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sábado, 19 de março de 2011

França começa a disparar contra alvos na Líbia

Informação é de porta-voz da Força Aérea, segundo agências

ONU aprovou intervenção militar na última quinta

Do G1
com agências internacionais

Um avião de combate francês efetuou seu primeiro disparo na Líbia às 16h45 GMT (13h45 de Brasília) deste sábado contra um "veículo indeterminado", anunciou em Paris o Estado Maior das Forças Armadas.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, havia confirmado pouco antes, em um pronunciamento em Paris, que enviou aviões franceses para intervir no espaço aéreo da Líbia.
"Nossos aviões já estão impedindo ataques aéreos [das forças de Kadhafi] na cidade [Benghazi, sede dos rebeldes]", disse o presidente.

Segundo ele, a missão militar apoiada por França, Reino Unido, EUA e Canadá e apoiada pelos estados árabes, pode ser paralisada se o ditador parar os ataques aos civis, como exigido por uma resolução da ONU aprovada na quinta-feira.


As agências de notícias confirmaram o sobrevoo de aeronaves francesas na Líbia neste sábado.


A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que a violência na Líbia deve terminar, mas disse que seu país não vai tomar parte na ação militar.

O premiê britânico, David Cameron, disse que Kadhafi quebrou o cessar-fogo e enfrentará agora ações urgentes para que se evite a morte de civis.

"O coronel Kadhafi fez isso. Ele mentiu para a comunidade internacional, ele prometeu um cessar-fogo e o quebrou."


Líderes árabes e ocidentais estão em Paris para discutir os ataques aéreos contra a Líbia, após a aprovação pelo Conselho de Segurança da ONU de uma intervenção no país do norte da África.

O regime do ditador Muammar Kadhafi está há mais de um mês reprimindo manifestações e ações armadas de membros da oposição que exigem a sua renúncia, após 42 anos no poder.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, durante reunião no Palácio do Eliseu neste sábado (19)
(Foto: AP)

Mais cedo neste sábado, rebeldes afirmaram que tropas do ditador entraram em Benghazi na madrugada deste sábado (19), forçando os rebeldes no local a recuarem e desafiando as ordens de cessar-fogo feitas pelas Nações Unidas na sexta-feira.

A rede árabe 'Al Jazeera' noticiou há pouco que 26 pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas e estariam no hospital de Jala, em Benghazi, após os bombardeios de forças do ditador na cidade.

Segundo a agência Reuters, um porta-voz das forças rebeldes disse que as tropas entraram pelo oeste. Uma explosão também pode ter acontecido nos arredores do quartel-general do movimento contra o governo líbio.


Também segundo a Reuters, forças líbias leais a Kadhafi, que está há 42 anos no poder, realizaram disparos contra a cidade rebelde de Misrata no início deste sábado e o fornecimento de água continua interrompido, disse um morador.

A ação acontece depois o anúncio de uma possível intervenção armada contra Kadhafi horas após uma reunião diplomática a ser realizada em Paris também neste sábado.

Uma zona de exclusão aérea foi imposta pelo Conselho de Segurança da ONU no país.


Apesar de relatos sobre a desobediência ao cessar-fogo, autoridades líbias negam estar atacando rebeldes e dizem estar respeitando o cessar-fogo.

O ministro líbio de Relações Exteriores, Musa Kusa, pediu neste sábado ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o envio de observadores para verificar o cessar-fogo decidido na sexta-feira, e cumpre a resolução da ONU.


"Anunciamos um cessar-fogo, prova de que a Líbia respondeu de forma positiva às decisões da ONU", declarou Musa Kusa em coletiva de imprensa em Trípoli. "E para demonstrar nossa credibilidade, pedimos ao secretário-geral da ONU que envie observadores internacionais", completou.
Imagem mostra explosão na periferia de Benghazi após a derrubada de um avião das forças leais a Kadhafi pelos rebeldes
(Foto: Anja Niedringhaus/AP)

Rebeldes pedem ação rápida
O líder do rebelde Conselho Nacional da Líbia afirmou neste sábado (19) que a comunidade internacional precisa agir rapidamente para proteger civis das forças de Kadhafi que estão bombardeando a cidade de Benghazi.

"Agora há um bombardeio de artilharia e mísseis em todos distritos de Benghazi", disse Mustafa Abdel Jalil à rede de TV Al Jazeera.

"A comunidade internacional está atrasada em intervir para salvar civis das forças de Kadhafi."

"Hoje em Benghazi haverá uma catástrofe se a comunidade internacional não colocar em prática as resoluções do Conselho de Segurança da ONU", acrescentou. 'Apelamos à comunidade internacional, a todo o mundo livre, para impedir essa tirania de exterminar civis."

Segundo a agência de notícias France Presse, milhares de pessoas fugiam neste sábado de Benghazi. Na localidade de Al Marj, 50 km a leste de Benghazi, na estrada rumo a Tobruk, localizada perto da fronteira com o Egito, foram registrados importantes engarrafamentos.

As pessoas que fugiam formavam longas filas em frente de postos de gasolina e padarias, com o objetivo de se abastecer para dirigir por estradas a Tobruk, uma cidade situada a 350 km a leste, próxima ao Egito.

O RIO DE OBAMA



O RIO DE OBAMA


"Foi praga dos biriteiros do Amarelinho" 
(bar tradicional que fecharia pela primeira vez em 90 anos).

"Ficou com medo de pegar dengue."

"Desistiu de falar ao saber que Joel Santana faria a tradução e 
Vanusa cantaria o hino americano..."

O anúncio de que Obama não iria mais discursar na Cinelândia chegou ao twitter na madrugada de sexta-feira.

E minutos depois, as piadinhas começavam a pipocar, mostrando que o carioca, graças a Deus, continua preferindo perder o amigo, mas, não perder a piada.

Nem, a mania de apelidar tudo: o helicóptero americano enorme que vasculhou cada pedaço do céu e da terra carioca virou o “obamacóptero” e o avião não é Força Aérea 1 e sim “obamão”. Aliás, antes do cancelamento, o evento estava sendo chamado de “bonde do Obama”...

Depois de verem a limpeza esmerada pela qual a Cinelândia, arredores e Cidade de Deus estavam passando, populares começaram a fazer um pedido via rádios-AM e internet: "Obama visite a Glória”, “Obama visite Ricardo (de Albuquerque)”, “Obama visite....”

