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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

NOTAS PÓS-LIBERAIS - RIVADAVIA ROSA

NOTAS PÓS-LIBERAIS

POR RIVADAVIA ROSA

A OUTRA REVOLUÇÃO – a ‘revolução comunista’ – representou na realidade uma forma violenta de oposição à modernidade representada pelo avanço da técnica, da máquina, da industrialização – sob a visão utópica de realização da igualdade, da fraternidade, o fim das diferenças entre os homens ou como disse certo historiador, filósofo, economista, militante político, como filósofo da história que – pregou e convenceu seus seguidores com a ‘profecia’ que se transformou em dogma da militância:
 - “Bem ao contrário do que aconteceu com a filosofia alemã, que desce do céu para a terra, aqui se sobe da terra para o céu”. MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã – Crítica da novíssima filosofia alemã em seus representantes Feuerbach, B. Bauer e Stirner, e do socialismo alemão em seus diferentes profetas, 1845-1846 
(Die Deutsche Ideologie. Kritik der neuesten Deutschen Philophie in ihren Repräsentant Feuerbach, B. Bauer und Stirner, und des Socialismus in seinem verschiedenen Propheten). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007, p.48).



O RESULTADO foi a maior ilusão, engodo e tragédia (des) humanitária no século passado.

HOJE seus oponentes
(do liberalismo) apegados à ideologia neo-regressiva totalitária - mudaram de nome, mas não quanto aos seus efeitos deletérios: a negação da LIBERDADE.

São eles: o TOTALITARISMO e o AUTORITARISMO POLÍTICO, sempre com implicações sociais e o ESTATISMO INTERVENCIONISTA na economia que ao substituir o MERCADO pelo PLANO, LUCRO pela DISCIPLINA COLETIVISTA e o RISCO pela SEGURANÇA IGUALITÁRIA, sufocam a LIBERDADE POLÍTICA e ECONÔMICA, justamente pela exclusão ou severa limitação da iniciativa econômica dos agentes privados em favor do agente público, sabidamente ineficiente, ineficaz, corrupto e paquidérmico em suas decisões, ações e resultados.

JOSÉ ORGEGA Y GASSET ensinava ainda no século passado que o LIBERALISMO é o direito que a maioria concede à minoria fraca, é a suprema generosidade política.

PORÉM -
um movimento de tal dimensão humana e sociopolítica - assumiu algumas características e variantes - segundo as diferentes épocas, autores e lugares, mas se podem rastrear alguns traços comuns como: RACIONALISMO, INDIVIDUALISMO, IGUALITARISMO, UNIVERSALISMO, REFORMISMO e PROGRESSISMO, claro, sem deter nenhum monopólio relativo à ‘ética, democracia ou transparência’, mas radical na defesa das LIBERDADES PÚBLICAS.

JUSTAMENTE POR ISSO - DOS SISTEMAS POLÍTICOS – que nada tem de crença ou dogma - o que pode propiciar as melhores condições para a produção de riqueza é justamente o CAPITALISMO LIBERAL – por defender sem imposição ideológica:

- o Estado de Direito – com distinção entre sociedade civil e Estado, com uma arquitetura constitucional (constitucionalismo) que garanta o princípio da separação e equilíbrio dos poderes – sistema de pesos e contrapesos que limita os abusos de poder (cheks and balances);

- o princípio da participação (pluralismo político, social e axiológico) de todos os cidadãos nas questões públicas, mediante eleições livres, honestas e eqüitativas que assegurem a circulação das elites e a mudança periódica dos governantes;

- o princípio de liberdades públicas e privadas – que assegura os direitos individuais e protege os indivíduos do arbítrio ou abusos da Polícia (da Justiça) ou da burocracia, inclusive das minorias culturais, religiosas ou de opinião contra a perseguição da maioria (tolerância);

- a igualdade perante a lei, valorizando, sobretudo o mérito e a capacidade individual, assim como reconhece a legitimidade dos conflitos sociais regulares, que atuam dentro do marco regulatório do Estado de Direito constitucional.
 PORTANTO – o capitalismo liberal é uma receita que não se impõe pela força e um antídoto contra qualquer tipo de ideologia neo-regressiva totalitária.
enviada por Gracias a La Vida

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