Por Claudio Humberto
A União das Nações Sul-Americanas (Unasul), reunida com o Brasil em Assunção, vê “ruptura democrática” no pedido de impeachment do presidente Fernando Lugo, com a habitual arenga dos “companheiros” Hugo Chávez, da Venezuela, e Evo Morales, da Bolívia, e ameaça “aplicar as cláusulas democráticas do Mercosul”, mas esqueceu que o Congresso paraguaio ainda não ratificou o protocolo de Ushuaia II.
Exército da salvação
O protocolo, assinado por Lugo, estabelece medidas drásticas, como fechamento de fronteiras, em caso de “ruptura democrática”.
Congresso soberano
Qualquer medida “contra o golpe” seria um golpe na democracia paraguaia: o pedido de impeachment foi aprovado por maioria na Casa.
Desforra
O fanfarrão Hugo Chávez também não engole o Congresso paraguaio, que barrou a entrada da Venezuela no Mercosul. O Brasil topou.
Filme velho
Breve, na embaixada do Brasil em Assunção, Paraguai: “O asilo de Fernando Lugo”.
Aliança Lula-Maluf põe Suplicy em saia justa
Eduardo Suplicy enfrentou saia justa ao entrar no avião de Brasília para São Paulo, quinta. Na primeira fileira, Paulo Maluf exclamou: “Eduardo, estamos juntos!” Mais atrás, o ex-deputado Flávio Bierrenbach, que foi ministro do Superior Tribunal Militar, levantou a voz: “Que vergonha, Suplicy! Os fins justificam os meios?” Constrangido, o senador balbuciou curto e confuso discurso tentando justificar a aliança PP-PT.
Indigesto
Lula esquece o ditado “esperteza demais engole o dono”: tal qual os almoços, também não existe “Maluf grátis”.
Convenção
Candidato em Natal, Hermano Moraes (PMDB) lançará candidatura no dia 30 contra a prefeita Micarla Sousa (PV), que tem 82% de rejeição.
Quentão
O ministro Ricardo Lewandovski deveria entregar o relatório do mensalão hoje, quando é grande o número de quadrilhas dançando.
Lugo, o mala
Muitos dos que reclamam do impeachment do paraguaio Fernando Lugo jamais se importaram com suas vítimas de assédio sexual, inclusive menores, nas quais o então bispo fez incontáveis filhos.
A tragédia de duas vidas
O drama de Marco Archer Moreira, 50, que será fuzilado na Indonésia por tráfico de drogas, esconde outro: a morte há dois anos da mãe, d. Carolina, que ia muito a Jacarta. Certa vez ela disse comovida à coluna confiar que o Brasil conseguiria o perdão do presidente indonésio.
Nem aí para a Rio+20
Enquanto a Rio+20 discutia o sexo dos anjos, os grandes poluidores se divertiam: o presidente chinês Hu Jitao passeava nas Ilhas Canárias e a chanceler Angela Merckel assista Alemanha x Grécia, pela Eurocopa.
Óleo +20
Em plena Rio+20, o Ministério Público capixaba investiga suposto dano ambiental da Petrobras e Transpetro no terminal em Linhares, área de proteção a tartarugas marinhas. As coitadas engolem óleo todo dia.
Não encaixa
Como recompensa por suas denúncias contra o ex-governador do DF José Roberto Arruda, o delator Durval Barbosa obteve perdão judicial por comprar sua mansão com dinheiro público desviado. Curiosamente, o crime é de 2006, no governo de Joaquim Roriz, inimigo de Arruda.
Nasce uma estrela
A atuação do embaixador na Austrália, Rubem Barbosa, promovendo a aproximação dos dois governos como nunca houve, explica por que os brasileiros estão entre os diplomatas mais respeitados do mundo. Ele assessorou Dilma e Edison Lobão no Ministério de Minas e Energia.
Raquetada no bom senso
No Galeão, em nome da “segurança”, a estupidez perdeu o limite na Rio+20. Quem embarcava para um torneio de tênis na Bahia teve a raquete apreendida. A menos que fosse despachada como bagagem.
Década de 70
O jornalista Antonio de Pádua Gurgel lança no dia 28, em Brasília, seu livro “Jornal da Década de 70”, resgatando o papel e a importância da imprensa alternativa na capital, entre 1968 e 1979, ano da anistia.
Pensando bem...
... “Até Lugo, Fernando”.
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