Agora, outro efeito da vinda de Obama no Rio foi de tirar do limbo várias expressões. Vi-me em algum ponto entre os anos 60 e 80 ao ler o seguinte panfleto:

"DIA 20, ato na Glória: Concentração a partir das 10h, no Metrô da Glória. Dia Anti-imperialista de Solidariedade aos Povos em Luta. LEILÃO É PRIVATIZAÇÃO! Obama, tire as garras do Pré-Sal!"

Um saco de bala Juquinha, mais uma Crush geladinha com direito a uma matinê no Rian a quem adivinhar quem assinava tal pérola.

Ganhou aquele leitor que fez uma escalação intercalando o velho e o novo (novo?): PCB; PSOL; PCBR; DCE-UFRJ, e alguns sindicatos, além do MST.

Juro que até a Une ressucitou...

Agora,  não podemos esquecer dos coitados petistas cariocas. Vocês sabem o que é passar da adolescência até a “cinquentância” gritando estas palavras de ordem na Cinelândia e agora serem não só proibidos de fazê-lo como também serem obrigados a aplaudir o “Imperador" da vez, Obama?
Aliás, eu acho que os petistas se aliaram aos freqüentadores do Amarelinho numa corrente anti-discurso público....

Na sexta, outro fato, digamos, pitoresco, surgiu: Flamengo e Vasco disputando quem iria conseguir ser o primeiro a dar uma camisa do time para a família Obama.

Patrícia Amorim anunciava que daria assim que o obamocóptero descesse no campo da Gávea (o “bicho é tão grande que não cabe no helioporto da Lagoa).

Roberto Dinamite contra-atacou avisando que entregaria ao governador (que é vascaíno) várias camisas para serem entregues aos convidados.

Bom, até a tarde de sexta, esta “partida” estava empatada já que a segurança do Obama havia informado que não se poderia dar presente algum diretamente a ele.

Conhecendo o carioca, não me surpreenderia se no final, as duas camisas fossem entregues e diversos protocolos fossem quebrados. E que os americanos não reclamem. O embaixador sabia bem onde estava levando Obama quando deu sinal verde para a visita ao Rio.

Mas vamos à cereja do bolo. Como todo grande evento carioca, o Cacique Cobra Coral foi acionado para que não chova na cidade domingo.

No mais, que São Sebastião e São Jorge guerreiro protejam a cidade e evitem que qualquer coisa mais grave aconteça.

Mirtes Guimarães, a jornalista carioca lá das Minhas Geraes.

19.03.2011

Violência: manifestação contra a vinda do presidente dos EUA, Barack Obama, no centro do Rio

Polícia reprime manifestação contra visita de Obama com tiros de bala de borracha


Protesto em frente ao consulado americano contra a vinda do Presidente dos EUA Obama ao Brasil
Foto Pedro Kirilos

Cássio Bruno
O Globo

RIO - Policiais militares reprimiram com violência uma manifestação contra a vinda do presidente dos EUA, Barack Obama, organizada por integrantes de movimentos sociais, na noite desta sexta-feira, no centro do Rio.

( Leia também: Executiva Nacional do PT desaprova protesto conta a visita de Barack Obama

Os manifestantes jogaram um coquetel molotov na porta do Consulado Americano, na Avenida Presidente Wilson. A polícia reagiu com tiros de balas de borrracha. Um repórter da rádio CBN foi atingido. O trânsito no local foi interrompido.

A manifestação não tinha autorização da Polícia Militar e nem da Prefeitura, mas mesmo assim cerca de 200 integrantes de movimentos sociais e de partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff, entre eles o PT, PCdoB e PDT, estavam reunidos na Candelária desde às 16h.

O major Fábio Alessandro, do setor de operações do 13º batalhão da PM, que estava no local, informou aos manifestantes que eles não tinham autorização para sair da Candelária.

Por volta das 18h30 os manifestantes desrespeitaram as ordens policiais, ocuparam duas faixas da Avenida Rio Branco e seguiram em direção ao Consulado Americano, atrapalhando o trânsito.



A manifestação transcorreu sem maiores incidentes durante todo o trajeto. Ao chegar em frente ao Consulado dos EUA, na Avenida Presidente Wilson, sob gritos de protesto, duas bombas de coquetel molotov (espécie de bomba caseira) foram atiradas pelos manifestantes.



Uma em direção à porta do consulado, causando um princípio de incêndio, e outra no meio da rua. O fogo atingou o vigilante do consulado, Rodolfo Gomes Pereira, de 26 anos, que teve parte do corpo queimado e foi levado às pressas para o hospital Souza Aguiar.

Policiais militares reagiram com tiros de balas de borracha. Houve correria.

Um repórter da rádio CBN foi atingido sem gravidade pelos tiros. O trânsito no local foi interrompido e pelo menos 14 manifestantes foram presos, sendo que 12 já foram encaminhados à 5ª Delegacia de Polícia, no Centro do Rio.

Por meio de assessoria, o governador Sérgio Cabral informou que não vai se manifestar a respeito.


Leia mais:


18/03/2011

sexta-feira, 18 de março de 2011

Finalmente o mundo vai conhecer a "qualidade" dos políticos brasileiros...“Vou levar esse cara aqui para receber o Obama”

Brincadeira polêmica antes de Obama chegar

A dois dias da chegada do presidente dos EUA ao Rio, prefeito Eduardo Paes chama ao palco de inauguração das obras da Transcarioca sósia do terrorista Osama bin Laden

 Christina Nascimento
e Francisco Edson Alves
O Dia

Rio - A dois dias da chegada do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Rio, um dos anfitriões da visita, o prefeito Eduardo Paes, provocou mal-estar. Ontem, durante lançamento das obras do Transcarioca, no Campinho, ao avistar na plateia sósia do terrorista Osama bin Laden — considerado o inimigo número um dos EUA —, ele não se conteve: o chamou para o palco, festejou sua presença e posou ao seu lado para fotos.

A gafe provocou reações entre diplomatas e especialistas da área de Política Internacional, que lamentaram o episódio.


“Vou levar esse cara aqui para receber o Obama”, brincou Paes, no Largo do Campinho, arrancando risos dos cerca de 300 moradores que estavam na cerimônia.


Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
O prefeito Eduardo Paes e o sósia de Osama bin Laden
Foto: Alessando Costa / Agência O Dia
“É uma atitude estranha, inexplicável vinda de um prefeito. Foi, sem dúvida, uma gafe diplomática, que pode criar certo desconforto entre a comitiva americana e autoridades brasileiras.

A verdade é que a situação, além de desnecessária, pegou mal”, argumentou o cientista político e professor de relações internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Antônio Carlos Peixoto.

