Desmentido quatro vezes pelos fatos - e ontem por seu próprio partido, o PDT -,
o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, não apresentou à presidente Dilma Rousseff provas materiais sobre o custo e pagamento do voo ao lado de um empresário dono de ONG que mantém convênios com a pasta que comanda e começou a ser abandonado por correligionários
o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, não apresentou à presidente Dilma Rousseff provas materiais sobre o custo e pagamento do voo ao lado de um empresário dono de ONG que mantém convênios com a pasta que comanda e começou a ser abandonado por correligionários
AE - Agência Estado
O presidente interino do PDT, André Figueiredo (CE), aconselhou o ministro a deixar o cargo.
O Planalto aguarda novas versões que o ministro apresentará hoje, em depoimento ao Congresso, para avaliar quando ele será substituído.
Uma das versões de Lupi foi implodida pelo próprio PDT. O ministro dissera que o voo com o empresário Adair Meira, da ONG Pró-Cerrado, com negócios suspeitos com o Trabalho, fora pago pelo PDT do Maranhão.
Mas o orçamento da viagem do ministro não está na prestação de contas do PDT maranhense. O presidente estadual da partido, Igor Lago, negou que o diretório regional tivesse dinheiro em caixa para bancar o aluguel de aeronave e disse que o partido quer apenas "ajudar a esclarecer todos os fatos".
Com a prestação de contas do partido em mãos, Igor Lago afirmou que o PDT maranhense não tem responsabilidade pelo aluguel de qualquer aeronave para deslocamento do ministro no Maranhão.
"Ontem mesmo recebi a declaração de contas, que está registrada no Tribunal (de Contas do Estado).
Não consta nada sobre transporte aéreo, o diretório regional não arcou com esta despesa", disse.
E emendou: "O PDT não tem condições financeiras para arcar com os custos de uma viagem dessas.
Portanto, PDT não pagou os voos utilizados pelo ministro".
17 de novembro de 2011
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