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terça-feira, 22 de maio de 2012

Um vídeo com um achaque asqueroso e a pergunta que não quer calar: por que Protógenes escondeu a extorsão praticada por Luiz Antônio de Medeiros?






Vocês têm estômago forte?

Estão preparados para ver algo asqueroso, nojento mesmo?

                                                  Por Reinaldo Azevedo

Abaixo, segue um post publicado pelo jornalista Fábio Pannunzzio no Blog do Pannunzzio.

Assistiremos ao ex-deputado Luiz Antônio de Medeiros ex-secretário das Relações de Trabalho do governo Lula extorquindo, de maneira inequívoca, o contrabandista Law Kin Chong.

Importante: lembram-se de um certo delegado chamado Protógenes Queiroz, hoje deputado pelo PCdoB-SP?

Ele investigou esse caso, teve acesso a essa fita, mas transformou o extorquido, Law Kin Chong, em corruptor ativo.

E manteve intocado Luiz Antonio de Medeiros, que praticava a exgtorsão.

Chong é um santo?

Ora, a pergunta só pode ser brincadeira.

O ponto não é esse.

Ocorre que Medeiros presidia justamente a CPI que deveria investigá-lo.

Em vez de se dedicar a combater as safadezas, cobrou benefícios para livrar a cara do outro.

Vejam o filme.

Em seguida, o texto de Pannunzzio.

Volto para encerrar.


Escreve Pannunzzio:

O vídeo acima deve ser visto com reserva. Foi produzido pelos advogados do empresário Law Kin Chong, apresentado ao País como o maior contrabandista brasileiro há oito anos.

Ele é dono de vários “shoppings populares” em São Paulo - inclusive do maior deles, a Galeria Pajé.

Os imóveis que Law aluga ou subloca são utilizados para a venda de muamba eletrônica no varejo.

Law diz que apenas administra os imóveis, que não tem nada a ver com a distribuição do contrabando.

Mas já foi condenado e preso por descaminho e evasão de divisas.

A importância dessas imagens é dada justamente pelo fato de que elas jamais foram reveladas integralmente.

Elas fazem parte do inquérito instaurado pela Polícia Federal para apurar os crimes imputados ao comerciante sino-brasileiro e deram causa à prisão de Law Kin Chong por supostamente tentar subornar Luiz Antônio Medeiros em 2007.
Naquele ano a Câmara Federal havia criado e instalado a CPI da Pirataria, presidida por Medeiros.

As cenas agora publicadas ampliam o que já se sabia do caso - e mostram como o delegado que conduzia a investigação, o agora deputado Protógenes Queiroz, se utilizou de provas que poderiam ter colocado Medeiros na cadeia para prender a vítima de extorsão praticada pelo parlamentar.

Assim que o contrabandista caiu nas malhas da Comissão Parlamentar de inquérito, três emissários do deputado começaram a assediá-lo com ofertas pornográficas para que ele saísse impune do processo.

Um dos assessores de Medeiros chegou a criticar o chefe, que estaria pedindo pouco dinheiro para livrar a cara de Law - 500 ou 600 mil reais apenas, contra uma estimativa do restante da quadrilha de assessores de que a armação poderia render pelo menos R$ 3 milhões.

Esses assessores provocaram uma reunião entre Medeiros e Law num hotel em Araraquara, no interior de São Paulo.

O vídeo que publico agora revela o que ocorreu na conversa.

Dele, a única parte conhecida pela opinião pública (por meio de vazamentos seletivos para uma rede de televisão chamada a participar da coleta da prova) era o trecho em que Law pede a Medeiros que divida o suborno em quatro ou cinco prestações.

O material foi gravado por uma equipe da Polícia Federal, que o utilizou como prova de que o contrabandista havia tentando atrapalhar os trabalhos da CPI e livrar-se de ser citado no relatório final.

Mas o que se vê é um afoito Medeiros regateando o valor e as condições do pagamento do suborno de R$ 1,5 milhão.

Pelo que se pode depreender da cena, é o deputado quem pede dinheiro ao contrabandista, e não o contrário.
O Blog teve acesso à íntegra das gravações e vai publicá-las assim que for possível fazer a transcodificação do material, que é extenso e demandaria dias de upload para serviços como o Youtube.

Ela não tem outro valor a não ser repor elementos de uma verdade histórica que ficou sepultada pelo lixo processual produzido ao final da CPI da Pirataria, transformada em instrumento de chantagem contra os que pretendeu investigar.

Luiz Antônio Medeiros já viveu seu ocaso político.

A esperteza do parlamentar, no passado celebrado como o criador do neopeleguismo conhecido como “sindicalismo de resultado”, lhe valeu o banimento da vida pública pela vontade do eleitor.


Faltava ainda discutir o papel que coube ao delegado. Até hoje não está claro por que Protógenes Queiroz preferiu transformar uma vítima de extorsão em corruptor ativo sem molestar o verdadeiro criminoso - o deputado que o extorquia.



Voltei

Como se vê, Protógenes — o preferido de Paulo Henrique Amorim e dos “blogs sujos” em geral (eles próprios se chamam assim, cheios de orgulho) — está convicto de que pode atuar, vamos dizer, nos dois polos dos processos criminais.

Já foi pescado em conversas com a turma de Cachoeira — e não para fazer reportagens, claro!

Como a gente vê, à diferença dos jornalistas, ele não é do tipo que torna púbico tudo o que apura…

No entanto, está na CPI, posando de grande moralista.

Agora, vem a público este escândalo.

Como é que tendo em mãos o que vai acima, Protógenes teve o desplante de livrar a cara de Medeiros?

O que o terá convencido a agir desse modo?

Daqui a pouco este senhor escreve lá em seu blog, naquela língua que lembra o português às vezes, que tudo não passa de uma conspiração da “mídia golpista” contra ele…

O que tem Protógenes a dizer sobre a eloquência incontestável desse vídeo?

Nada!

O “ínclito” Protógenes, como o chama o não menos “ínclito” Paulo Henrique Amorim, está combatendo a “mídia golpista”…

Vocês sabem onde essa gente toda deveria estar, não?

Na cadeia!

                          22.05.2012

 

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