Há, no entanto, quem tenha considerado o fato algo normal. Para o coordenador do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal Fluminense (UFF), Adriano Freixo, os americanos vão levar a situação como brincadeira e considerar que essas manifestações têm muito mais a ver com estilo irreverente do carioca do que com alguma ofensa.


“Não vejo como gafe. Não é isso que vai criar um incidente. Provavelmente, vão levar na brincadeira. Vão achar que é uma continuidade do Carnaval”, avaliou o professor. Itamaraty e a Embaixada dos EUA preferiram não se pronunciar sobre o assunto.


Já para a professora da área de Direito Internacional, da Universidade de São Paulo (USP), Maristela Basso, a ‘brincadeira’ foi de mau-gosto e revelou um problema: a dificuldade que algumas autoridades têm de distinguir a figura dele como cidadão da de representante institucional da população.


“Isso foi uma deselegância sem precedentes. Mas, com certeza, Obama e sua comitiva serão superiores a isso.

Ele (o prefeito) tinha que entender que Obama não vem visitar ele, nem ao Rio, mas o Brasil.

E que Osama não é o inimigo número um de Obama, mas do povo dos EUA. Faltou preparo e bom senso”
, analisou a professora.

Para Maristela, o chefe da delegação dos EUA ou representantes do setor de relações internacionais americano podem solicitar pedido formal de desculpas.


Diplomatas brasileiros entrevistados pelo
O DIA também questionaram a atitude. Um deles falou que faltou “tato político” e outro afirmou que foi episódio de “quem não zela pela imagem de seriedade”.

O sósia de Osama é, na verdade, o ex-ator Paulo Roberto dos Santos, de 63 anos.

“Eu sou o Bin Laden da paz. Queria ter a chance de dizer a Obama que espero que ele continue lutando pela paz mundial. Tenho o maior respeito pelo povo americano”,
afirmou Paulo Roberto, figura tradicional de Madureira.

Para se apresentar diariamente “a caráter”, Paulo Roberto, sempre de coturno, conta que tem 35 túnicas no armário, além de 45 turbantes e boinas brancas.

“Quando vi as Torres Gêmeas desmoronando no dia 11 de setembro de 2001, estava em casa. Achei um absurdo, uma covardia o que fizeram com os americanos”
, comenta o “genérico” do terrorista.



O que foi o 11 de setembro

Uma série de ataques suicidas aos Estados Unidos foi coordenada pela organização terrorista Al Qaeda em 11 de setembro de 2001. Integrantes do grupo sequestraram quatro aviões e intencionalmente bateram dois deles contra as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova Iorque.Ambos os prédios desmoronaram em duas horas. O total de mortos nos ataques foi de 2.996 pessoas, incluindo os 19 sequestradores.

A esmagadora maioria das vítimas era civil, incluindo cidadãos de mais de 90 países. Os Estados Unidos responderam aos ataques com o lançamento da Guerra ao Terror: o país invadiu o Afeganistão para derrubar o Talibã, que abrigou os terroristas da Al Qaeda.



Quem é...

Um dos homens mais procurados do mundo.

Do Afeganistão planejou e coordenou ataques às embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia, em 1998, e ao navio de guerra USS Cole, em 2000.

Em 2001, foi acusado pelos governo dos EUA de cometer os atentados de 11 de Setembro
.

18.03.11

Dilma quer nomear, o quanto antes, Antonio Palocci para a Fazenda, no lugar de Mantega


Dilma não chegou a tacar um cinzeiro no ministro Mantega, mas resolveu incinerá-lo politicamente

Por Jorge Serrão

Antônio Palocci Filho será o novo ministro da Fazenda. A Presidenta Dilma Rousseff já tomou a decisão de escalá-lo no lugar de Guido Mantega.

A substituição pode ocorrer a qualquer momento. Pode ser até na semana que vem, já que o governo está mais concentrado, neste fim de semana, com a chegada do Presidente norte-americano Barack Obama em visita oficial ao Brasil.



Palocci na Fazenda é tudo que o sistema financeiro sonhava


O ministro Mantega “margarinou”.

Dilma perdeu a paciência com Guido Mantega anteontem.

A Presidenta comentou com amigos que cansou das respostas recessivas de Mantega aos problemas econômicos mais imediatos, como o repique da inflação e o forçado corte de gastos federais em programas estratégicos politicamente para o governo, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.

Dilma não chegou a tacar um cinzeiro no ministro, mas resolveu incinerá-lo politicamente.


Dilma só tem um problema a resolver de imediato.



Mantega foi uma das heranças (malditas) deixadas por seu antecessor Lula da Silva.

Dilma já manifestou a Lula sua contrariedade com Mantega e vários outros ministros que ela deseja substituir o quanto antes, para não parecer que sua presidência é “lenta na tomada de decisões importantes”

Lula teria aconselhado Dilma a esperar.

Se Dilma confirmar Palocci na Fazenda, Miriam Belchior, viúva de Celso Daniel, pode trocar o Planejamento pela Casa Civil.


Ontem na linha de discurso anti-recessiva que contraria o ministro Mantega, a Presidenta Dilma voltou a repetir que é possível frear a inflação sem estancar o desenvolvimento econômico e sem provocar quedas nos índices de emprego.

Dilma defendeu que o caminho ideal é aumentar a oferta de bens e serviços.

Na visão dela, isso poderia levar o País a taxas de expansão constantes, deixando para trás o crescimento de curto alcance, que ela chamou de voo da galinha.

Dilma deu seu recado em Uberaba (MG), onde participou da cerimônia de assinatura de um protocolo, entre a Petrobras e a Cemig, para a construção de uma fábrica de fertilizantes na cidade e de um gasoduto.

18 de março de 2011

Total Alert e Yes, we can (drink...)


Por Jorge Serrão
Total Alert


Uma cidadã Líbia e dois homens do Iêmen chegaram esta semana ao Uruguai.


Os três alugaram um carro que foi levado para Bagé, no Brasil.


O destino da turma seria o Rio de Janeiro, para o evento de um ilustre negro havaiano-queniano, na Cinelândia, neste final de semana.


Como não há provas de que o trio seja terrorista, o Serviço Secreto dos EUA está apenas em estado de “total alert”...



Discurso contido

O Departamento de Estado norte-americano decidiu cancelar o discurso de Obama para o público na Cinelândia.


Ele só falará para um público menor, restrito, dentro do Teatro Municipal.


O adiamento foi por motivo de segurança, mas comentou-se que a Presidenta Dilma teria recomendado ao Itamaraty que pedisse à Embaixada dos EUA para Obama não se expor, fazendo “discurso”...



Yes, we can (drink...)

