Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Retrocesso do Foro de São Paulo


Retrocesso do Foro de São Paulo  


 Por Alejandro Peña Esclusa

O ex-tupamaro José Mujica, candidato presidencial da Frente Ampla, obteve em torno de 47% dos votos, mais ou menos o mesmo que alcançaram — somados — os candidatos de centro-direita, Luis Alberto Lacalle (30%) e Pedro Bordaberry (17%), os quais já anunciaram uma aliança para o segundo turno que se realizará em 29 de novembro.

Ademais, a esquerda perdeu a maioria parlamentar que tinha, e agora as tendências estão equilibradas no Congresso. Como se isto não bastasse, o referendo proposto pela esquerda, que pretendia anular a Lei da Caducidade (anistia que amparava a atuação dos militares durante a ditadura), foi derrotado nesse mesmo dia. Significa que os uruguaios rejeitam a agenda de vingança dos ex-guerrilheiros da Frente Ampla, e preferem deixar para trás os enfrentamentos do passado.

Nas eleições gerais do Panamá, realizadas em 3 de maio deste ano, foi derrotada a candidata do Foro de São Paulo, Balbina Herrera (PRD), pelo atual presidente Ricardo Martinelli (Cambio Democrático).

Em 28 de junho passado, o homem de Chávez em Honduras, Manuel Zelaya, foi deposto constitucionalmente, por ter querido violar o ordenamento jurídico de seu país.

Apesar do esmagador apoio recebido da comunidade internacional, não se vislumbra seu regresso à Presidência, por não ter respaldo político, militar ou popular.

Daniel Ortega colocou-se a si mesmo em delicada e perigosa situação, ao ordenar aos seus aliados — integrantes da Sala Constitucional da Corte Suprema de Justiça — que modifiquem de facto a Carta Magna para permitir sua reeleição.



Os seis magistrados orteguistas atuaram à margem da Lei e contra os demais magistrados, pelo que se espera que surja uma crise política na Nicarágua que poderá resultar na queda do líder sandinista.

Hugo Chávez, Evo Morales e Rafael Correa enfrentam todo tipo de problemas internos, por dedicarem-se a promover sua agenda política (sobretudo o projeto socialista internacional) abandonando suas responsabilidades concretas como governantes.

Já é notória sua indiferença pela democracia e evidentes as constantes violações dos direitos humanos. Ademais, estão cada vez mais enredados por seus nítidos vínculos com o narcoterrorismo colombiano e o fundamentalismo islâmico.

Os membros mais moderados do Foro de São Paulo, como Lula e Bachelet, não parece que conseguirão a eleição dos candidatos que apóiam para a sua sucessão, e em ambos os casos, poderão resultar vitoriosos seus adversários políticos.

O Foro de São Paulo chegou a sua máxima expressão em 15 de março último, com o triunfo de Mauricio Funes em El Salvador, mas dali em diante vem sofrendo derrota após derrota. Espera-se que continue seu retrocesso já que, como governo, não resolveu nenhum dos problemas que atormentam a região.

Para alguns desses governantes — como Zelaya, Chávez e Morales — não lhes resta outra opção senão favorecer a violência e pisotear o ordenamento jurídico para manter-se no poder, mas, ainda assim, seu futuro político não é promissor.


Ante o iminente fracasso do Foro de São Paulo e o desgaste dos partidos tradicionais, é preciso construir uma terceira opção, capaz de proporcionar soluções para as nações latino-americanas, baseadas em um programa de industrialização e desenvolvimento, e em um renascimento moral e cultural.

Alejandro Peña Esclusa é engenheiro venezuelano, político, escritor e presidente da União das Organizações Democráticas da América (UnoAmérica).

Tradução: André F. Falleiro Garcia

Minha dignidade negra me impede de aceitar a tutela do Estado.




Eu gosto de polêmicas.

E esse assunto é um prato cheio. Está em todos os jornais, todo dia.

Dá até medo de escrever porque basta uma palavra errada para aparecer alguém nos acusando de racismo. Virou moda. E pior, entrou no rol do ‘politicamente correto’.

Eu lembro da minha avó: quando tinha um menino muito arteiro, daqueles que não param, sobem em tudo e pulam o tempo todo, ela dizia que parecia um macaco. Era porque ele não parava quieto, trepava em tudo e corria o tempo todo. Todo mundo entendia que era pela bagunça e ninguém via sua cor.


Hoje, se o menino for um pouco moreninho, você vai preso, porque tá todo mundo cuidando disso e reparando nisso, graças aos inúmeros movimentos negros existentes, e que se ofendem com tudo e se aproveitam de todas as situações para tirar algum proveito.

Eles mesmos estão fazendo com que as pessoas reparem na cor das pessoas. Eles mesmos não querem se integrar e serem iguais a todos os outros. Eles discursam sobre igualdade, mas disseminam a segregação.

Todos os dias vemos estatísticas, movimentos disso e daquilo, manifestações das dezenas de entidades que representam a população negra (afro-descendentes), etc, etc.



Mas eu não vou abordar esse assunto pela ótica dos noticiários e nem do ‘politicamente correto’.
Vou aborda-lo pela ótica de minha própria vida e experiência.

Nesta semana saiu a notícia de que agora, em 2008 mesmo, o Brasil terá mais negros do que brancos, e pelo andar da carruagem me parece que, em breve, viveremos anos de verdadeira segregação racial e preconceito, perpetrados pelos negros contra os brancos. Na verdade isso já vem ocorrendo.

Todos os movimentos e entidades criadas pelos negros tem a mesma conotação:


a luta do negro contra a dominação do branco.


O governo contribui muito para o crescimento desse ódio racial quando aceita outra invenção dos negros e cria o Ministério da Igualdade Racial.

Você imagina coisa mais racista do que um Ministério desse?

