Por Jair Stangler
Estadão
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O ex-ministro dos Transportes e senador Alfredo Nascimento (AM) anunciou na tarde desta terça-feira, 16, a saída do partido que preside, o PR, da base aliada do governo Dilma Rousseff.
O anúncio aconteceu em sessão plenária do Senado Federal.
Segundo Nascimento, o partido adota a partir de agora uma posição de independência do governo e entrega todos os seus cargos no governo. “Não é aceitável que sejamos tratados como aliados de pouca categoria, fisiológicos e oportunistas”, declarou Nascimento.
O senador pede que as denúncias contra a atuação de seu partido no Ministério dos Transportes sejam investigadas, mas afirma, por outro lado, que sejam dadas condições de ampla defesa aos acusados.
Ao entregar os cargos e deixar o governo, diz Nascimento, “reiteramos o nosso compromisso com o Brasil.”
“Vossa Excelência está abrindo mão das benesses do governo”, aplaudiu o senador José Agripino (DEM-RN). “Essa atitude é uma atitude democrática”, completou.
Expectativa no Senado
A sessão desta terça-feira foi marcada pela expectativa do anúncio da saída do PR da base aliada.
O líder do partido na Câmara, Lincoln Portela (MG), chegou anunciar que o partido deixaria a base.
Por outro lado, o líder do PR no Senado, Magno Malta (ES), e outros parlamentares, pressionavam para que o ex-ministro adiasse o anúncio.
Enquanto isso, a presidente Dilma Rousseff prossegue a rodada de negociações com os partidos, com objetivo de acalmar a base aliada.
Às 19 horas, no Palácio do Planalto, ela se reuniu com os lideres do PSB, PC do B e PDT, além da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti e do vice-presidente, Michel Temer, convocado para ajudá-la nas negociações com os partidos da base rebelados no Congresso Nacional.
Na segunda-feira, 15, Dilma havia se reunido com as lideranças do PT e do PMDB.
16.agosto.2011
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