“Pelo menos, não entro para a história da cidade como o prefeito que fechou o Amarelinho”.


Assim reagiu o Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, ao saber que Obama não mais faria discurso em público no local que foi berço da Brizolândia – onde o falecido Leonel Brizola fazia grandes discursos contra as “perdas internacionais”.


Sem Obama discursando, a Prefeitura vai rever a proibição para o funcionamento dos bares na Cinelândia, entre eles o famoso Amerelinho, durante a estada de Obama na região
.


Decepcionante



Seria falso passar a impressão à sociedade brasileira de que Obama representa uma mudança profunda em relação ao Bush, porque as mudanças que ele prometeu não vêm se concretizando'.

'A expectativa de mudanças do governo de Obama em relação ao de Bush não tem se concretizado.


Seu governo tem sido muito decepcionante'.


Augusto Chagas, presidente da União Nacional dos Estudantes
(UNE)


18.03.2011


O PT e os EUA: da altivez servil ao servilismo altivo


O PT e os EUA: da altivez servil ao servilismo altivo



É curiosa a reação de certos leitores, alguns deles se dizendo internautas habituais do blog, porém decepcionados com certas coisas que tenho escrito sobre Barack Obama. Fazer o quê? Escrevo nesta página o que penso, não o que me renda popularidade necessariamente.

De resto, ninguém tem o direito de se decepcionar comigo porque não sou um obamista juramentado, não é mesmo? Nesse caso, eu só decepcionaria alguns se os surpreendesse… Outros ainda, porque discordam do que lêem, atrevem-se a fazer um diagnóstico: “Acho que você está perdido…”

Eu? Perdidos estão os que consideraram a guerra do Iraque um crime e agora torcem por bombardeios na Líbia. Mas essa é matéria para o post abaixo. Escrevo daqui a pouco. O assunto agora é outro.

Já tinha marcado aqui na minha agenda desde terça: “Escrever um texto na madrugada de quinta para sexta esculhambando a decisão de Obama de discursar na Cinelândia”.

No Globo de hoje, o colunista Ancelmo Gois informa que o evento foi cancelado. Segundo o jornalista, o presidente americano falará a um público menor, dentro do Teatro Municipal.

Haverá concentração do lado de fora, telões, essas coisas?

Ele aparecerá na sacada para acenar à multidão?

Não sei.

Mesmo Ancelmo estando certo, cumprirei o que vai na minha agenda.

Que a marquetagem do presidente americano tenha tido tal idéia, vá lá. Que o governo brasileiro tenha aceitado a proposta de bom grado e vibrado, com indiscreto servilismo, aí já é de amargar.



Que coisa esses petistas, não?

Ou são antiamericanos rombudos, malcriados, bucéfalos, exercitando um antiamericanismo primitivo, ou se comportam como subordinados deslumbrados, tietes abestalhadas pela celebridade. Parte considerável da imprensa não age de modo muito diferente.

Há uma espécie de gratidão embevecida no ar, de satisfação com o que parece ser um ato generoso e desprendido de Obama.

Tenham paciência! Custa manter uma relação, digamos, adulta com outro país?


Pronunciamentos assim são inéditos na história? Em 2008, o então candidato Obama discursou a estimadas 200 mil pessoas em Berlim, seguindo as pegadas de John Kennedy, que, 45 anos antes (vídeo abaixo), em junho de 1963, havia falado em praça pública na então Berlim Ocidental. A cidade era um enclave democrático dentro da Alemanha Oriental, comunista.

E Kennedy mandou ver: “Todos os homens livres, não importa onde vivam, são cidadãos de Berlim. Por isso, como um homem livre, eu tenho orgulho destas palavras: ‘Ich Bin Ein Berliner’” — “Eu sou berlinense”. Vale a pena ver o filme, bem curto.



Coisa de gênio político! A causa de Obama já era um tantinho menor. Seu inimigo era interno. Foi ao país para marcar uma diferença com o dito unilateralismo de George W. Bush e pregou um mundo com menos muros e tal. Coisa de gênio do marketing. Afinal, o muro de um era fato; o do outro, metáfora.

Nota à margem: a Alemanha se absteve no Conselho de Segurança da ONU e já se disse contrária ao ataque à Líbia.

Sigamos: o Kennedy presidente tinha um motivo forte; o Obama candidato, um mero pretexto — mas, ao menos, ainda não estava no poder.

A decisão, tomada de comum acordo com o governo brasileiro, de discursar na Cinelândia era — tomo como fato que tenha sido cancelada — um absoluto despropósito. Como justificá-la? Segundo qual entendimento de política externa ou da relação entre dois estados soberanos?


Por que haveria Obama de “falar aos nativos”?
Essa prerrogativa será concedida apenas ao presidente dos EUA ou, doravante, ofereceremos a praça a todo chefe de estado que aqui chegue e tenha algo a dizer?

Confirmando-se o cancelamento, pode ser que um pouco de bom senso tenha triunfado do lado de lá ou de cá. Pode ser também que o Obama pacificador não tenha querido ver sua imagem contrastada com a guerra na Líbia, que já pode estar quente no domingo.


Pensei cá comigo: “Ninguém mais vai estranhar o discurso?”

Não! Ninguém estranha mais nada. Estaríamos já vivendo no Paraíso — ao menos o das idéias?
Será ele chato assim, com as pessoas boas dizendo mais ou menos as mesmas coisas, a repetir as verdades oficiais, num céu, então, sem paixões, com todo mundo convergindo para o centro?

Se for, já penso em arrumar um cantinho no inferno… Há uma cena do filme Amarcord — e não estou dando salto nenhum, leitor! —, de Fellini, de que gosto muito (eu sou apaixonado pelo filme todo, na verdade).

O velhinho, o avô meio doidinho da família, perde-se num nevoeiro na porta de casa, é tragado pela nuvem branca, desespera-se. “Se a morte é assim, não é coisa boa. Tudo desapareceu: as pessoas, as árvores, os pássaros, o vinho…” E dá uma banana pra feiosa; na verdade, manda para aquele lugar! Até que alguém o salva. Vejam a cena.



Uma espécie de nuvem desceu sobre nós. Os contrastes e contornos se foram, não se distingue nada. E isso, a muitos, parece bom.

Paraíso ou morte da inteligência?


Imaginem FHC franqueando a Cinelândia para um presidente americano discursar…

Um certo Indalécio Wanderley da Silva, secretário de Movimentos Populares do PT do Rio, chegou a defender protestos contra a visita de Obama. O presidente estadual do partido, Jorge Florêncio, divulgou nota em que, na prática, proíbe militantes do partido de participar de qualquer “go home”.