Mas veja: isso não é criação de nenhum branco. Então, qual o objetivo? O de sempre! A luta contra os brancos.

Mas, caramba!

Contra quais brancos?
 

Quem nesse país é branco?

E qual é a diferença entre branco, cafuso, pardo e negro?



Eu não sei. Talvez os negros saibam muito bem, pois estão se armando até os dentes, não com armas de fogo, mas com organizações bem estruturadas para se aproveitarem das benesses, do paternalismo e do assistencialismo fartamente distribuídos pelos governos populistas que adoram ganhar votos nas costas das ‘minorias oprimidas pelas elites’.

Mas,……… eles não são maioria da população???????

Acho que estamos todos, brasileiros de qualquer cor, enjoados e enojados com esse discurso mentiroso de que os negros são minoria nisso e naquilo porque não tiveram as mesmas oportunidades que os outros.

Mas, quem teve?

Quem dentre nós, brasileiros comuns, não teve dificuldades na vida?

Uns mais outros menos, é certo.

Quem não teve que se matar trabalhando de dia e estudando à noite? Quem não teve dificuldade para pagar a escola ou a faculdade?

Quem não estudou para caramba para poder passar no vestibular e poder estufar o peito e dizer: – Eu passei! Lutando contra milhares de concorrentes.

Quem não camelou no sol procurando emprego?

Tudo isso sem ninguém passando a mão na cabeça dizendo: – Coitadinho, vamos criar leis para obrigar a escola, a faculdade, o serviço público e a empresa privada a te contratar, porque você é um coitadinho que não teve oportunidades.

Antes que os espertalhões que se valem das leis protecionistas esfreguem as mãos, vendo aqui mais uma chance de tomar algum dinheiro graças a um processo judicial por racismo (como no caso do professor baiano, que sequer citou uma cor), vou dizer o seguinte:

Eu disse que trataria desse assunto pela minha experiência e pela minha vida, e para isso preciso falar um pouco sobre mim.


- Sou descendente de escravos das fazendas de Minas Gerais, e graças a várias misturas dos ancestrais, sou um pouco mais claro, como todo brasileiro, o que não me torna branco.

Mas não me envergonho disso, não aceito isso como algo que me diminui e, tampouco, uso isso para me fazer de coitadinho e obter alguma vantagem.

- Estudei em escolas públicas e, mais tarde, parei de estudar várias vezes por não conseguir pagar escolas noturnas particulares.

Passei no vestibular e tranquei a faculdade pelo mesmo motivo. Mas não ponho a culpa disso na ‘dominação branca’ nem na ‘falta de oportunidades’.

Se eu tivesse estudado mais, eu teria entrado na Universidade Federal, como muitos amigos meus, brancos e negros, que hoje são formados e profissionais respeitados, brancos e negros.

- Morei em bairros distantes, em ruas de terra e com valeta aberta na frente de casa. Mas não incendiamos pneus na rua exigindo esmolas do poder público. Naquele tempo pegávamos ferramentas e trabalhávamos para melhorar de vida.

- Quer mais dificuldades? Minha mãe ficou viúva com apenas 27 anos e três filhos pequenos. Eu tinha 2 anos.

Mas e daí, quem disse que a vida é fácil?


- Trabalhei e sempre me dei muito bem nos empregos. Alcancei cargos de chefia, contratei e demiti funcionários brancos e negros e, pasmem, brancos e negros são iguais no trabalho, uns brancos bons e outros péssimos, uns negros bons e outros péssimos, apesar da propaganda anti-racismo.

- Na escola tive amigos de todas as cores, descendentes de povos de todos os cantos e alguns com nomes quase impronunciáveis. Alguns moravam em casas grandes e bonitas, e outros em casas simples. Como todos nós brasileiros!

E eram casas com pessoas de todas as cores.

E todos viviam bem.

Mas agora não é mais assim.

Ministérios, movimentos, ONGs, leis, manifestações, etc.

Tudo criado pelos negros, insistem em nos dizer que não podemos mais viver juntos, nem em harmonia e nem com igualdade.

Os negros insistem que eles são mais iguais que o resto de nós, brasileiros mais claros, e que eles merecem todo tipo de proteção do estado, às custas do dinheiro público. Isso é errado.

Quando eu entro na escola é para estudar. E se o professor me manda estudar é para que eu aprenda, e não para me humilhar porque sou dessa ou daquela cor.

Se meu patrão me manda trabalhar mais, não é para me oprimir porque sou dessa ou daquela cor, mas porque ele me paga um salário para eu trabalhar e produzir, e não para gostar de mim.

Resumindo isso tudo, parece que meus irmãos de raça estão com vergonha da sua cor e com muita, mas muita raiva daqueles que eles, preconceituosamente, chamam de brancos.


A partir de agora será muito justo que os ditos ‘brancos’, também comecem movimentos e organizações em defesa do seu espaço, das suas vagas nas escolas, faculdades e serviço público?

E aí? Qual será o fim disso? Luta racial?

Temos todos nós, brasileiros, que nos unir independente de cor, de raça e de religião. Somos um povo só. Um SER só. Somos seres humanos. Não temos cor.

Deveriam os negros se desarmar e parar com essa atitude infantil e descabida de se ofender com tudo. De achar que todos estão contra eles.

Que o empresário não contratou por causa da cor, que o professor brigou por causa da cor, que o médico não atendeu por causa da cor, que a menina não olhou por causa da cor….caramba.

Parem com isso! Ninguém tá nem aí para sua cor.

Poderão os brancos se ofender se forem chamados de brancos???

Temos, todos nós, os nossos valores e a nossa dignidade.
Minha dignidade me impede de aceitar qualquer tipo de cota, e quem a exige está apenas afirmando e reafirmando a sua convicção de que é inferior e incapaz de se superar.

