O tema é estratégico e dele depende o futuro do País. Acresço alguns argumentos.
Por Rivadávia Rosa
A LIBERDADE DE ENSINO/APRENDIZAGEM encontra-se entre os direitos inalienáveis da pessoa humana, e atentar contra seu livre exercício – é uma afronta ao Estado de Direito. Por isso a educação deve ser livre, pluralista e aberta a todas as idéias e correntes de pensamento.
O maior crime contra a humanidade - é degradar a educação até o ponto de ficar a serviço dos interesses facciosos de um governo.
HÁ MUITO as idéias pseudo pedagógicas – vêm enveredando para caminhos inadequados pelo viés esquerdista, o centralismo nada democrático, em que ‘notáveis’ pedagogos se dedicam a diagnosticar e escrever sobre história da educação, criticar e comentar sobre sua visão parcial do mundo, mas muito pouco sobre propostas de mudança globais e efetivas para o aperfeiçoamento do sistema educacional.
Uma avaliação perfunctória sobre a produção de livros didáticos e artigos – demonstra que a maioria dos textos cuida de fazer diagnósticos críticos e históricos – com uma visão crítica da educação em si de forte viés ideológico – enquanto o mundo desenvolvido avança e busca eficiência, eficácia e efetividade no ensino/aprendizagem.
IdeologIas, etiquetas políticas oU claSsificaÇÕEs como absolutismo, anarquismo, autocracia, comunismo, igualitarismo, imperialismo, marxismo, marxismo-leninismo, maoísmo, nacionalismo, colonialismo, oligarquias, populismo, socialismo, teocracia, totalitarismos – quando instrumentalizadas com finalidade ideológica não fazem mais que reduzir a capacidade de observação da realidade e limitar os diagnósticos necessários para soluções propositivas que beneficiem a todos (bem comum, interesse público).
Nesse desiderato insensato prevalece a novilíngua que se notabiliza nas expressões bipolares estimuladoras da luta (sem) classe - como classe dominante/dominada, exclusão/inclusão, rico/pobre - inspirada na bicefalia jurássica marxista – senhores e escravos, nobres e servos, burgueses e proletários, colonizadores e colonizados, exploradores e explorados, opressores e oprimidos, seguida do ‘vitimismo’ acrítico nos jargões anticapitalista, imperialista, ‘neoliberalismo’, e até atribuindo os males a ditadura militar que encerrou seu ciclo há quase trinta anos.
A educação de viés ideológico pretende o domínio hegemônico da população – cujo plano de controle mental em grande escala, começa pelas crianças – é instrumentalizado mediante a utilização das ferramentas da ideologização e da propaganda para mudar a percepção da realidade das massas por meio da destruição do sentido comum e da substituição dos valores no indivíduo, pela influência direta no âmago emocional e da imaginação das pessoas.
Essa ‘experiência’ totalitária na educação – se manifesta a partir das escolas primárias (fundamental) em que tanto os textos como os livros autorizados (distribuídos) para o ensino, inclusive médio (secundário) são editados com o selo partidário devidamente ‘certificado’ pela ideologia que se pretende hegemônica – fazendo apologia dos governantes e dos pseudos ‘santos’ de formação marxista. Isto é vergonhoso, tanto para o País quanto para o mundo.
OS REGISTROS HISTÓRICOS – demonstram o resultado trágico do aparato propagandístico montado na Alemanha nazista, de ADOLF HITLER ou nos escandalosos trabalhos soviéticos em favor do culto da personalidade que se ‘construiu’ nos tempos de JOSEPH STÁLIN e que sempre foram dissimulados pela esquerda (ortodoxa) e pelo fascismo (de esquerda) que forjaram uma monumental auto compaixão ‘construída’ depois da derrubada do Muro de Berlim – para ocultar as ruínas que deixou em sua passagem tsunâmica por dois terço do mundo e atualmente se apresentam descaradamente como ‘humanitários’, ‘defensores dos direitos humanos’, da ‘democracia’, da justiça ‘social’, do ‘igualitarismo’...