Segundo Florêncio, a vinda de Obama deve ser encarada como importante passo para afirmação dos interesses políticos e comerciais dos dois países. Também seria uma oportunidade de consolidar uma imagem positiva do Rio no exterior.




A conclusão é a seguinte: assim como um petista é sempre virtuoso mesmo quando criminoso, e um não petista, sempre criminoso mesmo quando virtuoso, um não-petista será sempre servil aos interesses americanos mesmo quando altivo, e um petista será sempre altivo mesmo quando servil.

Como não fui tragado por nuvem nenhuma, então escrevo!

É simples assim.

18/03/2011

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O governo americano decidiu cancelar o discurso de Obama para o público na Cinelândia.

Última Forma
Ancelmo Gois: Barack Obama desiste de fazer discurso público na Cinelândia


RIO - De acordo com o que informou o colunista Ancelmo Gois na edição desta sexta-feira do GLOBO, o governo americano decidiu cancelar o discurso de Obama para o público na Cinelândia.

A decisão é que o presidente americano fale para um público menor dentro do Teatro Municipal.



Ainda segundo Gois, o governo americano não revelou a razão do cancelamento, mas a justificativa mais provável é que tenha sido por cautela, em função do aumento da tensão na Líbia.

O jornalista afirma, ainda, que o prefeito Eduardo Paes, ao saber da notícia, quase caiu para trás, mas manteve o bom humor e fez uma piada:

- Pelo menos, não entro para a história da cidade como o prefeito que fechou o Amarelinho - brincou.


COMENTÁRIO DO LEITOR


Obama percebeu que o discurso na Cinelândia seria um fiasco com possibilidade de protestos e vaias, especialmente com a iminência agora de um ataque aéreo à Líbia.

Infelizmente a passagem relâmpago de Obama pelo Brasil será inútil.

Dilma, esnobada, não terá sequer uma entrevista coletiva com o presidente americano, que estará mais concentrado no discurso estratégico (esse sim significativo) que ele fará no Chile !
Marcelo Gomes da Silva Bruno
18/03/2011 - 06h 35m

O PT perdoa


Cúpula petista aceita Delúbio de volta

Maria Lima
O Globo

BRASÍLIA - O assunto ainda não está oficialmente na pauta da reunião do Diretório Nacional do PT, marcada para os dias 29 e 30 de abril, mas, no partido, ao menos 70% dos dirigentes são favoráveis à aprovação da ficha de refiliação do ex-tesoureiro Delúbio Soares, operador do mensalão, assim que o pedido foi formalizado. Alguns petistas são mais cautelosos ao tratar do assunto, mas são minoria.


- O clima hoje é tranquilo para a volta do Delúbio. Ninguém quer briga. Ele errou, pagou. O sentimento é que o cara cometeu erros, mas foi punido. Como o PT tem esse lado cristão forte, de saber perdoar, 70% do Diretório Nacional está de acordo com sua volta - disse o deputado Jilmar Tato (PT-SP), ao chegar nesta quainta-feira à reunião da Executiva Nacional do partido em Brasília.

Mas o deputado Geraldo Magela (DF), integrante da Executiva Nacional do PT, retrata a cautela de setores da direção do partido ao tratar o assunto:

- Tem aquele burburinho, mas ninguém assume que quer colocar o assunto da volta do Delúbio na pauta da reunião do diretório do dia 29 de abril.

Reservadamente, dirigentes que participaram nesta quinta-feira da reunião da Executiva Nacional em Basília disseram que um ponto que dificulta a aceitação da refiliação de Delúbio no PT é que ele se nega a admitir que errou naquele momento do escândalo do mensalão, em 2005, quando repassou dinheiro público, triangulado na operação via Marcos Valério, para aliados dentro e fora do Congresso.

O líder do PT no Senado e também integrante da Executiva Nacional, senador Humberto Costa (PE), disse que ainda é necessário uma discussão interna sobre a volta ou não do Delúbio:

- O que temos que discutir é a prioridade política dessa filiação do Delúbio. Se é prudente ou não essa filiação agora.

Embora na festa de aniversário do PT, em fevereiro, o ex-deputado José Dirceu tenha dito que o ofício pedindo a refiliação à direção do partido já havia sido encaminhado por Delúbio, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, nega. Ele disse que até agora o pedido de refiliação ainda não foi formalizado nas instâncias do partido.
Leia mais:
De volta à cena política, José Dirceu alfineta Serra em blog

18/03/2011

quinta-feira, 17 de março de 2011

Ainda o sr. Da Silva


Por Peter Wilm Rosenfeld

Creio que, querendo ou não, ainda terei que falar sobre o triste governo do Sr. da Silva durante algum tempo.

Por quê ?

Ora, em primeiro lugar porque as barbaridades que ele e seus asseclas cometeram ainda não vieram completamente a nosso conhecimento. À medida que isso for acontecendo, poderá ser material para comentários.

Em segundo lugar, porque em sua nova atividade de “palestrante internacional” continuará mentindo como fez em seus longos oito anos de governo, portanto, passível de observações.

E, terceiro lugar, porque ainda não explicou as razões de ter carregado em sua mudança todos os presente ganhos pelo casal durante a Presidência que, por lei, pertencem ao Estado, que não fez qualquer doação de qualquer um desses presentes ao casal tendo havido, então, apropriação indébita (para usar um termo suave…).

Em quarto lugar porque, igualmente, não houve qualquer explicação para o enorme acréscimo do volume de sua mudança, que necessitou de 11 caminhões grandes de mudança, sendo um refrigerado.

Finalmente, não explicou onde foi parar o crucifixo que há anos estava pendurado em uma das paredes do gabinete presidencial no Palácio do Planalto, que misteriosamente “sumiu” quando a Presidente Rousseff assumiu a Presidência.

Certamente os ferrenhos “lulistas” argumentarão que um Presidente da República, ao deixar o cargo, não tem qualquer obrigação de dar explicações sobre seus atos, e que isso se aplica, por igual, ao Sr. da Silva.

E têm toda a razão no que dizem quando se tratar de atos ocorridos durante o exercício de seus mandatos e que tenham que ver diretamente, com o cargo.

Pode ter se relacionado, até com expressões de carinho, a todos os sanguinários ditadores do mundo, como realmente o fez, sem precisar justificá-lo.

Decidiu doar ou emprestar algumas centenas de milhões de dólares a países sob o domínio dos já referidos ditadores, ao mesmo tempo em que não deu qualquer apoio a Estados ou cidades brasileiras devastados por fenômenos da natureza. A história certamente registrou e não esquecerá esse descaso, mas foi no exercício do mandato.