Eu, negro, não aceito ser diminuído pela instituição de cotas. Sou capaz de lutar e conquistar qualquer espaço pelo meu próprio esforço.

Minha dignidade negra me impede de aceitar que exista uma ‘dominação branca’. A simples menção a isso revela um racismo sem igual.


Minha dignidade negra me impede de aceitar a tutela do Estado.

E todo negro decente deveria pensar assim também.
Conquistar os espaços que os negros reclamam a base de canetadas e decretos é absurdamente humilhante.

Eu, descendente de escravos, dignamente dispenso, obrigado.

GermanoCWB

Primeiro sorteado

PRIMEIRO SORTEADO MINHA CASA MINHA VIDA


Olha aí o felizardo!
Saiu o primeiro contemplado pelo programa Minha Casa, Minha Vida!.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Eu sou o candidato, Serra respondeu.

Serra diz ao DEM que deseja Aécio como o seu ‘vice’


Fotos: ABr e Folha


Em público, José Serra esquiva-se de assumir a candidatura presidencial. E nega o desejo de compor com Aécio Neves uma chapa puro sangue do tucanato.

Em privado, o governador de São Paulo desdiz tudo o que afirma sob holofotes. Sua posição foi acomodada em pratos asseados há oito dias.

Serra reuniu-se em Brasília com dois aliados –um grão-tucano e um dirigente do DEM. Foi à mesa o desconforto dos ‘demos’ com as hesitações do governador.

O interlocutor do DEM foi ao ponto:

— O partido sente insegurança na sua candidatura. Não sabemos se você é o candidato ou não. Você é o candidato?

— Eu sou o candidato, Serra respondeu.

O dirigente ‘demo’ emendou uma segunda pergunta:

— Posso dizer isso à minha tropa?

— Pode dizer, Serra completou, em timbre categórico.

Na sequência, sem que ninguém o provocasse, Serra disse que, a depender do seu desejo, Aécio Neves vai à chapa de 2010 na condição de vice.

Serra foi lembrado acerca do óbvio: é preciso combinar com os russos. No caso do PSDB, o "russo" é mineiro.

Recordou-se a Serra que o governador Aécio Neves recusa o papel secundário na chapa. Prefere ser protagonista no Senado a coadjuvante no Planalto.

Serra concordou. Mas deu a entender que não jogou a toalha. Espera que a conjuntura quebre as resistências de Aécio.



Nesta terça (27), de passagem por Brasília, Aécio foi à mesa de almoço com o presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ).

O mesmo Rodrigo que, nos últimos dias, destila irritação com Serra nas páginas dos jornais. Um veneno que revigorou Aécio.

Conversaram sobre a antecipação do calendário eleitoral. Coisa imposta por Lula, que corre o país com a presidenciável oficial Dilma Rousseff.

Aécio repisou uma tecla que vem pressionando há semanas: acha que o PSDB precisa se definir, no máximo, até janeiro de 2010.

Na reunião reservada de uma semana atrás, Serra dissera que não contempla a hipótese de levar a candidatura à vitrine antes de março de 2010.

Trata-se de grave erro, na opinião de Rodrigo Maia, endossada por um pedaço expressivo do DEM.

No almoço com o presidente ‘demo’, o “russo” de Minas disse que não abre mão do menos elástico.

Aécio deu a entender que, à falta de uma definição no tempo que considera razoável, vai cuidar da vida. Significa dizer que voltará os olhos para o Senado.

Além de avistar-se com Rodrigo Maia, Aécio desperdiçou um pedaço do seu tempo em Brasília em conversas com lideranças do seu partido.

Repetiu ao tucanato: não será vice de Serra. Para usar as palavras do governador mineiro: não vai a 2010 “na garupa de ninguém”.

Também nesta terça (27), o senador Eliseu Resende (DEM-MG) revelou, numa reunião da bancada ‘demo’, uma suspeita.

Coisa recolhida nos subterrâneos da política de Minas: descartado como alternativa presidencial, Aécio tentaria emplacar um outro candidato a vice mineiro.

Segundo Eliseu, Aécio trabalharia para empurrar para dentro da chapa de Serra o atual vice-presidente do PPS, Itamar Franco. Uma ideia que deixa a tribo 'demo' de cabelos hirtos.

Escrito por Josias de Souza

O fracasso do biodiesel


"O governo errou no timing", diz o coordenador do programa do biodiesel, Arnoldo de Campos, pois esperava uma diversificação mais rápida das matérias-primas. 

Talvez pudesse ter evitado o erro se levasse em conta fatores conhecidos quando lançou o programa. 

O dendê, por exemplo, além de só poder ser cultivado com eficiência numa determinada faixa do território brasileiro, leva oito anos para gerar a primeira colheita.

Mas o erro mais notável está no caso da mamona, que simboliza o programa do biodiesel. Seu óleo tem um alto valor de mercado, de cerca de três vezes o preço do biodiesel. 


Era previsível que os produtores, a fornecer a mamona por preço menor para a produção de biodiesel, iam preferir vendê-la às empresas que pagam mais, que são as indústrias química - que com ela produz óleos lubrificantes -, de cosméticos e farmacêutica.

O presidente da Petrobrás Biocombustíveis, Miguel Rossetto - um dos criadores do programa de biodiesel -, diz que, em três anos, podem surgir matérias-primas competitivas para substituir a soja. 



Pode ser, mas, então, o presidente que tanto falou do biodiesel e da mamona não estará mais no poder.  Estadão

A confissão de Lula desmonta o palavrório complicado do doutor


O presidente Lula nunca foi um preso político da ditadura.
Em abril de 1980, não havia ditadura.

Por Augusto Nunes

A ultradireita fora neutralizada pelo presidente Ernesto Geisel, o general João Figueiredo não era um tirano. Como atesta a entrevista acima, gravada em 1997, Lula foi apenas hóspede involuntário do hotel-cadeia instalado pelo delegado Romeu Tuma nas dependências do Departamento de Ordem Política e Social, o DOPS.

