou, carinhosamente, dizendo:

- BEM-VINDA À DIREITA!!!


"Trabalhe duro.
Milhões de pessoas vivendo do bolsa família estão dependendo de você."

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