A Presidência da República esbanjou dinheiro em gastos pagos com os já famosos cartões corporativos, sem dar qualquer satisfação das finalidades desses gastos, pois os classificou de “indispensáveis à segurança nacional”. Só em dezembro, de 2010, último mês dos longos 96 meses (2.848 dias !!) de seu mandato, foram gastos nada menos de R$ 884.900,00 ! É muito dinheiro em se tratando de despesas da Presidência da República que têm que ser secretas por envolverem a segurança nacional. Assim se me parece !!!

E isso sim, tem que ver diretamente conosco, os “pagantes de impostos” como gostam de dizer os nossos vizinhos do norte. “Pagante de impostos” expressa melhor nossa condição de inferioridade em relação ao governo do que a palavra “contribuinte”, usualmente usada no Brasil !

Se o responsável pelos gastos fosse o atual Ministro dos Esportes, esse dinheiro poderia ter sido gasto pagando tapiocas !! Se o responsável pelo gasto fosse o atual Ministro do Turismo, o dinheiro poderia ter sido gasto em motéis !!

Mas se tiver sido do, ou no, Palácio da Alvorada ou no Planalto, quem nos garante que não tenha sido despendido com a famosa da “marvada da cachaça” (como dizia a antiga marchinha de Carnaval) e com seu primo “scotch whisky” ?….

Com qualquer gasto rotulado como “secreto” nós, o povo, temos o direito de pensar ou de supor qualquer coisa relacionada com o tipo de dispêndio !!!

Para terminar, chegou a mim há poucos dias o resultado de um estudo feito pelo Prof. Reinaldo Gonçalves, titular do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sobre a evolução da economia do Brasil no (des)governo do Sr. da Silva.

As conclusões são impressionantes. Vejamos:

- Fraco desempenho pelos padrões históricos do Brasil;

- Muito fraco desempenho quando comparado com o de outros Presidentes;

- Retrocesso relativo; e

- O País foi fortemente atingido pela crise global de 2009.

Vejamos quais foram os desempenhos sob outros Presidentes (variação real em %):

Médici: 11,9; Deodoro da Fonseca: 10,1; Café Fº: 8,8; Janio Quadros: 8,6; Juscelino Kubitschek: 8,1; Costa e Silva: 7,8; Eurico Dutra: 7,6; Epitácio Pessoa: 7,4; Ernesto Geisel: 6,7; Nilo Peçanha: 6,4; Getúlio Vargas II: 6,2; Washington Luis: 5,2; Itamar Franco: 5,0; Rodrigues Alves: 4,7; Prudente de Morais: 4,5; José Sarney: 4,4; Getúlio Vargas I: 4,3; Castello Branco: 4,2; Luis Inácio Lula da Silva: 4,0; Artur Bernardes: 3,7; João Goulart: 3,6; Hermes da Fonseca: 3,5; Campos Sales: 3,1; Afonso Pena: 2,5; João Figueiredo: 2,4; Fernando H. Cardoso: 2,3; Venceslau Bras: 2,1; Fernando Collor: -1,3; Floriano Peixoto: -7,5.

Cada um que tire suas conclusões.

Mas que o (dês)governo do Sr. da Silva foi, em matéria de economia e de crescimento econômico um decepção total, lá isso foi.


(*) Fotomontagem: O Silva como rei de paus, quem te viu quem te vê.

17/03/2011

Não às usinas nucleares

 Escolha a vida

O ministro Lobão, como era de se esperar, só falou bobagens, entre as quais soltou essa: "O Brasil não sofre com tremores de terra como o que atingiu o Japão".

Ocorre que um acidente em uma usina nuclear não é só causado por um abalo sísmico. Pode ocorrer um acidente a qualquer momento por falha técnica ou mecânica como foi Chernobil.

Quais são as medidas existentes para evitar um possível vazamento nuclear em Angra?

Há alguma medida capaz da esfriar rapidamente os reatores?

Em caso de evacuação rápida (esse é o pior) da população, como seria feita?

Ele não disse e nem vai dizer.

Não sabe e também não existe.

S.A.


Chernobil


Área contaminada no momento da explosão

Sábado,
26 de abril de 1986, à 1:23:58 a.m. hora local, o quarto reator da usina de Chernobil - conhecido como Chernobil-4 - sofreu uma catastrófica explosão de vapor que resultou em incêndio, uma série de explosões adicionais, e um derretimento nuclear.

Veja mais aqui.


As consequências mundiais da crise nuclear no Japão



Logo após o acidente na usina Fukushima Daiichi, no Japão, diversos países anunciaram medidas para evitar desastres semelhantes.

Confira como cada um deles se posicionou.


Redação ÉPOCA

Desde que três dos seis reatores da usina de Fukushima Daiichi, no Japão, explodiram, diversos países anunciaram novas medidas de segurança para o uso de energia nuclear.

Na Europa, vários reatores de mais de 20 anos serão desativados. Países como EUA e China resolveram frear seus investimentos na energia nuclear, e alguns, como a Turquia, estão receosos quanto às reais benesses trazidas pelas usinas nucleares em comparação com sua eficácia e níveis de segurança.

O temor de que a energia nuclear não seja tão segura e não ofereça real vantagem de investimentos rapidamente se espalhou pelo mundo todo.

Relatórios divulgados nesta quarta-feira pelo Wikileaks confirmam até que o governo japonês sabia dos riscos em suas usinas, mas os ignorou. Confira, abaixo, medidas adotadas por alguns desses países.

China
O vizinho asiático do Japão foi um dos primeiros países a anunciar mudanças em seu esquema de energia nuclear após o acidente em Fukushima. Nesta quarta-feira (16), Pequim avisou que suspenderá todas as aprovações para novas usinas nucleares no país. Além disso, a China realizará testes e estudos em todas as suas usinas para medir o grau de segurança delas.


Estados Unidos
Um debate sobre a segurança da energia nuclear foi instaurado no Congresso Nacional americano, mas o consenso a que chegaram os políticos, inclusive a Casa Branca, é de que os EUA precisam continuar a investir nesse tipo de energia, que é pouco poluente. Para a administração Obama, os riscos de uma catástrofe nuclear estão dentro do aceitável. Ainda assim, o presidente Obama anunciou que freará os investimentos em energia nuclear por enquanto até que se concluam estudos mais conclusivos sobre o acidente em Fukushima.


Rússia
O maior medo do Kremlin é que a crise nuclear no Japão afete diretamente os negócios. A companhia de energia nuclear russa, Rosatom, é uma das maiores fornecedoras de tecnologia nuclear do mundo. Os russos fornecem expertise a praticamente qualquer país que queira começar a usar energia nuclear. O mais novo parceiro da Rússia, aliás, é a Turquia, que planejava instalar uma usina em Akkuyu, mas já começa a dar para trás após as explosões em Fukushima. Por enquanto, os russos não anunciaram nenhuma diminuição nos investimentos em energia nuclear.


Alemanha
Pouco após as primeiras notícias da catástrofe atômica em Fukushima, a chanceler alemã Angela Merkel anunciou que pararia usinas antigas no país - aquelas que funcionassem há mais de duas décadas e que, portanto, tinham sido construídas antes de existirem todos os mecanismos de segurança de hoje. Logo em seguida, uma série de protestos populares estouraram por toda a Alemanha contra o uso de energia nuclear. A sociedade reagiu agressivamente, alegando que não a falta de segurança suficiente não justifica o uso desse tipo de energia. Nesta quarta-feira (16), Merkel anunciou o desligamento total de sete usinas nucleares antigas.


Índia
Justo quando o país planejava investimentos grandes na área da energia nuclear, o acidente em Fukushima trouxe à tona um debate sobre a segurança desse tipo de usina elétrica. A população indiana ficou assustada e questionou os investimentos, mas a Corporação de Energia Nuclear (NPC, na sigla em inglês), companhia estatal da Índia, assegurou que todas as usinas são novas e têm o que há de mais moderno em tecnologia, sendo, portanto, muito seguras.


União Europeia
O comissário de Energia da UE reuniu-se imediatamente com todos os ministros da área dos 27 países membros para discutir o fechamento das usinas nucleares mais antigas e programar um teste de segurança urgente nas 143 usinas que existem em território da UE. Os testes servirão para definir se as usinas possuem, de fato, capacidade para resfriar a tempo os reatores nucleares caso um acidente semelhante aconteça. Segundo o comissário Günther Oettinger, depois do acidente japonês o bloco vai pensar duas vezes antes de sequer planejar qualquer tipo de expansão no setor de energia nuclear.

Brasil
O ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, afirmou que não há motivos para o Brasil abandonar os investimentos em energia nuclear por enquanto. Hoje está em construção a terceira unidade da usina de Angra, a única do tipo no país. Segundo o ministro, não há o que temer porque Angra utiliza um sistema de geração de energia diferente do da usina de Fukushima e, além disso, a própria usina é muito mais nova. Além do mais, afirmou ele, o Brasil não sofre com tremores de terra como o que atingiu o Japão.


Portal Terra
Grupo Mahavidya
Voltado para a Evolução




O BRASIL RECEBE BARAK OBAMA COMO UM HERÓI


O cartaz que promove a visita de Obama ao Rio de Janeiro


O BRASIL RECEBE BARAK OBAMA
COMO UM HERÓI



Carlos Pagni - LA NACION
TRADUÇÃO DE FRANCISCO VIANNA


As características da viagem que Barack Obama empreenderá amanhã ao Brasil
deixarão claro por que certos países, como a Argentina e o Uruguai, por exemplos, não foram incluídos no roteiro do Presidente americano.

Obama também irá ao Chile e estará com Sebastián Piñera, lançado à fama pelo cinematográfico resgate dos mineiros, e depois irá a El Salvador, onde se encontrará com Mauricio Funes, um ex-guerrilheiro que, como aliado de Washington, é a contra cara de Daniel Ortega, o sandinista comunista que preside a Nicarágua.

Mas, é na espetacular estada no Brasil onde serão conhecidos os objetivos de Obama, e algo mais importante: o relevante movimento de peças que está ocorrendo no tabuleiro do xadrez regional.

A recepção que está sendo preparada para Obama no Brasil terá características poucas vezes vistas. Poderá ser comparada com uma viagem do Papa. Ou, melhor ainda, com a chegada de uma estrela do rock.

O convidado de Dilma Rousseff não pisará na muito empresarial São Pablo e permanecerá só sábado em Brasília, com uma agenda de estado. Caso as coisas saiam como previu a sua equipe, será no Rio de Janeiro, no domingo, onde a peregrinação ficará justificada.

Os muros do Rio já estão cheios de cartazes onde a cara do líder democrata americano se superpõe, com seu sorriso característico, às silhuetas do Corcovado e do Pão de Açúcar.

Na parte de baixo do cartaz, combinando as cores das bandeiras, brasileira e norte-americana, onde se lê: "Presidente Barack Obama fala ao povo brasileiro. Venha dar-lhe as boas vindas". A mensagem termina inesperadamente com a frase: "Entrada gratuita".

Obama discursará para uma multidão na Cinelândia, a praça do centro histórico da cidade, cenário tradicional de grandes mobilizações cariocas. O esforço de Tom Shannon – embaixador no Brasil – em garantir a seus superiores a afluência de uma multidão é insólito.

Para divulgar o ato, escolheu os programas mais populares da TV brasileira. Nada de usar noticiosos ou ‘talk shows’. A convocação foi feita nos estridentes ‘Domingão do Faustão’, no ‘Fantástico’, e no ‘Domingo Espetacular’, programas populares que, em tom de farra, animam as tardes domingueiras.

A ‘festa de Obama’ vai parecer um prolongamento do carnaval. A embaixada inaugurou um website, o www.obamabr.org, onde os internautas são induzidos a enviar mensagens de boas vindas, escritas ou filmadas, ao visitante.

O texto considerado ‘mais original’ será premiado com um iPad. O segundo colocado, com um iFone.

O terceiro receberá uma "menção honrosa", que consiste no envio de um livro do ‘professor’ Obama.

O governo do estado do Rio colabora com os diplomatas e faz uma campanha proselitista através do Facebook.

O presidente dos Estados Unidos, apresentado como uma estrela ‘pop’, repetirá o que ocorreu com outras celebridades: uma foto sob o Cristo Redentor e um ‘tour’ por alguma favela mais ou menos apresentável e, principalmente, sob o estrito controle da polícia ‘pacificadora’, onde assistirá batucadas e exibições de capoeira.

O FBI se encarregou da escolha dos lugares por onde Obama e família circularão sob fortíssimo aparato de segurança: Cidade de Deus, a favela vizinha à Barra da Tijuca, que tornou famoso o cineasta Fernando Meirelles, em 2002, com seu célebre filme.

