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sábado, 8 de junho de 2013

Justiça abre processo contra José Dirceu para devolução do dinheiro desviado no mensalão


Segundo o jornal Folha de S. Paulo, outras 20 pessoas devem responder ao processo de improbidade, que foi aceito pela Justiça no início do mês passado


José Dirceu: Justiça aceita ação de improbidade administrativa contra o petista
(HELIA SCHEPPA/JC IMAGEM/AE)

A Justiça Federal de Brasília abriu um processo de improbidade administrativa contra o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu para que sejam devolvidos os valores desviados no mensalão.

O dinheiro foi distribuído a parlamentares do PMDB, PT, PR, PTB e PP para que o Congresso apoiasse o governo de Lula.

Segundo informações divulgadas neste sábado pelo jornal Folha de S. Paulo, também responderão ao processo outras 20 pessoas, incluindo o deputado federal José Genoino e Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT.

O processo não fixa um valor a ser devolvido. Porém, acusa integrantes do PP de terem recebido 4,1 milhões de reais no mensalão.

A lei da improbidade prevê, além da devolução do dinheiro desviado, uma multa de três vezes esse valor.

O Ministério Público deu início a essa ação em 2007. Porém, a Justiça somente a aceitou no início do mês passado, alguns dias depois de o Supremo Tribunal Federaç (STF) publicar a sentença do julgamento do esquema do mensalão que condenou Dirceu a dez anos e dez meses de prisão.

Há ainda outras quatro ações de improbidade administrativas contra condenados pelo mensalão que ainda não foram aceitas pela Justiça.
08.06.2013

Biografia mostra todas as caras de José Dirceu


VEJA desta semana traz reportagem sobre a mais completa e surpreendente biografia do petista, as aventuras, traições, amores e tramoias do líder estudantil bonitão e mulherengo que virou o segundo homem mais poderoso da República - e que agora se encontra a caminho da prisão

Thaís Oyama

(Eliária Andrade/Agência O Globo )


DIRCEU - A BIOGRAFIA

Otávio Cabral
Editora Record

Em 3 de janeiro de 2003, um mineiro nascido em Passa Quatro, ex-líder estudantil e ex-militante de esquerda perseguido pela ditadura militar se tornava o segundo homem mais importante da República.

José Dirceu de Oliveira e Silva havia sido nomeado ministro-chefe da Casa Civil do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o operário que chegou ao Palácio do Planalto.

Juntos, esses dois homens de biografia extraordinária prometiam mudar o Brasil.

O primeiro ato que Dirceu assinou no cargo foi bem menos grandioso, mas revelador de seu caráter.

Era uma portaria que mudava a ordem de entrada dos ministros nas solenidades do palácio.

Historicamente, depois do presidente da República, vinha o titular do Ministério da Justiça, por ter sido a primeira pasta a ser criada.

Dirceu transferiu a prerrogativa para si: quem apareceria caminhando logo atrás do presidente seria ele, o chefe da Casa Civil - que, a partir de então, teria também a primazia no uso de carros oficiais e de aviões da Força Aérea Brasileira.

De autoria do jornalista Otávio Cabral, editor de VEJA, Dirceu - A Biografia (Record; 364 páginas; 39,90 reais, ou 27 reais na versão digital) conta esta e outras tantas histórias definidoras da personalidade do biografado, o que faz do livro um daqueles difíceis de largar
(leia aqui o primeiro capítulo).

Para escrever a mais completa e surpreendente biografia de um dos mais complexos e enigmáticos personagens da história recente do Brasil, Cabral analisou 15 000 páginas de documentos garimpados no acervo de nove arquivos.

Entrevistou 63 pessoas, anônimas e públicas, cuja confiança conquistou ao longo dos treze anos em que atua como repórter de política - primeiro pela Folha de S.Paulo e, desde 2004, em VEJA.

Para ler a continuação dessa reportagem compre a edição desta semana de VEJA no IBA, no tablet ou nas bancas.

08.06.2013



sexta-feira, 7 de junho de 2013

S&P revisa perspectiva da economia brasileira para negativa



Agência de classificação de risco cita baixo crescimento e expansionismo fiscal
Chance de nota do Brasil ser rebaixada é de 'uma em três'

O GLOBO
COM AGÊNCIA BLOOMBERG

RIO e BRASÍLIA – Uma combinação de fraco crescimento da economia, pressão inflacionária, política fiscal expansionista e perda de credibilidade na política econômica brasileira levaram nesta quinta-feira a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) a colocar a nota dos títulos da dívida brasileira em perspectiva negativa, o primeiro passo para cortá-la. É a primeira vez que isso acontece desde 2002, quando a expectativa de vitória de Lula nas eleições provocou forte turbulência no mercado financeiro e o dólar chegou próximo dos R$ 4. O Brasil tem atualmente classificação de risco (o chamado rating) de “BBB” pela S&P, o chamado “grau de investimento”, referência usada pelo mercado para avaliar se o país é seguro para investir.

— O crescimento da economia do Brasil tem sido baixo e a resposta do governo tem sido uma política fiscal mais expansiva, com deterioração do superávit primário. O problema é que o investimento privado não está se desenvolvendo e a melhora no primeiro trimestre veio de uma base baixa de comparação. A estratégia do governo não tem funcionado e cria incertezas daqui para frente — disse Sebastián Briozzo, diretor responsável pelo rating do Brasil na S&P, em entrevista ao GLOBO.

Ele diz que a redução da poupança feita pelo governo para pagar juros da dívida pública, o chamado superávit primário, pode criar dificuldades.

— A elevação da dívida pública pode trazer riscos mais importantes. Quanto maior for a dívida, o governo terá mais dificuldades para financiá-la e menos espaço para fazer política de incentivo quando precisar — disse o analista.

Argentina e Venezuela foram os últimos países colocados em perspectiva negativa, com rating respectivamente de B- e B+, mas Briozzo diz que a situação do Brasil não é comparável e que possui outros desafios.