É verdade que, durante 31 dias, não dormiu em casa, ficou fora das assembléias dos metalúrgicos em greve e nâo pôde zanzar por portas de fábricas.

Mas o gerente do estabelecimento levou-0 várias vezes ao hospital onde a mãe agonizava, chamou um dentista para atendê-lo de madrugada, não confiscou o aparelho de rádio e permitiu que lesse jornais na sala do carcereiro.


É o tipo da cadeia com que sonha todo engaiolado.

Lula já estava em liberdade, tinha fundado o PT, virado presidente do partido e começava a preparar-se para a disputa do governo de São Paulo quando foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional e perdeu tanto o comando do sindicato quanto os direitos sindicais.

Na prática, foi proibido de fazer o que já não o interessava.

Pois a soma desses castigos pareceu suficiente a Peterson de Paula Pereira, procurador da República no Distrito Federal, para considerar muito acertada a promoção do castigado a perseguido da ditadura e anistiado político com direito a aposentadoria excepcional.

A decisão, que confirmou o benefício concedido em 1993, sepultou a denúncia encaminhada ao Ministério Público Federal pelo deputado estadual Eliseu Gabriel da Silva Júnior, do PSDB paulista.

O parlamentar afirma que se trata de um favorecimento injusto.

O procurador discordou em juridiquês castiço
:


“Após perquirição dos autos e abreviada súmula daquilo que pertine ao objeto desta representação, não havendo afetação a nenhum interesse público ou direito indisponível a ser guarnecido, promovo o arquivamento dos presentes autos ante a inexistência do interesse de agir”.

Basta reler o palavrório do doutor e rever o vídeo para chegar-se à tradução em língua de gente: deixa o presidente embolsar em paz a mesada que não merec
e.

Honduras processa Brasil em tribunal da ONU por abrigar Zelaya


Representantes do governo de facto dão início a trâmites em Haia; país pode pedir indenização a Brasília

Efe

HAIA - O governo de facto de Honduras deu início aos trâmites para processar o Brasil na Corte Internacional de Justiça de Haia por ingerência em seus assuntos internos. O Brasil abrigou na condição de hóspede o presidente deposto do país, Manuel Zelaya, em sua embaixada em Tegucigalpa.

O representante de Honduras em Haia, Julio Rendón, já entrou com o processo no tribunal, diz uma nota do Ministério das Relações Exteriores hondurenho divulgada nesta quarta-feira, 28.

Uma fonte da chancelaria do governo de facto explicou à Agência Efe que esse passo é uma solicitação para iniciar ações contra o Brasil, como a imposição de medidas cautelares ou a cobrança de uma indenização.

O ministro das Relações Exteriores do governo de Roberto Micheletti, Carlos López, disse em entrevista coletiva que, agora, a Corte Internacional decidirá se aceita ou não a causa.

López disse ainda que a presença de Zelaya na representação brasileira, onde o presidente derrubado está desde 21 de setembro, e seus apelos à insurgência representam uma ingerência nas atividades internas de Honduras.



"O fundamento da solicitação recai na comissão de (atos) ilícitos que geram responsabilidade internacional com relação às obrigações (do Brasil) estabelecidas na Carta das Nações Unidas e na Convenção das Nações Unidas sobre Relações Diplomáticas", diz o comunicado.


Ainda segundo a nota, o Governo de Micheletti "se reserva o direito de solicitar à Corte a adoção de medidas provisórias ou cautelares caso não sejam interrompidas as atividades ilegais do governo do Brasil que alteram a ordem pública interna de Honduras e que representam uma ameaça ao desenvolvimento pacífico do processo eleitora" de 29 de novembro.

O chanceler hondurenho, por sua vez, ressaltou que, ao apresentar uma ação contra o Brasil, Tegucigalpa quer resolver pacificamente este assunto com a participação da Corte Internacional de Justiça.

Conscientizar as pessoas sobre a importância do autoexame foi uma das bandeiras do “Outubro Rosa”.

Outubro rosa

No mês de outubro, em várias partes do mundo, monumentos foram iluminados de rosa e milhares de pessoas saíram às ruas para alertar sobre a questão do câncer de mama.

No Rio de Janeiro, o Cristo Redentor ganhou iluminação especial.

Em Washington, a Casa Branca recebeu um laço.

No Egito, centenas de pessoas participaram de uma corrida.

Na Espanha, várias atos mobilizaram o povo. Mais do que a beleza das imagens, fica a mensagem de que a prevenção é o maior desafio.

Nos países ocidentais, segundo a Organização Mundial de Saúde, o câncer de mama é dos principais causadores de morte entre as mulheres.

Seul, Coreia do Sul, 07/10/2009.
Foto: Ahn Young-joo/AP


Cidade do México, México, 20/10/2009.
Foto: Daniel Aguilar/Reuters


Madri, Espanha, 18/10/2009.
Foto: Angel Diaz/Efe


Rios de Janeiro, Brasil, 05/10/2009.
Foto: Marcos de Paula/AE


Rio de Janeiro, Brasil, 05/10/2009.
Foto: Marcos de Paula/AE


Washington, EUA, 26/10/2009.
Foto: Shawn Thew/Efe


Egito, 24/10/2009.
Foto: Amr Nabil/AP


La Corunha, Espanha, 19/10/2009.
Foto: Cabalar/Efe


Madri, Espanha, 19/10/2009.
Foto: Ballesteros/Efe


Pamplona, Espanha, 17/10/2009.
Foto: Jesus Diges/Efe


Pamplona, Espanha, 17/10/2009.
Foto: Jesus Diges/Efe


São Paulo, Brasil, 05/10/2009.
Foto: Gustavo Porto/FotoRepórter/AE


San José. Costa Rica, 19/10/2009.
Foto: Kent Gilbert/AP


San José, Costa Rica, 19/10/2009.
Foto: Kent Gilbert/AP

A IDADE DO CINISMO



A IDADE DO CINISMOA IDADE DO CINISMO

Por Maria Lucia Victor Barbosa
Muito já se falou sobre a idade da razão. Conforme opiniões ela pode chegar aos sete, aos 18, aos 21 anos. Talvez, nunca chegue plenamente, já que o ser humano não é feito só de razão, mas também de emoção. Nunca ouvi falar, porém, na idade do cinismo. No entanto, ao ver o presidente da República soprando alegremente as velinhas de seus 64 anos tentei imaginar em que época de sua vida ele atingiu a idade do cinismo.

