Receita e Ministério da Fazenda reeditam farsa típica do stalinismo e culpam filha de Serra pela violação do próprio sigilo
O que é O País dos Petralhas?
Uma coletânea de textos deste escriba lançada em livro em que essa coreografia de estado totalitário que o PT executa está descrita — às vezes, antecipada — em detalhes.
Ah, sim: já vendeu 50 mil exemplares, antes que os protagonistas do livro perguntem…
O caso da violação do sigilo fiscal de Verônica, filha do presidenciável tucano José Serra, elimina dúvidas que ainda pudessem resistir no coração dos crédulos sobre a natureza do “trabalho” que se fez na Receita Federal.
A exemplo das farsas stalinistas clássicas, culpa-se a vítima pelo mal que lhe cai sobre a cabeça.
Escreverei outros posts sobre o assunto.
Todos sobre coisas de estarrecer.
Escreverei outros posts sobre o assunto.
Todos sobre coisas de estarrecer.
Numa reação escandalosa, Receita e Ministério da Fazenda tentam convencer a opinião pública, plantando a versão na imprensa, de que Verônica teria pedido a quebra do próprio sigilo.
Por quê? Vai saber…
Uma procuração em seu nome teria sido apresentada ao posto do órgão em Santo André — cidade vizinha a Mauá, onde se executaram as outras violações —, solicitando o acesso a seus dados fiscais de 2008 e 2009. E a funcionária Lúcia de Fátima Gonçalves Milan teria feito, então, o trabalho. É estupendo!
Vai ver Verônica desconhecia as próprias declarações — e seu advogado ou contador , sei lá, não tinha nem mesmo uma cópia. Por alguma razão misteriosa, a “pessoa” que tinha a procuração foi solicitar o documento em… Santo André!
Pensando bem, por que fazê-lo em São Paulo, onde mora a “contribuinte”?
Tudo faz um baita sentido!!!
As datas
Partidários da candidata petista, entre a má fé e a estupidez, indagam:
“Por que eles precisariam fazer isso agora, quando Dilma está na frente?”
Quem disse que foi agora?
A violação do sigilo fiscal da filha de Serra foi executada em setembro do ano passado.
A violação do sigilo fiscal da filha de Serra foi executada em setembro do ano passado.
Pesquisa Datafolha feita um mês antes, no cenário que o PT considerava mais provável, mostrava o tucano com 44% das intenções de voto, contra 19% de Dilma Rousseff.
Num texto de ontem, afirmei que o partido é viciado em ilegalidade. Era unânime a avaliação de que Lula teria um candidato competitivo na disputa do ano seguinte.
Bastava construir a candidatura dentro dos rigores da lei.
Mas não!
O PT não consegue se encaixar nesse molde.
Isso é para quem respeita a democracia e a tem como valor inegociável.
Gravidade
Os dois episódios — a violação e a tentativa de montar uma farsa para explicá-la (falo em outro post sobre a atuação da AGU) — revestem-se da maior gravidade.
A mensagem é clara, e talvez o PT nem se incomode tanto com ela:
“NINGUÉM ESTÁ SEGURO”.
O PT deve é gostar da suspeita generalizada de que políticos, juízes, empresários, jornalistas estão submetidos ao mesmo expediente.
Isso faz dele um ente a ser temido.
É como se dissesse: “Podemos saber tudo sobre vocês: vida fiscal, vida bancária, telefonemas, e-mails…”
O partido se tornou, enfim, o Grande Irmão.
Ou a sociedade civil reage, ou se pode dar por extinto o estado de direito no Brasil.
Quem viola os sigilos de Verônica Serra não pode violar o de Cezar Peluso, presidente do Supremo?
Pode!
Quem viola o sigilo de Verônica Serra não pode violar o de Ophir Cavalcante, presidente da OAB?
Pode!
Até porque quem viola o sigilo de Mônica Serra pertence à mesma escória que escarafunchou ilegalmente a vida do caseiro Francenildo Pereira.
Escrevi aqui: não pergunte quem é Francenildo.
Francenildo são vocês.
Francenildo somos nós.
Francenildo são vocês.
Francenildo somos nós.
O círculo se fecha
Todas as pessoas ligadas ao PSDB que, comprovadamente, tiveram seu sigilo quebrado eram personagens de um suposto primeiro capítulo de um suposto livro de autoria do ex-jornalista Amaury Ribeiro Jr., aquele que pertencia à turma do Lanzetta, lembram-se?
O texto que circulou nos “blogs sujos”, como os chama Serra — um é financiado por uma estatal; outro é de um funcionário do governo —, fazia já referência a dados que estão nas declarações violadas.
É claro que o rapaz, a serviço, aproveitou para fazer suas próprias ilações.
Não há por onde: repórteres da Folha e da VEJA encontraram o sigilo de Eduardo Jorge com os petistas da campanha de Dilma; todas as pessoas ligadas ao PSDB que tiveram sua vida fiscal violada estavam no “livro” do ex-jornalista, que pertencia ao grupo de Lanzetta, contratado por Fernando Pimentel, que era, então o papagaio de pirata de Dilma — hoje ele foi substituído por José Eduardo Cardozo, o petista “sério e ético”.
Previ ontem que acabariam culpando Verônica pela própria quebra do sigilo.
Na lata!
Faço outra previsão: aposto que quebraram também o sigilo de seu marido.
Por quê?
Ele também era citado naquele papelório. Mas Dilma continua a cobrar:
“Onde estão as provas?”
O país não assiste apenas à quebra da ordem legal. Estamos, também, diante de uma verdadeira revolução dos cínicos.
E começamos a perceber na prática a que veio o aparelhamento do estado.
Hora de reagir ou de se ajoelhar.
01/09/2010
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