— É outra situação de desenovlvimento e estabilidade. Argentina e Venezuela não possuem políticas econômicas sustentáveis. Nesses dois países tem processos de polarização política que não tem nada a ver com o Brasil, que possui rating muito mais alto que eles.

PIB deve crescer 2,5% este ano

Em comunicado nesta quinta-feira, a S&P afirmou que o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos pelo país) deve crescer 2,5% neste ano, no que seria “seu terceiro ano de crescimento econômico modesto”. A agência culpou os atrasos no estímulo ao investimento privado — especialmente na área de infraestrutura — pelo baixo crescimento. A agência não descarta a hipótese de um rebaixamento num prazo de até dois anos.

“Nós poderíamos rebaixar o rating de crédito do país nos próximos dois anos se continuar o crescimento econômico lento, os fundamentos fiscais e externos mais fracos e a perda de credibilidade na política econômica”, informou. Ainda assim, a agência ponderou que também pode revisar a perspectiva para “estável” caso perceba iniciativas do governo capazes de gerar maior confiança no setor privado e, portanto, maior crescimento.

A decisão provocou um efeito cascata sobre as notas de risco das empresas brasileiras. nesta quinta-feira, a S&P também colocou em perspectiva negativa o rating das estatais Petrobras e a Eletrobras. Em maio, a petro6leira levantou US$ 11 bilhões no mercado internacional de dívida, na maior operações de uma empresa de país emergente da história.

O Brasil conquistou o grau de investimento cinco anos atrás. E foi a própria S&P quem concedeu o status ao país. Desta vez, ela também colocou o rating em moeda local (classificado como “A-”) em perspectiva negativa. Além da S&P, o Brasil tem nota de grau de investimento por Fitch e Moody’s.


6/06/13

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Não foi por acaso que Marcos Valério concordou com o esvaziamento das acusações contra o fugitivo Lula




Rota alterada






Só mesmo um inocente para acreditar que Marcos Valério Fernandes de Souza, condenado a quarenta anos de prisão no julgamento da Ação Penal 470 (Mensalão do PT), desistiu de revelar o que sabe por causa da recusa das autoridades em conceder a delação premiada.

Operador financeiro do maior escândalo de corrupção da história brasileira, Marcos Valério é um arquivo ambulante e deveria revelar o que sabe, independentemente de qualquer benefício por parte da Justiça. O Brasil precisa se livrar da quadrilha que se instalou no Planalto Central, o que só será possível com a revelação de fatos passíveis de comprovação.

O Mensalão do PT transformou-se em uma espécie de rodoanel de outros tantos casos escabrosos, os quais precisam ser investigados a fundo e seus protagonistas levados ao banco dos réus. Do contrário, o Brasil se perpetuará na história como reduto da impunidade. Na esteira do esquema criminoso montado com a aquiescência do Palácio do Planalto para comprar parlamentares há uma conjunção de crimes, alguns conhecidos.

O primeiro deles é a repatriação dos recursos da cobrança de propinas em Santo André, operação que culminou com a morte do petista Celso Daniel, que foi covardemente assassinado por se contrapor à destinação dada pelo PT ao dinheiro que deveria financiar a campanha do então candidato presidencial Lula. Depositado no exterior, o dinheiro voltou ao Brasil por meio dos empréstimos fictícios que rechearam a epopeia do Mensalão.

Diferentemente do que muitos acreditam, o caixa do Mensalão não foi abastecido apenas com o dinheiro desviado do Banco do Brasil (Visanet) e dos empréstimos bancários. Ao longo dos últimos anos, pouca atenção se deu a determinada declaração do ex-petista Silvio Pereira, o “Silvinho Land Rover”, que afirmou que o objetivo do partido era arrecadar perto de R$ 1 bilhão com o esquema.

Para que isso fosse possível, os palacianos abriram o balcão de negócios e aceitaram doações escusas de empresários que buscavam negócios com o governo. O repasse do dinheiro imundo se deu através de campanhas publicitárias superfaturadas, algumas das quais operacionalizadas pelas agências de Marcos Valério. O que explica o fato de a polícia ter encontrado talões de notas fiscais das empresas queimadas em um terreno de Belo Horizonte.

A diferença entre o custo real da campanha e o valor pago pela contratante era repassada ao caixa do Mensalão do PT. Pelo menos duas empresas de telefonia celular lideraram o esquema criminoso, que proporcionou aos seus artífices não apenas proximidade com integrantes do governo, mas também e principalmente sociedades com familiares de destacadas figuras do Palácio do Planalto.

Não foi por causa de eventual inocência que Marcos Valério chegou ao cargo de operador financeiro do Mensalão do PT.

O publicitário mineiro só alcançou tal posto porque mostrou aos petistas sua vocação para o mal.

Mesmo condenado a quatro décadas de prisão, Valério continua sendo um voraz negociador.

E seu recuo não saiu de graça, até porque qualquer nova declaração sua representaria prejuízos milionários ao PT.

Resumindo, alguém pagou, e muito, pelo silêncio do caixa do Mensalão.

06/06/2013

Congresso promulga emenda que cria tribunais federais


Como presidente interino da Casa, André Vargas (PT-PR) convocou sessão para fazer valer medida que foi criticada pelo presidente do STF

Veja.com
Vargas ocupa presidência do Congresso no lugar de Calheiros (Brizza Cavalcante/Agência Câmara)

O Congresso Nacional promulgou na manhã desta quinta-feira a emenda constitucional que cria quatro novos tribunais federais no país. A iniciativa foi do vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT-PR). Conforme adiantou a coluna Radar On-line, o petista aproveitou a ausência do presidente do Congresso, Renan Calheiros, que está em viagem oficial a Portugal, para aprovar a medida, que foi duramente criticada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, que também preside o Conselho Nacional de Justiça.

Chamada de "sorrateira" por Barbosa, a criação dos quatro tribunais terá custo de 700 milhões de reais por ano para os cofres públicos. Para o presidente do STF, a criação dos tribunais será boa para a advocacia e para os juízes porque milhares de empregos serão criados.

