Aécio: Lula deixa legado de ‘aparelhamento e gastos’
Governador de Minas e opção presidencial do PSDB, Aécio Neves ensaia adotar um discurso mais crítico em relação a Lula.
Em privado, Aécio diz que “são duas as piores heranças que Lula deixará para o sucessor:...
“...Na economia, a irresponsabilidade nos gastos correntes. Na política, o aparelhamento da estrutura do Estado”.
Para Aécio, a proposta de Orçamento que Lula enviou ao Congresso é “de uma insensatez total”.
Quanto às relações políticas, acha que foram levadas às raiais do paroxismo. “Nunca se trocou tanto, nunca se permitiu tanta perversão”.
Pragmático, Aécio declara, sempre entre quatro paredes, que um governante precisa fazer certas concessões.
Recorda que, sob FHC, as relações do Planalto com o Congresso não eram, digamos, castas. Mas acha que, na era Lula, exagerou-se.
“O Fernando Henrique entregou os anéis para governar. Lula deu os dedos, a mão, o braço. Um absurdo”.
Considera "essencial" que o próximo presidente fixe "novos parâmetros".
Nesse cenário, diz Aécio, a oposição não pode se dar ao luxo de errar em 2010. “A alternância do poder tornou-se um imperativo. Fará bem ao país”, ele afirma.
Por isso, Aécio estreita, dia a dia, suas relações com José Serra, governador de São Paulo e seu rival na disputa pelo título de presidenciável oficial do PSDB.
Convenceu-se de que, sem o apoio de Serra em São Paulo, não chega a lugar nenhum. Do mesmo modo, acha que sem o suporte dele em Minas, Serra tampouco irá longe.
Internamente, Aécio defende que o tucanato tome uma decisão até o mês de dezembro.
por Josias de Souza
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