Talvez Obama, que estará acompanhado de sua mulher e suas duas filhas, tivesse preferido visitar o morro da Mangueira, a favela que inspirou Orfeu Negro, o filme que deixou sua mão tão impactada em 1959, segundo ele conta em suas memórias.

Mas a segurança sobrepujou seus sentimentos.


UMA QUESTÃO DE IMAGEM

A Casa Branca pretende desligar por um momento a imagem de Obama dos seus dissabores na política doméstica – que tem crescido após a perda das eleições legislativas intermediárias em novembro último - e da imagem internacional, pela crise no Oriente Médio que exige dele uma liderança mais decisiva e categórica.

Trata-se também de demonstrar que o antiamericanismo não é – como quer fazer crer a esquerda liderada pelo ‘credo bolivariano’ – um sentimento unânime na América latina.

Ao contrário, um presidente dos Estados Unidos pode circular pelas praças, ruas e favelas, e atrair multidões, num país ainda com altos níveis de pobreza e governado por uma esquerda oportunista e fisológica, prova o contrário.

Na verdade, a maioria dos brasileiros, no fundo, admira os EUA e gostaria que seu país estivesse como o deles.

E, claro, o Brasil oferecerá a Obama uma vantagem: 50% da população são de afro-descendentes.



HISTÓRICO

O invólucro espetacular da viagem de Obama ao Brasil está de acordo com a agenda que dominará as reuniões.

A "histórica visita", como a embaixada dos EUA a chama em sua página na web, é o relançamento de uma relação bilateral que durante o segundo governo de Lula da Silva tinha, no mínimo esfriou, graças às trapalhadas do chanceler Celso Amorim, cuja atuação à frente do Itamaraty foi sempre ideologicamente servil ao que decidia o
Foro de São Paulo.

Roussef parece ter posto – pelo menos por enquanto – um basta nessa atitude contrária aos melhores interesses brasileiros, ao substituir o ‘barbudinho vermelho’ por Antônio Patriota, um diplomata de carreira de quem provavelmente espera que vá consertar os estragos feitos nos últimos oito anos.

Deve ter dito ao MAG (Marco Aurélio Garcia – coordenador vitalício do FSP e “assessor especial para assuntos internacionais” -, um comunista de carteirinha, que ficasse quieto em seu canto e a deixasse governar, e, com isso, pavimentou o caminho dessa reaproximação com Washington e com o “socialista” (?) Obama.

Antes de assumir a presidência, Dilma declarou que no seu mandato suspenderá o idílio de Lula com o Irã (e, provavelmente com Chávez também), o que foi um fator principal de discórdia com o núcleo vermelho do PT.

A desculpa para a vinda de Obama não poderia ser mais correta: como militante feminista, não pode tolerar o menosprezo do regime fascista iraniano pela mulher.

Para que a mudança fique clara, a antiga revolucionária que hoje preside o Brasil designou um chanceler cujo histórico não está atrelado à ideologia vermelha.

A ‘reconciliação’ será selada com dinheiro.

No que se refere ao comercio bilateral os investimentos serão incessantes e decididos durante a permanência do presidente americano no Brasil.

Entre outras coisas, porque deve justificar a sua ausência em Washington quando o terremoto japonês e a rebelião arábica têm uma expressão global.

Michael Froman, conselheiro econômico da Casa Branca, explicou que o périplo de Obama não podia ser suspenso porque faz parte dos esforços do presidente para recuperar a economia de seu país.

Há algo de lógico nessa alegação, pois as exportações estadunidenses à região, sobretudo ao Brasil, cresceram 86% entre 2004 e 2009, e se duplicarão nos próximos cinco anos.

Um milhão de norte-americanos tem seus empregos vinculados a esse fluxo de comércio exterior.

O aspecto econômico da viagem também está evidente pela própria comitiva do presidente. Virão com ele o Secretário do Tesouro, Timothy Geithner; o representante de Comércio Exterior, Ron Kirk; a responsável pelo meio ambiente, Lisa Jackson, e o Secretário de Energia, Steven Chu.

Estes funcionários de primeiro escalão pensam – e assim têm dito – que a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, serão uma grande oportunidade para as empresas norte-americanas.

Há economistas sul-americanos que afirmam: "O real não se desvalorizará pela avalanche de dólares que o Brasil receberá graças ao seu calendário esportivo".

Mas Dilma Roussef, velha guerrilheira, quer ir mais além do comércio. Falará com Obama, também, sobre armas. Ao chegar ao poder, postergou a licitação para a reequipagem da FAB, um negócio de 8 bilhões de dólares, que os americanos não estão dispostos a perder para os franceses da Dassault, privilegiada por Lula, também, influenciado por fatores ideológicos e anti-americanos de seus assessores do FSP.


Saudações,



Francisco VIANNA

17 de março de 2011

PT proíbe militantes de protestar contra Obama no Rio


Em nota, comando fluminense da legenda nega existência de apoio a qualquer 'manifestação hostil' ao presidente americano e desautoriza manifestações em nome do partido


Wilson Tosta, Pedro Dantas e Bruno Boghossian Agência Estado

RIO - O comando do PT fluminense proibiu nesta quinta-feira, 17, militantes do partido de participar dos atos contra a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil.

Um dos organizadores das manifestações é o secretário de Movimentos Populares do PT no Rio, Indalécio Wanderley.


Wilton Junior/AE

Helicóptero americano sobrevoa Lagoa Rodrigo de Freitas

Em nota oficial, o presidente do PT fluminense, Jorge Florêncio, negou a existência de "qualquer tipo de deliberação" oficial petista "no que concerne a organização, participação e apoio a qualquer tipo de manifestação hostil" ao mandatário norte-americano. O texto "desautoriza a qualquer membro a manifestar opinião, em nome do partido, que não reflita o posicionamento oficial".
"Teve uma pessoa, de uma secretaria (do partido), que fez uma comunicação dos movimentos populares",
afirmou Florêncio, sem se referir nominalmente a Wanderley e procurando desvincular o PT dos protestos.

"Nenhuma instância da legenda aprovou a participação de seus integrantes nos atos anti-Obama".


Defendendo a visita, a nota do PT afirma que o Brasil se consolida "como um estratégico interlocutor no cenário político internacional" e diz que, neste momento, a vinda de Obama "deve ser encarada como importante passo para afirmação" dos interesses políticos e comerciais brasileiros.

"Receber o presidente Barack Obama na cidade do Rio de Janeiro no próximo domingo constitui-se [em] importante oportunidade de consolidarmos a imagem da Cidade Maravilhosa, do Estado do Rio de Janeiro e do Brasil no cenário internacional", justifica o texto.


17 de março de 2011