Lula da Silva era um animador de greves. Desse trampolim pulou para a política, o palco mais visível do cinismo humano, mas, claro, não o único. Hoje o endeusado Lula, se comparado com suas pregações anteriores, se tornou irreconhecível.

Alguns disseram que Lula, um dos artífices do impeachment de Fernando Collor para se vingar da peça que este lhe pregou ao levar na TV Globo, na sua primeira campanha, a mãe de Lurian, é hoje “amicíssimo” do senador, assim como de José Sarney, de Renan Calheiros, de Paulo Maluf, de tantos outros que outrora o ex-partido da ética abominava. Mas o presidente justifica qualquer amoralismo falando em nome de Cristo, pois afirmou que no Brasil Jesus se aliaria a Judas. O gracejo desrespeitoso deve ter lhe rendido muitas palmas e risos cínicos de seus correligionários e bajuladores.


Lula também apela para o célebre “o que tem demais se todo mundo faz”. Isso foi dito em uma entrevista em Paris quando perguntado sobre o caixa dois de seu partido. Já o prestativo Delúbio Soares rebatizou cinicamente a prática de “recursos não contabilizados”.

Altas doses de cinismo presidencial também vêm a público quando ele diz que não vê nada, não sabe nada sobre as “travessuras” de seus companheiros “aloprados”. No “mensalão” ou compra da base aliada foi assim e assim tem sido quando convém. E sua candidata Dilma deve ter chegado à idade do cinismo, pois repete exemplarmente as lições do chefe.

Ela nega o “mensalão”, o encontro com Lina Vieira, o dossiê sobre o casal FHC, etc. Por isso dizem que, se Dilma ganhar teremos o terceiro mandato de Lula da Silva, pois é impressionante o mimetismo dos dois. Alegremente eles seguem em acelerada campanha dizendo que não é campanha.

Os extremados e ardorosos petistas dirão que não citei outros políticos. Arrolar todos aqui seria impossível, precisaria escrever um “Tratado sobre o Cinismo” que englobasse a postura de muitos governadores, deputados federais e estaduais, senadores, membros do Judiciário e demais instituições, políticos nacionais e estrangeiros, figuras eminentes do mundo dos negócios, gente não comum e comum.

Porém, se os grandes cínicos da política fazem tanto sucesso, sendo eleitos e reeleitos, é de se perguntar se a sociedade brasileira já nasceu cínica ou se em algum nebuloso momento atingiu a idade do cinismo.

Em todo caso, diante da exacerbação da violência no Rio de Janeiro resta a triste constatação de que padecemos de um cinismo brutal que agrega incompetência galopante, indiferença à dor alheia, banalização da morte, vulgarização da vida, irrelevância da ordem, aceitação do tráfico de drogas, tanto da parte das autoridades quanto dos próprios cariocas e dos brasileiros em geral.


O prefeito Eduardo Paes, ex-ardoroso tucano e hoje conveniente peemedebista, afirmou de volta da Europa, na Folha de S. Paulo de 25/12/09, que: “2014 e 2016 é fácil de resolver; enche de polícia na rua e fica tudo certo”. Para não ficar o dito muito cínico o prefeito carioca acrescentou: “Estou preocupado é com a população que vive agora este dia a dia”. Será que alguém está mesmo preocupado?

Ricardo Noblat mostrou no seu site dados interessantes que vale a pena repetir:

“1 - O número de favelas no Rio cresceu de 750, em 2004, para 1.020 neste ano. Cerca de 500 são controladas pelo tráfico. A venda de cocaína rende algo como R$ 300 milhões por ano aos bandidos.

2 – Compete a Polícia Federal combater o tráfico. Quantas vezes este ano ela foi vista escalando morros?

3 – Compete ao governo federal vigiar as fronteiras do país.
É ridículo o número de militares ocupados com a tarefa. Faltam equipamentos e gente para fiscalizar o desembarque de cargas nos portos.

4 – Até agosto, para modernizar sua polícia o Rio só havia recebido R$ 12 milhões dos quase R$ 100 milhões prometidos pelo governo federal –

5 Em três anos de governo Sérgio Cabral, o total de investimentos em segurança está orçado em R$ 804.818,00. De fato não mais do que 40% desse dinheiro já foram aplicados”.

No dia 21 deste uma foto macabra estampada em jornais simbolizava a barbárie do tráfico de drogas. Num carrinho de supermercado atirado na calçada jazia o corpo de um homem com marcas de tiros, de tortura, sem um dos olhos. Uma aglomeração composta na maioria por jovens olhava com curiosidade para o que restara do trucidado. Alguns exibiam sorrisos de cínica indiferença. Deviam estar mentalmente culpando a polícia. Sempre se culpa a polícia. Mas, se na polícia como em qualquer instituição há corrupção, existem também policiais dignos, capazes de gestos heróicos.



Deixo, então, aqui uma homenagem aos três policiais que morreram no helicóptero atingido por bandidos, e aos seus colegas de farda que também perderam a vida na guerra do tráfico cinicamente ignorada pelas autoridades.

Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
mlucia@sercomtel.com.br
www.maluvibar.blogspot.com
27/10/2009

O ÚNICO INIMIGO


O ÚNICO INIMIGO

FOTOGRAFIA DA SITUAÇÃO ALARMANTE DE PORTUGAL SOCIALISTA

Na medida em que as grandes verdades metafísicas (lembre-se que sou ‘metafísico oportunista’) em que se baseavam as antigas ontologias foram relativizadas cada um interpreta o que ocorre no mundo como bem entende; e cada um o percebe e o traduz de acordo com sua percepção e seus valores subjetivos.

Aí entra no cenário o diversionismo pela a (a) lógica das 'teorias conspiratórias’ (konspiratzia - típicas das idéias totalitárias e baseadas na ). Lembre-se que antes a 'ameaça' com relação à Amazônia vinha do Norte (EUA), mas com o OBAMA longe de Honduras, tinha que mudar o 'inimigo' irreal e imaginário.


 O fato é que nosso maior inimigo está bem aqui em nosso rincão - matando diariamente pessoas inocentes, quer pelas deficiências de investimentos em saúde pública, mesmo tendo chegado 'à beira da perfeição', mata nas portas e até dentro dos hospitais públicos e, a insegurança pública que já chegou a níveis anômicos pelo domínio do Estado paralelo estimulado pelo Estado do mal estar petista.



 Na atualidade as konspiratzias para assumirem foros de verossimilhança – utilizam o discurso/retórico aparentemente bem elaborado do ponto de vista semântico apelando-se para o mistério – mas sem nenhuma adequação com o mundo real (aí ‘contra fatos não há argumentos’ – e os argumentos são a priori) – com linguagem inclusive do século passado – como franco maçonaria, com algumas reconfigurações atuais como ‘iluminati’, Maçonaria, ‘logia P2’, ‘cavaleiros de Malta’ e ‘operação Gladio’, controlado pelos jesuítas, Vaticano, Opus Dei, Ordem Templo Oriental, na Rússia (com a saudação ‘heil império’), até a Ordem Rosacruz, uma das fraternidades mais antigas do mundo chamada de la orden invisible de Los “rosacruz”, a família dos banqueiros Rothschild,  os Rockefeller, a família Real Inglesa, Henry Kissinger, sionistas, ‘Máfia Verde’,  até o Rotary Club é apontado e entra nessa ‘megaconspiração nunca vista antes no mundo’.


Tudo é clarocontrolado pela CIA/EUA ou então pelos ingleses (Monarquia).

E ninguém percebe o império amarelo que está ‘papando tudo pelas beiradas’ ou a Rússia apoiada na geopolítica dos recursos energéticos, assim como o saque e a expropriação gradativa dos brasileiros, mediante a derrama tributária, os preços mais elevados do planeta dos recursos energéticos e das mercadorias aqui produzidas.

o certo e que AS teseS conspiraTÓRIAs, mesmo sendo falácias inspiradas na paranóia - tendem a se tornar irrefutáveis, sem que nenhum fato as contradiga, numa inversão alógica sem precedentes; nelas abundam dissimuladamente as mais atávicas taras da psique humana, a ignorância, a crendice, a charlatanice, a irracionalidade, o ódio ideológico, a má-fé, e, sobretudo ódio aos judeus (catecismo), com a tendência inelutável para a fraude.

O socialista Proudhon e o anarquista Bakunin, por exemplo,  escreviam textos de grande hostilidade contra o que eles chamavam perversa e criminosamente de “parasitas judeus”, de onde surgiram as raízes do anti-semitismo da esquerda, hoje eufemisticamemte disfarçado de “anti-sionismo”.


Como dizem os 'donos' do mundo:

Poder suave (soft power) – através  do dólar ou da persuasão para convencer países 'recalcitrantes' aderirem a seus planos; e
Poder duro (hard power)  - mediante a coerção para obrigar os outros países a aderirem.
BUENAS e o poder inteligente. Ora tudo é com eles... e meia dúzia de espertos dominam o mundo... e ‘nóis aqui chipados’, outros ‘chapados’ totalmente dominados.  E VIVA A TEORIA DA CONSPIRAÇÃO...
Abs Rivadávia

 Pos-digitum: A teoria conspiratóriakonspiratzia - típica do totalitarismo que usa a tática - baseada na (in) fidelidade e na (des) confiança, com seus corolários de suspeita, traição; esse fenômeno da extrema maldade remonta ao inventor da konspiratzia: LÊNIN - (Wladmir Illich Ulianov Lênin, 1870-1924)  -  fundador do bolchevismo totalitário, cuja prática conspirativa desenvolvia-se de forma inconteste numa paranóia que foi levada ao paroxismo com Stalin (Iossif Vissirianovitch Djugatchvili Stalin - Joseph StaliN 1879-1953), revelando também um cálculo racional do líder do partido-Estado-ideocrático – para atingir o domínio total do poder.


Essa konspiratzia – é reiterada, especialmente nos tempos de crise, insidiosamente por meio de ideologias totalitárias, metamorfoseadas em ‘democráticas’.

Essa forma de fraude política torna-se ainda mais perigosa quando envereda para o nacionalismo, pois o discurso patriótico é extremamente difícil de refutar pelo medo de enfrentar quem supostamente está defendendo os interesses da Nação, em nome do Estado, e, assim ser considerado um traidor, marginalizado e, até preso como está ocorrendo às escâncaras na República Bolivariana da Venezuela – mantendo as demais criaturas em permanente temor, tremor e terror gen
eralizado.


Educação e lulo-petralhismo

O tema é estratégico e dele depende o futuro do País. Acresço alguns argumentos.