"Dá emprego. Dá quinto. Mas isso não é o interesse da nação", afirmou. O presidente do Supremo disse ainda que as sedes desses tribunais devem ser "instaladas em resorts, o mais próximo possível da praia."

Apesar da pressão das associações de juízes e de senadores, Calheiros não queria promulgar a emenda por considerar que havia um erro formal na tramitação da proposta e, por isso, ela seria derrubada no Supremo.

A promulgação é o último passo formal para que o texto entre em vigor. O ato precisa ocorrer em uma sessão do Congresso, que reúne o conjunto de deputados federais e senadores.

Aprovada em abril pela Câmara dos Deputados, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 544/2002 cria tribunais com sedes em Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Curitiba (PR) e Manaus (AM).

O texto dá prazo de seis meses para a instalação dos tribunais, a contar da promulgação da emenda.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Ministério da Saúde faz a apologia da prostituição e depois recua. Ou: Não se trata de um erro, mas de um método. Eu provo!


Tentar impor limites ao petismo não é nem fácil nem difícil; é inútil

Por Reinaldo Azevedo

Vocês se lembram da confusão criada pelo kit gay na gestão do então ministro da Educação, Fernando Haddad. Entre outras barbaridades, um vídeo dizia que ser bissexual é mais vantajoso do que ser hétero; um material impresso estimulava crianças do ensino fundamental a procurar num caça-palavras o nome das pessoas que não se sentem confortáveis com seu órgão genital…

Quando a coisa veio a público, Haddad recorreu à desculpa nº 13 do Manual do Despiste Petista: “Eu não sabia”. O material foi suspenso, e ninguém respondeu pelo prejuízo causado por sua produção.

Muito bem.

Vejam este cartaz.


Ele faz parte de uma campanha contra a AIDS do Ministério da Saúde, cujo titular é Alexandre Padilha, um dos queridinhos de Lula e pré-candidato do partido ao governo de São Paulo. É isso mesmo que vocês estão lendo e vendo. O governo brasileiro decidiu “combater a AIDS” com a afirmação de identidade da prostituta. Escrevi hoje de manhã a respeito. Esqueçam tudo o que se aprendeu sobre “oprimido” e “opressor”. Se, antes, a prostituição era considerada fruto de uma conjunção infeliz de circunstâncias sociais com escolhas individuais, digamos, imprudentes, passou a ser motivo de orgulho.

Leiam trecho de reportagem da VEJA.com. Volto em seguida.

(…)
Após a repercussão negativa da campanha, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o material não passou pelo seu aval: “Do Ministério da Saúde, é papel ter mensagens específicas para estimular a prevenção das DSTs fundamentadas nas profissionais do sexo, que é um grupo bastante vulnerável”. “Enquanto eu for ministro, campanhas assim não vão passar pelo ministério”, afirmou Padilha, cotado como candidato do PT ao governo de São Paulo nas eleições do ano que vem.
A iniciativa surge logo após uma série de fiascos em campanhas de Saúde na gestão do petista. Em março deste ano, o Ministério da Saúde suspendeu distribuição de um material direcionado para o público adolescente e que tinha como tema a prevenção da aids. O kit era formado por seis revistas em quadrinhos e tratava de assuntos como gravidez na adolescência, uso de camisinha e homossexualidade. Na época, mais uma vez Padilha afirmou que a distribuição do material foi realizada sem o seu consentimento, além de não ter sido aprovado pelo conselho editorial. (…) No mês passado, o ministério gastou 10 milhões de reais em uma campanha que informava, de forma equivocada, que pessoas com problemas relacionados a planos de saúde particulares deveriam ligar para a Ouvidoria do SUS, que trata da saúde pública. A campanha precisou ser corrigida.
Voltei
A abordagem estúpida, sempre na linha pé-na-jaca, das campanhas de combate à AIDS e DSTs no geral não é um erro, um deslize, um equívoco. Trata-se de um método. Há muitos anos venho abordando este assunto. A razão é simples: o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação relegam os assuntos da sexualidade a ONGs e militantes de causas: gays, feministas etc. A Saúde dispensa o auxílio de médicos e infectologistas, e a Educação, o dos pedagogos. Assim, em vez de um trabalho técnico, voltando para a orientação, o que se tem é proselitismo.
Em fevereiro do ano passado, o Ministério da Saúde retirou do Portal sobre Aids, Doenças Sexualmente Transmissíveis e Hepatites Virais, que o órgão mantém na internet, um vídeo com cenas de um casal homossexual trocando carícias em uma boate. O filme fazia parte da campanha de prevenção a doenças transmissíveis por relações sexuais lançada para o Carnaval daquele ano. De acordo com a assessoria de imprensa da pasta, o vídeo foi feito para ser exibido exclusivamente em locais fechados, que recebem público homossexual, e não deveria ter sido tornado disponível na rede. Segundo o ministério, a postagem do vídeo no portal foi “um equívoco”. Segue para quem quiser ver. Volto depois.

           

Equívoco?

O erro do ministério nesse filme nada tem a ver com o fato de os parceiros serem gays. Escrevi  então a respeito. O seu erro — brutal, escandaloso, incorrigível — era de outra natureza, sintetizada na seguinte frase do locutor. “Na empolgação, rola de tudo, só não rola sem camisinha”. Epa! Se existe camisinha, então tudo é permitido? Acho que não! Trata-se, mais uma vez, de uma pregação irresponsável. Basta ver o filme para constatar que há nele a aceitação tácita — mais do que isso: há o incentivo — ao sexo entre pessoas que acabaram de se conhecer.
Ora, a AIDS não é a única doença que se pode contrair na intimidade total entre não-íntimos. A camisinha é só uma barreira física. O que realmente pode combater a doença são as interdições morais. A palavra assusta os ignorantes e os idiotas porque eles associam o termo “moral” ao “moralismo” como sinônimo de uma vida de hipocrisias e interdições. Não se trata disso. Se uma campanha oficial considera normal, aceitável e até desejável que pessoas que acabaram de se conhecer terminem na cama, então não haverá camisinha que dê jeito. Se ela estiver à mão, bem; se não estiver, bem…

Pesquisem a respeito. Uganda tem o programa mais eficiente da África de redução da AIDS. A camisinha é só o terceiro item de uma tríade, que virou política oficial: abstinência sexual, fidelidade no casamento e, sim, a borracha.

