Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Receita e Ministério da Fazenda reeditam farsa típica do stalinismo e culpam filha de Serra pela violação do próprio sigilo


Receita e Ministério da Fazenda reeditam farsa típica do stalinismo e culpam filha de Serra pela violação do próprio sigilo


O que é O País dos Petralhas?

Uma coletânea de textos deste escriba lançada em livro em que essa coreografia de estado totalitário que o PT executa está descrita — às vezes, antecipada — em detalhes.

Ah, sim: já vendeu 50 mil exemplares, antes que os protagonistas do livro perguntem…

O caso da violação do sigilo fiscal de Verônica, filha do presidenciável tucano José Serra, elimina dúvidas que ainda pudessem resistir no coração dos crédulos sobre a natureza do “trabalho” que se fez na Receita Federal.

A exemplo das farsas stalinistas clássicas, culpa-se a vítima pelo mal que lhe cai sobre a cabeça.

Escreverei outros posts sobre o assunto.

Todos sobre coisas de estarrecer.



Numa reação escandalosa, Receita e Ministério da Fazenda tentam convencer a opinião pública, plantando a versão na imprensa, de que Verônica teria pedido a quebra do próprio sigilo.

Por quê? Vai saber…

Uma procuração em seu nome teria sido apresentada ao posto do órgão em Santo André — cidade vizinha a Mauá, onde se executaram as outras violações —, solicitando o acesso a seus dados fiscais de 2008 e 2009. E a funcionária Lúcia de Fátima Gonçalves Milan teria feito, então, o trabalho. É estupendo!

Vai ver Verônica desconhecia as próprias declarações — e seu advogado ou contador , sei lá, não tinha nem mesmo uma cópia. Por alguma razão misteriosa, a “pessoa” que tinha a procuração foi solicitar o documento em… Santo André!

Pensando bem, por que fazê-lo em São Paulo, onde mora a “contribuinte”?

Tudo faz um baita sentido!!!

As datas

Partidários da candidata petista, entre a má fé e a estupidez, indagam:

“Por que eles precisariam fazer isso agora, quando Dilma está na frente?”


Quem disse que foi agora?
A violação do sigilo fiscal da filha de Serra foi executada em setembro do ano passado.

Pesquisa Datafolha feita um mês antes, no cenário que o PT considerava mais provável, mostrava o tucano com 44% das intenções de voto, contra 19% de Dilma Rousseff.

Num texto de ontem, afirmei que o partido é viciado em ilegalidade. Era unânime a avaliação de que Lula teria um candidato competitivo na disputa do ano seguinte.

Bastava construir a candidatura dentro dos rigores da lei.

Mas não!

O PT não consegue se encaixar nesse molde.



Assim como o presidente violou de forma sistemática, escancarada, a Lei Eleitoral — e outras tantas regras do decoro — para “fazer” a sua candidata, o partido violou a Constituição, fez o trabalho sujo e quebrou o sigilo dos “inimigos” — o PT não consegue ter “adversários” apenas.

Isso é para quem respeita a democracia e a tem como valor inegociável.

Gravidade

Os dois episódios — a violação e a tentativa de montar uma farsa para explicá-la (falo em outro post sobre a atuação da AGU) — revestem-se da maior gravidade.

A mensagem é clara, e talvez o PT nem se incomode tanto com ela:

“NINGUÉM ESTÁ SEGURO”.

O PT deve é gostar da suspeita generalizada de que políticos, juízes, empresários, jornalistas estão submetidos ao mesmo expediente.

Isso faz dele um ente a ser temido.

É como se dissesse: “Podemos saber tudo sobre vocês: vida fiscal, vida bancária, telefonemas, e-mails…”

O partido se tornou, enfim, o Grande Irmão.

Ou a sociedade civil reage, ou se pode dar por extinto o estado de direito no Brasil.

Quem viola os sigilos de Verônica Serra não pode violar o de Cezar Peluso, presidente do Supremo?

Pode!

Quem viola o sigilo de Verônica Serra não pode violar o de Ophir Cavalcante, presidente da OAB?

Pode!

Até porque quem viola o sigilo de Mônica Serra pertence à mesma escória que escarafunchou ilegalmente a vida do caseiro Francenildo Pereira.

Escrevi aqui: não pergunte quem é Francenildo.

Francenildo são vocês.

Francenildo somos nós.


O círculo se fecha

Todas as pessoas ligadas ao PSDB que, comprovadamente, tiveram seu sigilo quebrado eram personagens de um suposto primeiro capítulo de um suposto livro de autoria do ex-jornalista Amaury Ribeiro Jr., aquele que pertencia à turma do Lanzetta, lembram-se?

O texto que circulou nos “blogs sujos”, como os chama Serra — um é financiado por uma estatal; outro é de um funcionário do governo —, fazia já referência a dados que estão nas declarações violadas.

É claro que o rapaz, a serviço, aproveitou para fazer suas próprias ilações.

Não há por onde: repórteres da Folha e da VEJA encontraram o sigilo de Eduardo Jorge com os petistas da campanha de Dilma; todas as pessoas ligadas ao PSDB que tiveram sua vida fiscal violada estavam no “livro” do ex-jornalista, que pertencia ao grupo de Lanzetta, contratado por Fernando Pimentel, que era, então o papagaio de pirata de Dilma — hoje ele foi substituído por José Eduardo Cardozo, o petista “sério e ético”.

Previ ontem que acabariam culpando Verônica pela própria quebra do sigilo.

Na lata!

Faço outra previsão: aposto que quebraram também o sigilo de seu marido.

Por quê?

Ele também era citado naquele papelório. Mas Dilma continua a cobrar:


“Onde estão as provas?”

O país não assiste apenas à quebra da ordem legal.

Estamos, também, diante de uma verdadeira revolução dos cínicos.

E começamos a perceber na prática a que veio o aparelhamento do estado.

Hora de reagir ou de se ajoelhar.
01/09/2010

0 comentários: