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Por Claudio Humberto
A direção brasileira da estatal Itaipu
Binacional ignorou o que dispõe a Lei de Acesso a Informação e se negou a
informar o salário do ministro Celso Amorim (Defesa) para participar de
duas reuniões mensais do seu conselho de administração. Mas esta coluna
apurou que Amorim recebe ao menos R$ 19,4 mil mensais. Somando esse
valor aos vencimentos de ministro, Amorim embolsaria R$ 46,1 mil por
mês.
Acima do teto
Segundo a lei, no serviço público federal
ninguém pode perceber mais do que um ministro do Supremo Tribunal
Federal: R$ 26.723,13.
Vice-marajás
Conselheiros da Petrobras e da BR
Distribuidora, Guido Mantega (Fazenda) e Mirian Belchior (Planejamento)
têm R$ 41,5 mil por mês.
Gordo contra-cheque
O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento
Industrial) embolsa R$ R$ 38,1 mil por mês, porque integra conselhos
como o do BNDES.
Acumulou, ganhou
Advogado-geral da União, o ministro Luís
Adams que soma salário aos jetons na BrasilPrev e na BrasilCap, e fatura
R$ 38,7 mil mensais.
Infraero indica leigos para gestão de aeroportos
As Sociedades de Propósito Específico (SPE),
criadas pelo governo, vão administrar os aeroportos, em regime de
concessão, mas começam muito mal: dos doze representantes das “classes
trabalhadoras” nos conselhos de Administração e Fiscal, apenas dois
possuem experiência em administração aeroportuária. Os demais foram
indicados pelos diretores da estatal Infraero. Um dos indicados para o
conselho, fiscal, por exemplo, é irmão do diretor Financeiro.
Vou de ônibus
No aeroporto de Brasília, são privilegiados os que usam ponte (finger) de desembarque. Dois terços são jogados na pista distantes até 2 km.
Nomenclatura
Os analistas estão em guerra com a
Controladoria-Geral da União para serem chamados de “auditores”, como no
Tribunal de Contas da União.
No meio do caminho
Vice de Fernando Haddad em São Paulo, a
ex-prefeita Luiza Erundina (PSB) diz que “continua na mesma rua” do PT.
Só que bateu no poste.
DF: mudança no Turismo
O secretário de Turismo do governo do DF,
Luiz Octavio Neves, será demitido até julho e seu substituto já foi
escolhido: Marcos Dantas, presidente do PSB-DF. A Secretaria de Turismo é
feudo do partido.
Ao pé do ouvido
Assessor jurídico da liderança do PT no
Senado, Marcos Rogério de Souza tem despertado atenções na CPI do
Cachoeira. Está sempre falando aos cochichos com o relator, deputado
Odair Cunha (SP).
Conta de chegar
O ex-prefeito Cesar Maia (DEM) diz que falta
pouco para a Assembleia Legislativa do Rio aprovar a dispensa de curso
superior para novos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado.
Bastará “notório saber”.
Escala africana
Bela e jovem, a embaixadora de Zâmbia no
Brasil, Cynthia Misozi, faz sucesso dentro e fora de seu país:
ex-secretária do presidente Michael Sata, ela abala corações por onde
passa, em Brasília.
Menos um
A Bolívia anulou o contrato de financiamento
de US$ 332 milhões do BNDES para a brasileira OAS construir rodovia num
parque ecológico. E pensar que Lula pegou jatinho para tentar conter a
fúria cocaleira...
Lorota cicloviária
Alguém do governo do DF contou lorota ao
pessoal da revista de bordo da GOL, jurando que Brasília teria a segunda
maior “malha cicloviária” do País. Os 179 quilômetros informados só
existem nas promessas.
Decisão anterior
O DNIT informou que a habilitação da Delta
Construções para concorrer em licitação de R$ 13,6 milhões no Ceará
ocorreu antes da decisão da Controladoria-Geral da União de declará-la
inidônea.
Dados incompletos
Após notificação do Senado, o Banco Central
informou ter identificado a “dificuldade” que levou à omissão da origem e
destino do dinheiro movimentado na conta bancária da Delta. Os dados
foram enviados com as lacunas à CPI mista do Cachoeira.
Pensando bem…
…enquanto Lula é “o cara”, Cavendish é “o caro”.
18/06/2012
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