Não, não sou doido. Imaginem se o governo pé-na-jaca faria uma campanha pela abstinência… Sou realista. Mas eu aposto: até que a política oficial for de incentivo ao sexo irresponsável, nada feito. Não por acaso, e vocês podem achar os dados na Internet, de fontes confiáveis, a contaminação pelo vírus voltou a crescer entre homossexuais, especialmente os mais jovens, com escolaridade que já lhes permite saber como se dá o contágio.
E por que é assim? Porque o Ministério da Saúde entrega essas campanhas não a médicos, não a estudiosos do comportamento, mas a militantes da causa. E os militantes sempre confundem o combate à AIDS com o que chamam “preconceito”. Há ainda outro fator: o coquetel anti-AIDS está levando muita gente a considerar que a doença é só um mal crônico, que tem controle. E, obviamente, não é. Consta que os efeitos dos medicamentos ainda são bem desagradáveis e impõem consideráveis restrições às pessoas em tratamento.
Enquanto for esse o parâmetro, o combate à AIDS e às DSTs continuará a custar uma fortuna aos cofres públicos e será uma espécie de enxugamento de gelo. Com tudo o que já se sabe sobre algumas doenças, o contágio deveria ser hoje uma exceção, própria apenas das últimas franjas de desinformação do Brasil mais atrasado. E, no entanto, não é assim.

O filme e o cartaz não servem para combater as doenças, mas para fazer propaganda de um estilo de vida. De um péssimo estilo de vida, diga-se, no que concerne à saúde. Se alguém duvidar, basta olhar os dados sobre o contágio. O Estado fornece hoje camisinha, remédio, informação, tudo de graça. Mais um pouco, vira babá de genitálias.
Esse Estado só não tem como fazer a escolha moral em lugar do indivíduo. Se bem que o nosso está fazendo.
E faz uma péssima escolha.

04/06/2013

O ENIGMA DAS ELITES




Artigo de J. R. Guzzo
Revista Veja

A elite brasileira é acusada todo santo dia pelo ex-presidente Lula de ser a inimiga número 1 do Brasil - uma espécie de mistura da saúva com as dez pragas do Egito, e culpada direta por tudo o que já aconteceu, acontece e vai acontecer de ruim neste país.


É possível até que tenha razão, pois se há alguma coisa acima de qualquer discussão é a inépcia, a ignorância e a devastadora compulsão por ganhar dinheiro do Erário que inspiram há 500 anos, inclusive os últimos dez e meio, a conduta de quem manda no país, dentro e fora do governo.

O diabo do problema é que jamais se soube exatamente quem é a elite que faz a desgraça do Brasil.

Seria indispensável saber: sabendo-se quem é a elite, ela poderia ser eliminada, como a febre amarela, e tudo estaria resolvido.

Mas continuamos não sabendo, porque Lula e o PT não contam.

Falam do pecado, mas não falam dos pecadores; até hoje o ex-presidente conseguiu a mágica de fazer discursos cada vez mais enfurecidos contra a elite, sem jamais citar, uma vez que fosse, o nome, sobrenome, endereço e CPF de um único de seus integrantes em carne e osso.

Aí fica difícil.

Mas a vida é assim mesmo, rica em perguntas e pobre em respostas; a única saída é partir atrás delas. Na tarefa de descobrir quem é a elite brasileira, seria razoável começar por uma indagação que permite a utilização de números: as elites seriam, como Lula e o PT frequentemente dão a entender, os que votam contra eles nas eleições?

Não pode ser.

Na última vez em que foi possível medir isso com precisão, no segundo turno das eleições presidenciais de 2010, cerca de 80 milhões de brasileiros não quiseram votar na candidata de Lula, Dilma Rousseff: num eleitorado total pouco abaixo dos 136 milhões de pessoas, menos de 56 milhões votaram nela.

É gente que não acaba mais.

Nenhum país do mundo, por mais poderoso que seja, tem uma elite com 80 milhões de indivíduos.

Fica então eliminada, logo de cara, a hipótese de os inimigos da pátria serem os brasileiros que não votam no PT.

As elites seriam os ricos, talvez?

De novo, não faz sentido: os ricos do Brasil não têm o menor motivo para se queixar de Lula, dos seus oito anos de governo ou da atuação de sua sucessora.

Ao contrário, nunca ganharam tanto dinheiro como nos últimos dez anos, segundo diz o próprio Lula.

Ninguém foi expropriado sequer em 1 centavo, ou perdeu patrimônio, ou ficou mais pobre em consequência de qualquer ato direto do governo.

Os empresários vivem encantados, na vida real, com o petismo; um dos seus maiores orgulhos é serem "chamados a Brasília" ou alcançarem a graça máxima de uma convocação da presidente em pessoa.

No puro campo dos números, também aqui, não dá para entender como os ricos possam ser a elite tão amaldiçoada por Lula e seus devotos.

De 2003 para cá, o número de milionários brasileiros (gente que tem pelo menos 2 milhões de reais, além do valor de sua residência) só aumentou.

Na verdade, segundo estimativas do consórcio Merrill Lynch Capgemini, apoiado pelo Royal Bank of Canada e tido como o grande perito mundial na área, essa gente vem crescendo cada vez mais rápido.

Pelos seus cálculos, surgem dezenove novos milionários por dia no Brasil, o que dá quase um por hora, ou cerca de 7 000 por ano; em 2011, o último período medido, o Brasil foi o país que teve o maior crescimento de HNWIs - no dialeto dos pesquisadores, "High Net Worth Individuais", ou "milionários".

O resultado é que há hoje no Brasil 170 000 HNWIs - os 156 000 que havia no levantamento de 2011 mais os 14 000 que vieram se somar a eles, dentro da tal conta dos dezenove milionários a mais por dia.

Não dá para entender bem essa história.

O número de milionários brasileiros, após dez anos de governo popular, não deveria estar diminuindo, em vez de aumentar?

Deveria, mas não foi o que aconteceu.

A sempre citada frota de helicópteros de São Paulo, com 420 aparelhos, é a segunda maior do mundo; no Brasil já são quase 2000, alugados por até 3 000 reais a hora.

Os 800 000 brasileiros, ou pouco mais, que estiveram em Nova York no ano passado foram os turistas estrangeiros que mais gastaram ali: quase 2 bilhões de dólares.

Na soma total de visitantes, só ficaram abaixo de canadenses e ingleses - e seu número, hoje, é dez vezes maior do que era dez anos atrás, início da era Lula.

O eixo formado pela Avenida Europa, em São Paulo, é um feirão de carros Maserati, Lamborghini, Ferrari, Aston Martin, Rolls-Royce, Bentley, e por aí afora.

Então não podem ser os ricos os cidadãos que formam a elite brasileira - se fossem, estariam sendo combatidos dia e noite, em vez de viverem nesse clima de refrigério, luz e paz.

Um outro complicador são as ligações de Lula com a nossa vasta armada de HNWIs, como diriam os rapazes da Merrill Lynch.

É um mistério.

Como ele consegue, ao mesmo tempo, ser o generalíssimo da guerra contra as elites e ter tantos amigos do peito entre os mais óbvios arquiduques dessa mesmíssima elite?

Ou será que bilionários e outros potentados deixam de ser da elite e recebem automaticamente uma carteirinha de "homem do povo" quando viram amigos do ex-presidente?

Para ficar num exemplo bem fácil de entender, veja-se o caso do ex-governador de Mato Grosso Blairo Maggi, uma das estrelas do círculo de amizades políticas de Lula.

O homem é o maior produtor individual de soja do mundo, e a extensão das suas terras o qualifica como o suprassumo do "latifundiário" brasileiro.

É detentor, também, do título de "Motosserra de Ouro", dado anos atrás pelo Greenpeace - grupo extremista e frequentemente estúpido, mas que ainda faz a cabeça de muita gente boa pelo mundo afora.

É claro que não há nada de errado com Blairo: junto com seu pai, André, fundador da empresa hoje chamada Amaggi, é um dos heróis do progresso do Brasil Central e da transformação do país em potência agrícola mundial.

Mas, se Blairo Maggi não é elite em estado puro, o que seria?

Um pilar das massas trabalhadoras do Brasil?

Lula anda de mãos dadas com Marcelo Odebrecht, presidente de uma das maiores empreiteiras de obras do Brasil e do vasto complexo industrial que crescerem torno dela.

Ainda há pouco foi fotografado em companhia do inevitável Eike Batista, cuja fortuna acaba de desabar para meros 10 bilhões de dólares, numa visita a um desses seus empreendimentos que nunca decolam; foi seu advogado, logo em seguida, para conseguir-lhe um ajutório do governo.

É um fato inseparável de sua biografia, desde o ano passado, o beija-mão que fez a Paulo Maluf, hoje um aliado político com direito a pedir cargos no governo - assim como Maggi, que ainda recentemente foi cotado para ser nada menos, que o ministro da Agricultura de Dilma.

Diz-me com quem andas e eu te direi quem és, ensina o provérbio. Talvez não dê, só por aí, para saber quem é realmente Lula. Mas, com certeza, está bem claro com quem ele anda.

As classes que Lula e o PT descrevem a "elite brasileira" não são suas amigas só de conversa - estão sempre prontas para abrir o bolso e encher de dinheiro a companheirada.

Nas últimas eleições presidenciais, presentearam a candidata oficial Dilma Rousseff quase 160 milhões de reais - mais do que deram a todos os outros candidatos somados.

Há de tudo nesses amigos dos amigos: empreiteiros de obras, é claro, banqueiros de primeira, frigoríficos empenhados até a alma no BNDES, siderúrgicas, fábricas de tecidos, indústrias metalúrgicas, mineradoras.

É o que a imprensa gosta de chamar de "pesos-pesados do PIB".

Ninguém, nessa turma, faz mais bonito que as empreiteiras, que dependem do Tesouro Nacional como nós dependemos do ar.

Foram as maiores doadoras privadas às eleições municipais do ano passado: torraram ali quase 200 milhões de reais, e o PT foi o partido que mais recebeu.

Ficou com cerca de 30% da bolada distribuída pelas quatro maiores empreiteiras do país, e junto com seu grande sócio da "base aliada", o PMDB, raspou metade do dinheiro colocado nesse tacho.

Todo mundo sabe quem são: Andrade Gutierriz, Queiroz Galvão, OAS e Camargo Corrêa.

Mas esses nomes não resolvem o enigma que continua a ocultar a identidade dos membros da elite.

Com certeza, nenhum dos quatro citados acima pertence a ela, já que dão tanto dinheiro assim ao ex-presidente, seu partido e seus candidatos. Devem ser, ao contrário, a vanguarda classes populares.

Restariam como membros da elite, enfim "inconformados" com o fato de que "um operário chegou à Presidência" ou que a "classe melhorou de vida.

Mais uma vez, não dá para levar a sério. Por que raios essa gente toda está inconformada, se não perdeu nada com isso?

Qual diferença prática lhes fez a eleição de presidente de origem operária, ou por que sofreriam vendo um trabalhador viajar de avião?

Num país com 190 milhões de habitantes, é óbvio há muita gente que detesta o ex-presidente, ou simplesmente não gosta dele.

E daí? Que lei os obriga a gostar?

Acontece com qualquer grande nome da política, em qualquer lugar do mundo.

Ainda outro dia, milhares de pessoas foram às ruas de de Londres para festejar alegremente a morte da ex-líder britânica Margaret Thatcher - que já não estava mais no governo havia 23 anos.

