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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Resposta a um Bolivariano - Parte 3


Resposta a um Bolivariano
Parte 3
Por Gerhard Erich Boehme


Outra questão importante foi que a perseguição política, econômica e racial dentro da Alemanha durante o período, que se inicia nos anos 20, em que foi publicado o Programa do NSDAP - Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, com seus 25 pontos-chaves¹), já era uma constante e fartamente justificada pelos meios de comunicação nazistas, melhor, nacional-socialistas.

Inicialmente este Programa não foi levado a sério, era mesmo ridicularizados por parte significativa da sociedade alemã, que então experimentava a sua República de Weimar, uma república sem republicanos, longe da tradição alemã, cuja sociedade se pautava entre a fiel observância ao Princípio da Subsidiariedade, em especial junto aos luteranos, e a aderência aos valores de suas inúmeras monarquias, principados e ducados.

Isso sem contar o saudosismo de um recente período glorioso, que foi o do 2º Império, quando a Alemanha conquistou sua unificação e projeção no cenário internacio
nal.

N
a República de Weimar, o que se observou era a perda da identidade alemã, a qual foi acompanhada de uma escalada de violência sem precedentes entre os movimentos de direita e esquerda, de suas vertentes mais totalitárias, e até mesmo os liberias, os quais culminaram em 29 de Outubro de 1918, ao estalar a rebelião de parte do exército.

O governo prendeu os amotinados, principalmente da divisão naval, e muitos estudantes, operários e militares solidarizaram-se com eles, agrupando-se em conselhos similares aos soviets, que tomaram o poder militar e civil em diversas cidades.

A 7 de Novembro, a revolução alcançou a cidade de München, provocando a fuga do Rei Luís III da Baviera.

O país esteve perto de se converter num estado socialista. O que foi


refutado pelos alemães. A 9 de Novembro, o príncipe von Baden transferiu os seus poderes legais a Friedrich Ebert, (foto) líder do Partido Socialista da Alemanha (SPD, Sozialistische Partei Deutschlands), de influência operária, mas sem intenções de abandonar o sistema parlamentar.

Esperava-se qu
e esse ato bastaria para acalmar as massas, mas tal não ocorreu. Venceu a oclocaricaia de lá, com seus movimentos (antis)sociais.

Vale lembrar que é omitido pelos historiadores que a grande maioria dos judeus na Alemanha, Áustria, Tirol italiano, Sudetos, etc. e até mesmo na Suíça e todos os outros cantos onde se aspirava ou se apoiava o pan-germanismo, inclusive nos


Estados Unidos, onde a imigração alemã foi notoriamente intensa, eram, muito mais como uma defesa, ou simpáticos ou pró-socialistas, a começar por uma de suas principais líderes, Róza Luksemburg, ela que foi uma filósofa marxista e militante revolucionária polonesa ligada à Social-Democracia do Reino da Polônia (SDKP), mas também ao Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e ao Partido Social-Democrata Independente da Alemanha.
Participou da fundação do grupo de tendência marxista do SPD, que viria a se tornar mais tarde o Partido Comunista da Alemanha.


Este e alguns outros fatos começaram a dividir a Alemanha, criando todo tipo de repulsa a qualquer tipo de internacionalização ou influência a qualquer tipo de ideologia além-fronteriras.

E esta está baseada na humilhação imposta aos alemães com o Tratado de Versalhes e depois agravado com a crise de 29, com a Alemanha sem acesso a alimentos e matéria prima no mercado internacional ou vinda das colonias. O fortalecimento do (internacional-)socialismo na Alemanha serviu de combustível a todo tipo de nacionalismo, em especial contra os liberais, os quais foram os primeiros a serem perseguidos pelos nacional-socialistas (nazistas), assim como pelos internacional-socialistas (socialistas) ou pelos internacional-comunistas.

Na mesma linha temos a Olga Benário que foi jovem militante comunista
alemã, de origem judaica, entregue pelo ditadura getulista para ser morta pelo regime nazista em campo de concentração. Veio para o Brasil na década de 30, por determinação da Internacional Comunista, para apoiar o Partido Comunista do Brasil. Destacada como guarda-costa e "Caixa 2" de Luís Carlos Prestes, tornou-se sua companheira, tendo com ele uma filha, Anita Leocádia Prestes.

Róza Luksemburg foi brutalmente assassinada, depois de ser seqüestrada e espancada, por membros de uma organização paramilitar, a soldo do governo social-democrata alemão.


Este foi um dos momentos marcantes da luta ideológica na Alemanha, que acabou fortalecendo grupos para-militares de esquerda, nacional-socialistas e tantos outros. Muitos destes grupos guardavam impressionante

similaridade com os que hoje conhecemos no Brasil, formados pelo MST e similares, só que armados, fortemente armados, tal qual é planejado pelo 
 nosso vizinho Chávez.

Na
Alemanha também foi vitoriosa a oclocracia. Também foi vitoriosa a concepção que confunde estado com governo e partido. No melhor estilo da administração PTista da atualidade. 


Os nazistas, melhor, nacional-socialistas, também tinham a sua Schutzstaffel, ou SS, foi uma organização paramilitar ligada ao partido nazista, assim como SA, menos conhecidas, mas de fundamental importância neste período.

continua no post abaixo

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