Por Rivadávia Rosa

A LIBERDADE DE ENSINO/APRENDIZAGEM encontra-se entre os direitos inalienáveis da pessoa humana, e atentar contra seu livre exercício – é uma afronta ao Estado de Direito. Por isso a educação deve ser livre, pluralista e aberta a todas as idéias e correntes de pensamento.
O maior crime contra a humanidade - é degradar a educação até o ponto de ficar a serviço dos interesses facciosos de um governo.


HÁ MUITO as idéias pseudo pedagógicas –  vêm enveredando para caminhos inadequados pelo viés esquerdista, o centralismo nada democrático, em que ‘notáveis’ pedagogos se dedicam a diagnosticar e escrever sobre história da educação, criticar e comentar sobre sua visão parcial do mundo, mas muito pouco sobre propostas de mudança globais e efetivas para o aperfeiçoamento do sistema educacional.
Uma avaliação perfunctória sobre a produção de livros didáticos e artigos – demonstra que a maioria dos textos cuida de fazer diagnósticos críticos e históricos – com uma visão crítica da educação em si de forte viés ideológico – enquanto o mundo desenvolvido avança e busca eficiência, eficácia e efetividade no ensino/aprendizagem.
IdeologIas, etiquetas políticas oU claSsificaÇÕEs como absolutismo, anarquismo, autocracia, comunismo, igualitarismo, imperialismo, marxismo, marxismo-leninismo, maoísmo, nacionalismo, colonialismo, oligarquias, populismo, socialismo, teocracia, totalitarismos – quando instrumentalizadas com finalidade ideológica não fazem mais que reduzir a capacidade de observação da realidade e limitar os diagnósticos necessários para soluções propositivas que beneficiem a todos (bem comum, interesse público).

Nesse desiderato insensato prevalece a novilíngua que se notabiliza nas expressões bipolares estimuladoras da luta (sem) classe - como classe dominante/dominada, exclusão/inclusão, rico/pobre - inspirada na bicefalia jurássica marxista – senhores e escravos, nobres e servos, burgueses e proletários, colonizadores e colonizados, exploradores e explorados, opressores e oprimidos, seguida do ‘vitimismo’ acrítico nos jargões anticapitalista, imperialista, ‘neoliberalismo’, e até atribuindo os males a ditadura militar que encerrou seu ciclo há quase trinta anos.

A educação de viés ideológico pretende o domínio hegemônico da população – cujo plano de controle mental em grande escala, começa pelas crianças – é instrumentalizado mediante a utilização das ferramentas da ideologização e da propaganda para mudar a percepção da realidade das massas por meio da destruição do sentido comum e da substituição dos valores no indivíduo, pela influência direta no âmago emocional e da imaginação das pessoas.
Essa ‘experiência’ totalitária na educação – se manifesta a partir das escolas primárias (fundamental) em que tanto os textos como os livros autorizados (distribuídos) para o ensino, inclusive médio (secundário) são editados com o selo partidário devidamente ‘certificado’ pela ideologia que se pretende hegemônica – fazendo apologia dos governantes e dos pseudos ‘santos’ de formação marxista. Isto é vergonhoso, tanto para o País quanto para o mundo.
OS REGISTROS HISTÓRICOS – demonstram o resultado trágico do aparato propagandístico montado na Alemanha nazista, de ADOLF HITLER ou nos escandalosos trabalhos soviéticos em favor do culto da personalidade que se ‘construiu’ nos tempos de JOSEPH STÁLIN e que sempre foram dissimulados pela esquerda (ortodoxa) e pelo fascismo (de esquerda) que forjaram uma monumental auto compaixão ‘construída’ depois da derrubada do Muro de Berlim – para ocultar as ruínas que deixou em sua passagem tsunâmica por dois terço do mundo e atualmente se apresentam descaradamente como ‘humanitários’, ‘defensores dos direitos humanos’, da ‘democracia’, da justiça ‘social’, do ‘igualitarismo’...

Assim (de) formam-se futuros docentes que não precisam mais saber o que vão ensinar, apoiados em bibliografias emanadas de usinas de pensamento pedagógico único e pouco operativo. Noutras palavras mantém a escola submergida no túnel do tempo, destruindo-se a educação pela sua orientação pelo e para o poder.
O mais grave é que não inspeções, supervisão e coordenação escolares – nem fiscalização por parte do Ministério Público que nesse casso não se atreve a ir ‘além das sandálias’ - confiando-se exclusivamente nos docentes. E por aí se incubou o ‘ovo da serpente’ como se fosse uma ‘revolução da educação e na pedagogia nacional’, justamente pelo viés ideológico e de forma insidiosa e perversa.
Nesses tempos trágicos é urgente que se constituam ‘conselhos educacionais’ constituídos por pais e professores a fim de que se acompanhe e avalie o que a escala anda fazendo com os alunos.

O RESULTADO aí está. É A CALAMIDADE DO FRACASSO ESCOLAR especialmente de menores de famílias menos favorecidas – com elevada evasão escolar, baixo rendimento na aprendizagem, repetição de anos e abandono do sistema educativo – além do superdimensionamento das matrículas escolares.
Por outro lado, como resultado colateral também aprofundou-se a mentalidade parasitária que vive do passado, vinculada ao presente, mas que se apóia no esforço e na produção dos outros (vide a velha fábula da cigarra e da formiga), reforçada pelo neopopulismo assistencialista.
Isso ainda se verifica de forma mais trágica em determinado segmento empresarial (alguns até se filiando a partidos com o simples ‘s’) - que nada empreende sem subsídio do Estado – pródigo provedor da incompetência, que representa um verdadeiro socialismo selvagem, em que o lucro é do empresário e o prejuízo do Estado (sociedade – representada pelo respeitável e distinto contribuinte); do burocrata apegado ao cargo, que cria dificuldades para vender facilidades, descomprometido com a função do verdadeiro servidor público; do estudante que exige facilidades porque perdeu o sentido da auto exigência intelectual, proclamada e simbolizada pelo próprio Presidente da República, que não lê e não estuda sequer os assuntos do Estado, formando uma ‘nova escola’; de alguns sindicalistas convertidos em profissionais da reivindicação, que muitas vezes extrapola as próprias demandas sociais; de certos professores anacrônicos e corporativistas que repetem lições desatualizadas e descontextualizadas; de intelectuais (orgânicos) inspirados em idéias e ideologias neo-regressivas totalitárias que não só perderam vigência no mundo, mas também qualquer razoabilidade e utilidade prática; de certos políticos que na hora de assumirem compromissos verdadeiramente  democráticos utilizam-se do duplo discurso mascarando sua real vocação autoritária e predadora, apropriando-se dos bens e recursos públicos como se privados fossem, em detrimento do real interesse público que exige honestidade e competência.