É a vida.

Por que Lula e seus crentes não se conformam com isso e param de encher a paciência dos outros com sua choradeira sem fim?

O resumo dessa ópera é uma palavra só: hipocrisia. Lula bate tanto assim na "elite" para esconder o fato de que ele é hoje, na vida real, o rei da elite brasileira.

O ex-presidente diz o tempo todo que saiu do povo. De fato, saiu - mas depois que saiu não voltou nunca mais.

Falemos sério: ninguém consegue viver todos os dias como rico, viajar como rico, tratar-se em hospital de rico, ganhar como rico (200 000 reais por palestra, e já houve pagamentos maiores), comer e beber como rico, hospedar-se em hotel de rico e, com tudo isso, querer que os outros acreditem que não é rico.

Lula exige jato particular para ir às suas conferências e Johnnie Walker Rótulo Azul no cardápio de bordo.

Quando tem problemas de saúde, interna-se no Hospital Sírio-Libanês de São Paulo, um dos mais caros do mundo.

Sempre chega ali de helicóptero.

Vive cercado por um regimento de seguranças que só o típico magnata brasileiro costuma ter.

O ex-presidente sempre comenta que só faIam dessas coisas porque "não admitem" que um "operário" possa desfrutar delas.

Mas onde está o operário nisso tudo?

É como se o banqueiro Amador Aguiar, que foi operário numa gráfica do interior de São Paulo e ali perdeu, exatamente como Lula, um dos dedos num acidente com a máquina que operava, continuasse dizendo, sentado na cadeira de presidente do Bradesco, que era um trabalhador manual.

Lula não trabalha, não no sentido que a palavra "trabalho" tem para o brasileiro comum, desde os 29 anos de idade, quando virou dirigente sindical e ganhou o direito legal de não comparecer mais ao serviço.

Está a caminho de completar 68 e, depois que passou a fazer política em tempo integral, nunca mais tomou um ônibus, fez uma fila ou ficou sem dinheiro no fim do mês.

Melhor para ele, é claro.

Mas a vida que leva é um igualzinha à de qualquer cidadão da elite.

O centro da questão está aí, e só aí.

Todo o resto é puro conto do vigário.
 05 de junho de 2013


Ministro veta mensagem 'Eu sou feliz sendo prostituta' de campanha



Texto fazia parte de campanha para prevenção da aids.

Deputados da bancada evangélica criticaram a iniciativa do Ministério da Saúde e pedem explicações

REDAÇÃO ÉPOCA,
COM ESTADÃO CONTEÚDO


AC
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recuou e mandou retirar a peça "Eu sou feliz sendo prostituta" da página do Departamento de Doenças Sexuais Transmissíveis (DSTs), aids e Hepatites Virais. O material integrava uma campanha do ministério nas redes sociais para prevenção da aids e redução do preconceito. Nesta terça-feira (4), no entanto, Padilha afirmou que o material estava em teste. "Enquanto for ministro, uma peça como essa não fará parte de campanha", disse.  
A peça exibida na página do departamento trazia o logotipo do ministério e havia sido divulgada no Twitter. Além disso, na página do departamento, havia chamadas com destaque para a campanha. Esta é a terceira vez que o Ministério da Saúde determina a retirada de material com potencial de causar polêmica.

A pasta, por determinação do governo, havia mandado recolher um kit de prevenção de aids dirigido a adolescentes. O material abordava temas como homossexualidade, drogas e gravidez. O ministro da Saúde, assim como fez nesta terça-feira, justificou na época que a distribuição tinha sido feita à revelia dele. Em 2012, um vídeo de carnaval trazendo um casal gay também foi retirado de veiculação. A justificativa foi que o material era de veiculação para públicos específicos.

A peça "Eu sou feliz sendo prostituta" integrava a campanha "Sem vergonha de usar camisinha."

O material, que traz ainda vídeos, é fruto da oficina de profissionais do sexo, realizada em março em João Pessoa. As peças da campanha trazem mensagens contra preconceito, sobre necessidade de prevenção contra DST-aids e a respeito da vontade das prostitutas de serem respeitadas.

Reação no Congresso

Deputados da bancada evangélica usaram a comissão de Direitos Humanos, presidida pelo pastor Marco Feliciano (PSC-SP), para fazer críticas à campanha do Ministério do Saúde. Os parlamentares decidiram pedir informações ao ministério sobre o tema.

O assunto entrou em debate com uma manifestação do deputado João Campos (PSDB-GO). "Esse governo tem uma capacidade de buscar uns temas que me assusta. Eu sou feliz sendo prostituta, diz campanha do Ministério da Saúde do governo Dilma Rousseff. Não tem outra política pública decente para fazer?", questionou Campos. "Já vejo os títulos das próximas campanhas. Sou adúltero, sou feliz. Sou incestuoso, siga-me. Sou pedófilo, sou feliz, sou realizado".

Outros parlamentares fizeram manifestações na mesma linha. "Estamos combatendo a prostituição infantil e vem uma campanha incentivando. Você está combatendo, tirando das ruas, aí vem a campanha dizendo que é feliz, ninguém é feliz", disse a deputada Liliam Sá (PSD-RJ). "A mulher não nasceu para ser prostituta, nasceu para ser mãe de família", afirmou Costa Ferreira (PSC-MA).

Houve ataques ao governo e a parlamentares que defendem a legalização da profissão de prostituta. "Infelizmente a prática da prostituição não é crime. Agora, quando se trata de Estado brasileiro patrocinando é crime, é apologia à prostituição, é um crime praticado pelo Estado, pelo governo", disse Marcos Rogério (PDT-RO). "Tudo tem a ver com o mercado da prostituição, essa indústria que está de olho na Copa e Olimpíada", afirmou Pastor Eurico (PSB-PE).

