Acusação apresentou seu argumento a favor do impeachment do presidente paraguaio no Senado; veredito será dado na sexta-feira à tarde
(Guillermo Legaria/AFP)
Uma equipe de senadores apresentou nesta quinta-feira a acusação contra
o presidente Fernando Lugo, no julgamento político que pode levar ao impeachment do paraguaio.
O argumento da acusação foi o de que Lugo tem um mau desempenho como presidente, tem vínculos com grupos guerrilheiros e está propiciando um conflito social no país.
Nenhum documento foi mostrado durante a sessão extraordinária, a segunda das cinco do cronograma determinado horas antes pelo Senado.
O veredito dos parlamentares será dado na sexta-feira à tarde. Os senadores deram menos de 24 horas para Fernando preparar sua defesa. O presidente terá duas horas para apresentar seus argumentos diante do plenário, marcadamente oposicionista.
Leia também: Unasul organiza missão para assegurar defesa de Lugo
Acusação - Segundo informações do site Ultimahora.com, O deputado Oscar Tuma responsabilizou o presidente pelo confronto de Curuguaty, ocorrido na sexta-feira passada.
Na ocasião, seis policiais paraguaios e onze sem-terra morreram em uma disputa ocorrida durante uma reintegração de posse. Tuma afirmou que, a partir do episódio, ficou clara a "inoperância" do governo, o que justifica sua destituição.
O deputado Carlos Liseras pediu a palavra para dizer que Lugo sempre manteve vínculos com grupos de sequestradores, como o Patria Libre e o Exército do Povo Paraguaio (EPP), e que é responsável pela crescente insegurança no país.
Liseras afirmou ainda que há dados e filmagens da atitude equivocada do presidente e de seus ministros, citando Miguel López Perito e Esperanza Martínez.
"O presidente está propiciando e fomentando um conflito social por meio de membros de seus gabinetes e alguns agricultores", acusou. Ele pediu que o presidente retifique sua conduta, qualificando-o como incapaz por não conseguir frear a delinquência no país.
Caso - O parlamentar Jorge Ávalos citou também o caso Ñacunday, episódio ocorrido em fevereiro em que camponeses sem-terra ameaçaram invadir propriedades de brasileiros. Segundo ele, Lugo teve uma "conduta cúmplice" com as invasões, pois "utilizou as forças militares para gerar um estado de pânico em toda a região".
Biografia - Fernando Lugo é um ex-bispo da religião católica, eleito há quatro anos no Paraguai com promessas de defender as necessidades dos pobres.
A reforma agrária era uma das prioridades de seu governo, mas o chefe de estado teve dificuldades para aproximar posições entre as organizações camponesas e os proprietários, na medida em que buscava colocar ordem no organismo encarregado pela distribuição de terras.
No início deste ano, o presidente veio ao Brasil para remover um linfoma, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Internado para a realização de exames de controle, ele seguiu o tratamento de um câncer detectado em agosto de 2010.
O argumento da acusação foi o de que Lugo tem um mau desempenho como presidente, tem vínculos com grupos guerrilheiros e está propiciando um conflito social no país.
Nenhum documento foi mostrado durante a sessão extraordinária, a segunda das cinco do cronograma determinado horas antes pelo Senado.
O veredito dos parlamentares será dado na sexta-feira à tarde. Os senadores deram menos de 24 horas para Fernando preparar sua defesa. O presidente terá duas horas para apresentar seus argumentos diante do plenário, marcadamente oposicionista.
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Acusação - Segundo informações do site Ultimahora.com, O deputado Oscar Tuma responsabilizou o presidente pelo confronto de Curuguaty, ocorrido na sexta-feira passada.
Na ocasião, seis policiais paraguaios e onze sem-terra morreram em uma disputa ocorrida durante uma reintegração de posse. Tuma afirmou que, a partir do episódio, ficou clara a "inoperância" do governo, o que justifica sua destituição.
O deputado Carlos Liseras pediu a palavra para dizer que Lugo sempre manteve vínculos com grupos de sequestradores, como o Patria Libre e o Exército do Povo Paraguaio (EPP), e que é responsável pela crescente insegurança no país.
Liseras afirmou ainda que há dados e filmagens da atitude equivocada do presidente e de seus ministros, citando Miguel López Perito e Esperanza Martínez.
"O presidente está propiciando e fomentando um conflito social por meio de membros de seus gabinetes e alguns agricultores", acusou. Ele pediu que o presidente retifique sua conduta, qualificando-o como incapaz por não conseguir frear a delinquência no país.
Caso - O parlamentar Jorge Ávalos citou também o caso Ñacunday, episódio ocorrido em fevereiro em que camponeses sem-terra ameaçaram invadir propriedades de brasileiros. Segundo ele, Lugo teve uma "conduta cúmplice" com as invasões, pois "utilizou as forças militares para gerar um estado de pânico em toda a região".
Biografia - Fernando Lugo é um ex-bispo da religião católica, eleito há quatro anos no Paraguai com promessas de defender as necessidades dos pobres.
A reforma agrária era uma das prioridades de seu governo, mas o chefe de estado teve dificuldades para aproximar posições entre as organizações camponesas e os proprietários, na medida em que buscava colocar ordem no organismo encarregado pela distribuição de terras.
No início deste ano, o presidente veio ao Brasil para remover um linfoma, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Internado para a realização de exames de controle, ele seguiu o tratamento de um câncer detectado em agosto de 2010.
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