O certo é que no mundo globalizadobaseado fundamentalmente na valorização do talento e no desenvolvimento científico e tecnológico – a ciência, a tecnologia e a inovação são atividades vitais para o desenvolvimento de qualquer país, pois incidem diretamente no crescimento da economia, no desenvolvimento, na inclusão social e no melhoramento contínuo das políticas públicas, de cunho socioeconômico, político, científico, cultural e artístico.
Porém na educação como em qualquer outra atividade humana deve haver supervisão, inspeção, avaliação e coordenação, de forma que as MUDANÇAS GLOBAIS positivas se tornam efetivas.
Para enfrenta com sucesso as ‘ameaças’ e aproveitar as oportunidades na ordem global (globalização) – a experiência mundial ensina que é imprescindível – desenvolver habilidade e capacidade para gerar, transmitir e usar corretamente o conhecimento.

Isso implica investir não só na educação, na ciência e tecnologia, mas também na produção do conhecimento, sobretudo no contexto estratégico.
Porém e desgraçadamente enquanto uma parte do mundo avança, outra segue a contramão da história.
Abs Rivadávia

O abandono do local do crime não encerra o caso, não revoga a delinquência, não inocenta o culpado.


O Brasil precisa reaprender a contar o caso como o caso foi, usar a palavra justa no lugar do eufemismo malandro e enxergar as coisas como as coisas são. Por exemplo: onde parece haver a Fundação José Sarney existe a fachada de uma organização envolvida em incontáveis bandalheiras. E o que é apresentado como ”impossibilidade de funcionamento” tem cara de queima de arquivo.

Segundo o presidente vitalício, ”os doadores suspenderam suas contribuições pela exposição com que a instituição passou a ser tratada por uma parte da mídia”. Conversa de 171. Os parceiros fugiram antes que o camburão estacione no outro lado da rua. O barulho da sirene começou em junho, quando a Justiça atendeu ao pedido do Ministério Público Federal e determinou a devolução ao governo maranhense do Convento das Mercês.


Expropriado ilegalmente, o convento foi reduzido a refúgio de pecadores pela ”Madre Superiora”, alcunha que identifica Sarney nas suspeitíssimas conversas por telefone entre o filho Fernando e comparsas de alta patente, gravadas pela Polícia Federal.

Em julho, foram reprovadas as contas relativas às movimentações financeiras de 2003 a 2007 e o Ministério Público do Maranhão decidiu intervir.

A Fundação vive de esmolas porque sempre fez questão de manter distância dos cofres públicos, fantasiou a Madre Superiora sem chances no Dia do Juízo Final. É muito cinismo, berram os fatos. Sobram provas materiais de que a turma da Fundação desviou fatias consideráveis de boladas extorquidas do governo estadual, do Ministério da Cultura, da Petrobras e da Eletrobras, fora o resto.

Acumulam-se documentos que confirmam a chegada de quantias milionárias originárias de empresas fantasmas plantadas em paraísos fiscais no exterior por amigos de Sarney. São tantas as evidências comprometedoras que o chefe resolveu apressar o encerramento das atividades e evadir-se do endereço de má fama. Pouco importa. O abandono do local do crime não encerra o caso, não revoga a delinquência, não inocenta o culpado.

Mais de nove meses depois dos primeiros achados nas catacumbas do Senado, Sarney continua na presidência da Casa do Espanto, Pedro Simon desistiu de convencê-lo a largar o osso, Artur Virgílio já não acha intolerável a presença do chefão no centro da Mesa, Álvaro Dias não tem mais nada a investigar, Eduardo Suplicy trocou o cartão vermelho de juiz do Sarney pela cueca vermelha do Super-Homem, Aloízio Mercadante coleciona rendições em outras frentes, Romero Jucá e Renan Calheiros vão comemorar o reveillon em liberdade.
A turma do pântano atravessou impune mais um ano. A oposição não se opõe. O Estadão continua sob censura.

Mas nenhum dos muitos crimes comprovados prescreveu. Os bandidos continuam bandidos, e o Brasil que presta tem o dever de seguir exigindo a punição dos fora-da-lei: a alternativa para a resistência é a capitulação.

A dedetização judicial da Fundação não pode limitar-se ao Convento das Mercês. A ramificação mais lucrativa do grupo prospera em Brasília e usa como base de operações o Ministério de Minas e Energia, chefiado pelo cúmplice Edison Lobão.


O braço da Justiça deve ser estendido aos porões do Senado, dos tribunais manchados por indicações do imortal maranhense e do ministério controlado por candidatos a um banco dos réus. Se tudo der em nada, o Judiciário terá institucionalizado a absolvição prévia dos pecadores da primeira classe.


A bandidagem federal esbanja autoconfiança por confundir maioria com unanimidade. Tratemos de lembrar-lhe todo o tempo que  a espécie dos brasileiros honestos não foi extinta.

27 de outubro de 2009