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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

“Pequena grande mentecapta”



Celso Arnaldo Araújo
e

Augusto Nunes


Maior especialista em dilmês do país, o jornalista Celso Arnaldo Araújo resolveu assistir a uma aula da candidata que Lula inventou.


Tema: educação.

O relato comprova que Dilma Rousseff representa um perigo para qualquer brasileiro com mais de dois neurônios: é de matar de rir — e de morrer de medo:


Na redação da revista Manchete, no Rio, onde trabalhei nos meus primeiros cinco anos de carreira, foram bolados alguns dos mais saborosos – porque bem temperados entre a genialidade e a infâmia – títulos de reportagem do jornalismo “fait divers” no Brasil. Muitos ficaram célebres, como “China vai de Mao a Piao” – quando o líder chinês Mao Tse-Tung, doente, foi provisoriamente substituído no governo por seu ministro de Defesa, Lin Piao.


Dei também minhas contribuições a esse capítulo – e meu título mais “escandaloso” foi para uma matéria sobre um médium espírita anão que atraía multidões em Porto Alegre com seu poder de cura:


“O PEQUENO GRANDE MÉDIUM”

Lembro desse episódio anedótico a propósito de…Dilma Rousseff. Sim, a “Pequena grande mentecapta” que, se tudo correr mal, será nossa presidente a partir de primeiro de janeiro de 2011. Há pelo menos dois anos avisada de que Lula lhe apontaria o “dedazo” zapatista para ser sua sucessora, ela teve todo esse tempo para tentar ficar pelo menos à meia altura da missão que lhe caiu ao colo.


Mas o dedo apontado deve ter sido o mindinho esquerdo, ausente – e por isso a indigitada Dilma não se preparou nem minimamente para conhecer e discorrer sobre os temas de maior peso na vida de um país emergente e ainda repleto de carências: saúde, educação, segurança, etc.


Como se viu pelo
vídeo anterior, a proposta de Dilma para a saúde pública não tem o alcance de um band-aid – seu desconhecimento sobre o tema, a 30 dias de sua provável eleição, revelou-se assustador. Na mesma “entrevista”, na verdade uma desastrada tentativa de voo-solo para mostrar aura de estadista, ela chegou a ensaiar um blá-blá-blá tatibitate sobre educação – mas parou na iminência de um edema de glote, quase engasgada com o “ensino mé, fundá, médio-fundamental, ou seja, o ensino básico.”

Mas a Dra. Dilma Rousseff, que também não tem o menor senso de autocrítica, o que é próprio dos grandes mentecaptos, deve ter dado alta com louvor para sua doentia performance sobre saúde e repetiu o diagnóstico, no mesmo cenário, a porta de casa – desta vez para completar seu pensamento vivo sobre educação.


Com a mesma blusa branca, a agora Professora Dilma, que acabara de receber o presidente da CNI, “o Robinson”, pôs-se a divagar, já na forma de planos de governo, sobre ideias que acabara de ouvir de orelhada na reunião e que, mal processadas por seu neurônio duplo, resultaram em mais um show de despreparo e desconhecimento absolutos e irreparáveis.


O tumor da Receita é grave e metastático, característica do adenocarcinoma petista. Mas o estado de ignorância integral, mediado pela má-fé, que a candidata quase eleita demonstra sem trégua há 11 meses me parece ainda mais preocupante – porque será doença crônica e incapacitante durante pelo menos quatro anos. Ela não sabe nada sobre o País que pode vir a governar – nem sobre o que fazer com ele.


Na saída da reunião, entre triunfante e compenetrada, começou a falar sobre os “problemas da era do crescimento”. Ou seja, o Brasil de Lula cresceu tanto que, se melhorar, estraga.


“O país, chegando quase ao pleno emprego, nós vamos precisá de qualificá bastante a nossa mão de obra para podê dá um salto”, recita a candidata que dará o maior salto de sua vida sem precisá de se qualificá nem um pouquinho.


Muitas sugestões ouvidas do presidente da CNI viraram “plano de governo” no caminho da sala da casa à calçada da coletiva:


“A CNI tem um processo que é muito interessante di, i qui afina-se com a minha proposta em relação ao ProMédio (programa de bolsas de estudo para alunos de ensino médio e baixa renda, ainda uma ficção), que é combiná o ensino médio com o ensino profissionalizante. Então, no nosso caso, a gente utilizaria, né, as vagas tanto nas escolas, é, nos institutos federais tecnológicos e também de todas as entidades privadas que prestam cursos profissionalizantes. Então a gente compraria vagas e complementaria o ensino técnico com o ensino médio, articulando um no outro. Eles chamam isso de ensino articulado”.


Dilma também gostou muito de algo que ouviu do presidente da CNI sobre o ensino em regiões remotas. Já encampou a ideia, mas vamos ver se ela entendeu direitinho:


“E outra sugestão muito interessante que eu achei é em pequenas cidades no Amazonas usar o ensino técnico móvel. Seria uma capacitação muito parecida com que nós fazemos no Brasil Profissionalizante, que é, por exemplo, eles operam muito com caminhões ou com ônibus. Ali, a escola chega, eles formam eletricistas. Nós fizemos isso aliás no Luz para Todos. No Luz para Todos faltava eletricista e a gente tinha de formá nos próprios lugares”.


Deve ser um projeto maravilhoso, mas a versão de Dilma, aparentemente, é meio esquisita.

Caminhões e ônibus transportam muito poucas coisas no Amazonas, um estado basicamente fluvial. Um caminhão ou um ônibus chegando a uma cidade remota com uma escola dentro seria um acontecimento. Se me falta a luz necessária para entender o programa, não faltarão eletricistas para nos iluminar a todos.


Esses são apenas os primeiros quatro minutos do vídeo. Há mais cinco minutos impagáveis — mas que pagaremos caro.


Divirtam-se com a Escolinha Média Fundamental Básica Profissionalizante da Professora Dilma.




Direto ao Ponto


02/09/2010

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