Feliciano não fez uma manifestação sobre o tema, mas apoiou a iniciativa do deputado Roberto Lucena (PV-SP) de pedir informações ao Ministério da Saúde. "Vamos fazer esse requerimento de informação ao Ministério da Saúde sobre essa famigerada campanha", disse o presidente da comissão de Direitos Humanos.
04/06/2013 


UM ESPANTO E UM ABSURDO: há um Centro de Difusão do Comunismo em uma importante Universidade federal — pago com nosso dinheiro. O currículo inclui até “militância anticapitalista”


Política & Cia

Por Ricardo Setti


O comunismo como projeto de uma “nova sociedade” foi, provavelmente, o maior fracasso da história da Humanidade.

Durante décadas, oprimiu dezenas de países e centenas de milhões de pessoas, suprimiu-lhes a liberdade, condenou-as ao atraso e à carência.

Provocou milhões de mortes, prisões iníquas, violações sem conta dos direitos humanos.

Desabou a partir da queda do Muro de Berlim, em 1989, e morreu de vez, como projeto global em 1991, com o fim inglório da União Soviética, que já vinha caindo aos pedaços há vários anos.

Como relíquias de uma época da qual as pessoas querem distância, persistem regimes comunistas em países miseráveis e famélicos como a Coreia do Norte, ou próximos dessa situação, como Cuba.

E formalmente comunistas, a China e o Vietnã enveredaram por um feroz capitalismo de Estado e, da ideologia de Marx aplicada à realidade, só restou a ditadura de partido único.


Nada disso fez mudar uma importante universidade federal “deztepaiz” — a Universidade Federal de Ouro Preto (Unifop).

Com o suado dinheiro do contribuinte brasileiro, a Unifop mantém, sob as asas de sua Pró-Reitoria de Extensão (Proex), nada menos do que um inacreditável Centro de Difusão do Comunismo (CDC-Ufop).
(TODAS AS ILUSTRAÇÕES DESTE POST FORAM EXTRAÍDAS DO SITE DESTE “CENTRO”).

Não se trata de um centro de ESTUDOS do comunismo, o que, naturalmente, se justificaria. Da mesma forma como se estudam dinossauros ou as pirâmides do Egito, o comunismo poderia, perfeitamente, ser objeto de estudos.

Mas não, vocês leram bem: uma Universidade federal abriga um centro de DIFUSÃO do comunismo.

De DI-FU-SÃO!

Há, na Unifop, sem disfarce de espécie alguma, até um Grupo de Debate e Militância Anticapitalista.

Sim, vocês leram corretamente: a universidade propõe e ensina MILITÂNCIA anticapitalista.

Não sei da existência de um suposto “centro de estudos” que proponha aos alunos militância política!

É o fim do mundo!


A coisa é tão espantosa, tão absurdamente distante do propósito de qualquer universidade pública, tão escandalosamente propagandística de uma ideologia totalitária, que, mais do que continuar a descrever do que se trata, vou simplesmente reproduzir um pouco do que diz o próprio site do tal “Centro”. (As letras maiúsculas estão no original).

Vejam só:

(Foto: Centro de Difusão do Comunismo / Universidade Federal de Ouro Preto)


“APRESENTAÇÃO

Liga dos Comunistas. Núcleo de Estudos Marxistas (CNPQ) é um PROJETO vinculado ao PROGRAMA CENTRO DE DIFUSÃO DO COMUNISMO (CDC – UFOP). Pretende ser um núcleo de estudo e pesquisa sobre o movimento do real, referenciado à teoria social de Marx e à tradição marxista.

JUSTIFICATIVA

Aberto à participação de alunos, professores e funcionários da UFOP e aos trabalhadores da região, a construção de um núcleo de estudo vinculado à tradição que se inspira em Marx e que defende o comunismo tem um objetivo seminal: a transformação da realidade.

Nesse momento histórico e determinado, essa realidade é dominada por um “sistema de controle do metabolismo social” específico, o capital.


METODOLOGIA


Através do núcleo de estudos, realizar encontros quinzenais para leitura de textos de Marx e da Tradição marxista sobre o “movimento do capital”, seguidos de debate sobre o tema, além de incentivar a investigação científica (pesquisa), a produção de artigos e a divulgação em eventos e revistas.”

Continuando com mais elementos do site — e chegamos à “militância anticapitalista”:

(Foto: Centro de Difusão do Comunismo / Universidade Federal de Ouro Preto)


“EQUIPE ROSA LUXEMBURGO

APRESENTAÇÃO

Equipe Rosa Luxemburgo é um PROJETO vinculado ao PROGRAMA CENTRO DE DIFUSÃO DO COMUNISMO (CDC – UFOP) e se propõe a ser um Grupo de Debate e Militância Política Anticapitalista, com especial apoio ao movimento dos trabalhadores da mineração na região e às lutas próprias à educação na UFOP. Cabe à Equipe Rosa Luxemburgo a coordenação do PROGRAMA CDC – UFOP.

JUSTIFICATIVA

Existe na região de abrangência da UFOP um significativo número de trabalhadores na área da mineração que tem o direito de receber apoio da UFOP para fortalecer suas lutas. Dentro da UFOP também, alunos, professores e funcionários tem o direito de receber apoio em suas reivindicações.

METODOLOGIA

- Formação de uma equipe de debate anticapitalista que envolva estudantes, professores, funcionários e trabalhadores da região da UFOP.

- Apoio ao movimento dos trabalhadores e suas ações públicas.

- Encontros semanais para monitoramento do PROGRAMA CDC – UFOP (planejamento e avaliação das ações a serem desenvolvidas).”

Vou parando por aqui.

Se quiserem saber mais sobre essa aberração — uma universidade transformada em centro de militância –, cliquem no link do Centro de Difusão do Comunismo.

04/06/2013

Charge




Oligarquia Globalitária já aposta em chapa Aécio-Eduardo para tirar Dilma-Lula da Presidência





Alerta Total

Por Jorge Serrão

O desgoverno do Brasil tem cada vez menos o controle do leme. Por isso, a Oligarquia Financeira Transnacional já prepara a substituição da petralhada no poder. Claro, será a velha troca de 13 por doze mais um. O controlador globalitário continua o mesmo. O modelo econômico neocolonial e entreguista também não se altera. Muda apenas o marionete.