Assim (de) formam-se futuros docentes que não precisam mais saber o que vão ensinar, apoiados em bibliografias emanadas de usinas de pensamento pedagógico único e pouco operativo. Noutras palavras mantém a escola submergida no túnel do tempo, destruindo-se a educação pela sua orientação pelo e para o poder.
O mais grave é que não inspeções, supervisão e coordenação escolares – nem fiscalização por parte do Ministério Público que nesse casso não se atreve a ir ‘além das sandálias’ - confiando-se exclusivamente nos docentes. E por aí se incubou o ‘ovo da serpente’ como se fosse uma ‘revolução da educação e na pedagogia nacional’, justamente pelo viés ideológico e de forma insidiosa e perversa.
Nesses tempos trágicos é urgente que se constituam ‘conselhos educacionais’ constituídos por pais e professores a fim de que se acompanhe e avalie o que a escala anda fazendo com os alunos.
O RESULTADO aí está. É A CALAMIDADE DO FRACASSO ESCOLAR especialmente de menores de famílias menos favorecidas – com elevada evasão escolar, baixo rendimento na aprendizagem, repetição de anos e abandono do sistema educativo – além do superdimensionamento das matrículas escolares.
Por outro lado, como resultado colateral também aprofundou-se a mentalidade parasitária que vive do passado, vinculada ao presente, mas que se apóia no esforço e na produção dos outros (vide a velha fábula da cigarra e da formiga), reforçada pelo neopopulismo assistencialista.
Isso ainda se verifica de forma mais trágica em determinado segmento empresarial (alguns até se filiando a partidos com o simples ‘s’) - que nada empreende sem subsídio do Estado – pródigo provedor da incompetência, que representa um verdadeiro socialismo selvagem, em que o lucro é do empresário e o prejuízo do Estado (sociedade – representada pelo respeitável e distinto contribuinte); do burocrata apegado ao cargo, que cria dificuldades para vender facilidades, descomprometido com a função do verdadeiro servidor público; do estudante que exige facilidades porque perdeu o sentido da auto exigência intelectual, proclamada e simbolizada pelo próprio Presidente da República, que não lê e não estuda sequer os assuntos do Estado, formando uma ‘nova escola’; de alguns sindicalistas convertidos em profissionais da reivindicação, que muitas vezes extrapola as próprias demandas sociais; de certos professores anacrônicos e corporativistas que repetem lições desatualizadas e descontextualizadas; de intelectuais (orgânicos) inspirados em idéias e ideologias neo-regressivas totalitárias que não só perderam vigência no mundo, mas também qualquer razoabilidade e utilidade prática; de certos políticos que na hora de assumirem compromissos verdadeiramente democráticos utilizam-se do duplo discurso mascarando sua real vocação autoritária e predadora, apropriando-se dos bens e recursos públicos como se privados fossem, em detrimento do real interesse público que exige honestidade e competência.
O certo é que no mundo globalizado – baseado fundamentalmente na valorização do talento e no desenvolvimento científico e tecnológico – a ciência, a tecnologia e a inovação são atividades vitais para o desenvolvimento de qualquer país, pois incidem diretamente no crescimento da economia, no desenvolvimento, na inclusão social e no melhoramento contínuo das políticas públicas, de cunho socioeconômico, político, científico, cultural e artístico.
Porém na educação como em qualquer outra atividade humana deve haver supervisão, inspeção, avaliação e coordenação, de forma que as MUDANÇAS GLOBAIS positivas se tornam efetivas.
Para enfrenta com sucesso as ‘ameaças’ e aproveitar as oportunidades na ordem global (globalização) – a experiência mundial ensina que é imprescindível – desenvolver habilidade e capacidade para gerar, transmitir e usar corretamente o conhecimento.
Isso implica investir não só na educação, na ciência e tecnologia, mas também na produção do conhecimento, sobretudo no contexto estratégico.
Porém e desgraçadamente enquanto uma parte do mundo avança, outra segue a contramão da história.
Abs Rivadávia
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