O número 2 de Lula
Preocupado com a queda de Dilma Rousseff, o governo revê sua estratégia para 2010 e decide incentivar uma segunda candidatura chapa-branca – a do deputado Ciro GomesOtávio Cabral
Fotos Sergio Dutti/AE
DIVISÃO DE TAREFAS
Dilma seguirá o roteiro de herdeira de Lula, enquanto Ciro se encarregará de atacar os tucanos: o compromisso fechado com o presidente é que não haja fogo amigo entre seus aliadosm Para o presidente Lula, eleger o sucessor em 2010 é uma obsessão. Ele é dono de índices espetaculares de aprovação, coleciona comendas mundo afora e está convicto de que a história do Brasil será dividida entre os períodos a.L. e d.L. – antes de Lula e depois de Lula.
A derrota nas urnas de um herdeiro político não cabe nesse currículo.
Há mais de seis meses o presidente está em campanha apresentando nos palanques sua candidata, a ministra Dilma Rousseff.
Até agora, porém, a fama de eficiente dela e a popularidade dele não têm se transformado em intenções de voto no volume esperado.
O que parecia ser a receita correta para o continuísmo está se mostrando um fracasso na prática.
Diante do quadro até agora desfavorável, Lula pôs em andamento um plano alternativo.
O governo decidiu dividir as bênçãos da aprovação plebiscitária de Lula entre Dilma e um segundo nome identificado com a atual administração – o deputado Ciro Gomes, do PSB.
OBSESSÃO
Lula quer garantir um candidato oficial no segundo turno.
Mas quem?
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