Ninguém se surpreenda com uma chapa socialista fabiana formada entre Aécio Neves e Eduardo Campos, com o apoio de Marina Silva, arrastando insatisfeitos do PMDB com o PT para enfrentar Dilma Rousseff (ou, numa hipótese mais remota e mais desesperadora, Luiz Inácio Lula da Silva – que continua visitando o Hospital Sírio Libanês na calada das noites, em persistente tratamento de saúde). Os netos de Tancredo Neves e Miguel Arraes vêm com tudo contra a petralhada.


Enquanto a politicagem encena seu teatrinho, o sonho de riquezas do pré-sal já se transforma em mais um pesadelo da submissão do Brasil ao modelo globalitário da Nova Ordem Mundial. Para ilusionismo com os investidores, a Petrobrás promete dobrar a produção de petróleo e gás em 10 anos. Mas vão diminuir, pela metade, os repasses de royalties e participações especiais à União, Estados e Municípios. Esta é a interpretação da manchete-piada do jornal O Globo de hoje.


O que vier a ser produzido no pré-sal já tem destino certo: o mercado externo. A maior parte do óleo & gás daqui não vai servir para uso e nem como reserva energética ao Brasil. Diminuir os preços da gasolina, do diesel e do querosene nem passa pela imaginação do governo. Como a produção de “álcool” (marketeiramente batizado de etanol) também está sob controle estratégico de investidores estrangeiros e das transnacionais (principalmente a Shell), o consumidor brasileiro continuará pagando por um combustível caro e sem qualidade.


O Governo Dilma-Lula cumpre à risca o acordo entreguista com a Oligarquia Globalitária. Não foi à toa a pressa da Agência Nacional de Petróleo de antecipar para outubro o primeiro leilão de campos de petróleo do pré-sal. As grandes petroleiras - controladas pelos britânicos – devem arrematar o campo não por coincidência chamado de Libra (uma megareserva de 727 Km2, com supostos 12 bilhões de barris de óleo leve e de alta qualidade, na Bacia de Santos.


No leilão, literalmente para inglês ver e faturar, a Petrobrás ficará com 30% de participação. Mas tudo não passa de teatrinho do John Horn (João Minhoca). A Presidenta Dilma Rousseff já tem até pronta a minuta do decreto que vai criar mais uma estatal de economia mista para gerir o capital da exploração do pré-sal no regime de partilha. Trata-se da Pré-Sal Petróleo SA (provisoriamente chamada de PPSA).


Não è de graça que a revistinha Forbes elege a engenheira Maria das Graças Foster como a mulher mais poderosa do setor de negócios no Brasil. A Presidente da Petrobrás não foi posta no cargo por ser amiga da Presidenta Dilma. Graça está lá porque é casada com Colin Foster – que é o líder da Maçonaria Inglesa para a América Latina, representando diretamente os interesses da oligarquia britânica que comanda o sistema globalitário. Apesar do lobby maçônico da Graça, todo mundo sabe que quem manda de verdade na Petrobrás é seu diretor financeiro Almir Barbassa – este sim a linha direta da empresa com o sistema bancário transnacional.


Nesse cenário entreguista, o maior pregão do mundo – como já apregoa a propaganda do desgoverno entreguista dos petralhas – vai trazer grana para os cofres do governo – o que não garante que os recursos cheguem à sociedade. Ainda não se sabe como será a divisão dos royalties de Libra. O Supremo Tribunal Federal ainda vai decidir se a nova lei de distribuição dos recursos só vale para os novos contratos ou se pega também os antigos.


O modelo capimunista globalitário imposto à Petrobrás só aprofunda a dependência do Brasil às decisões da Matriz Colonizadora. De nada adianta o Brasil ter abundância de recursos naturais se o País não tira proveito deles. Sempre submisso ao modelo colonial, exportando matéria-prima, pouco produzindo coisas relevantes e importando o necessário para o consumismo –, a Terra do Nunca sempre será um mero projeto de Nação com futuro previsivelmente subdesenvolvido.


Neste clima de euforia entreguista, o cenário econômico parece uma piada de fazer chorar. A equipe econômica nunca esteve tão perdida. È vítima da própria armadilha do modelo improdutivo-entreguista. Não sabe como conter a inflação. A receita de aumentar os juros não tem efeito prático. O câmbio também deixa Guido Mantega e sua equipe em polvorosa. Até outro dia, a preocupação era com o Real valorizado. Agora, a dor de cabeça e o Dólar subindo.


O mercado já aposta na alta do dólar. Nem adianta o Banco Central do Brasil queimar reservas. Também de pouco serve contar mentiras – como faz o presidente do BC do B, Alexandre Tombini – de que o dólar subindo não afeta a nossa taxa de inflação. Só pode ser brincadeira dizer que isto não afeta a inflação (impactando todos os preços) de uma economia “brasileira” em franca desindustrialização e importando cada vez mais insumos e produtos.


Pé-fria?



3 de junho de 2013

domingo, 2 de junho de 2013

Lula prepara o golpe em Dilma?



Começam a circular em Brasília rumores de que Lula está articulando abertamente para derrubar a reeleição de Dilma

Dora Kramer escreve, em sua coluna no Estadão:

Se as condições objetivas para a reeleição de Dilma sofrerem os efeitos da deterioração nas relações entre ela e os partidos aliados, o ex-presidente Lula estará posicionado na linha de largada. Nesse caso, a presidente alegará razões pessoais para desistir. A justificativa será a família, não a política. Para não passar recibo
.

Ora,depois de três anos de trombadas, é óbvio que Dilma não vai mudar a sua relação com os partidos políticos.

Não é do seu temperamento.

Como Lula já foi nomeado como o articulador para 2014, é bem possível que articule a própria volta e não a reeleição da sua cria.

E que o poste seja apagado pelas ligações subterrâneas do ex-presidente.

2 de junho de 2013