Ou: A lama espreita Mantega
Por Reinaldo Azevedo
Leiam o que informa a Agência Estado. Volto em seguida:
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tentou despolitizar a quebra do sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB.
De acordo com ele, o episódio não envolveu apenas pessoas ligadas a partidos políticos.
Mantega deixou claro que está descartada a possibilidade de exoneração do secretário da Receita, Otacílio Cartaxo.
“Eu não cogito substituir o secretário Cartaxo”, disse ele, em entrevista coletiva realizada em São Paulo, na sede da Caixa Econômica Federal (CEF).
De acordo com ele, o episódio não envolveu apenas pessoas ligadas a partidos políticos.
Mantega deixou claro que está descartada a possibilidade de exoneração do secretário da Receita, Otacílio Cartaxo.
“Eu não cogito substituir o secretário Cartaxo”, disse ele, em entrevista coletiva realizada em São Paulo, na sede da Caixa Econômica Federal (CEF).
O ministro afirmou que não só a Receita está trabalhando exaustivamente para apurar os fatos, mas também a Corregedoria, que é um órgão independente.
“Ninguém está encarando essa questão com mais seriedade do que nós, mas não há sistemas invioláveis.
Até poucos dias se comprava disquetes em São Paulo com informação da Receita e eu já dei orientações para que a Receita mude o sistema de segurança sempre que houver vazamentos, porque os contraventores sempre acham uma forma de quebrar a segurança do sistema.”
“Ninguém está encarando essa questão com mais seriedade do que nós, mas não há sistemas invioláveis.
Até poucos dias se comprava disquetes em São Paulo com informação da Receita e eu já dei orientações para que a Receita mude o sistema de segurança sempre que houver vazamentos, porque os contraventores sempre acham uma forma de quebrar a segurança do sistema.”
O que significa “despolitizar a quebra do sigilo”?
Já sei: fazer de conta que o tucano José Serra não é um político.
Já sei: fazer de conta que o tucano José Serra não é um político.
Guido Mantega merecia, até esse episódio ao menos, o respeito e a consideração de muita gente que não alimenta lá grandes simpatias pelo PT.
Não que tivessem apreço por suas idéias — como qualquer petista, ele fez, no poder, o contrário do que pregava quando na oposição, o que em si não é ruim —, mas era tido como alguém pessoalmente correto.
Não que tivessem apreço por suas idéias — como qualquer petista, ele fez, no poder, o contrário do que pregava quando na oposição, o que em si não é ruim —, mas era tido como alguém pessoalmente correto.
Está fazendo questão de mergulhar sua biografia na lama de crimes contra a Constituição.
Reportagens do Estadão fizeram picadinho das explicações da Receita.
Não sobrou uma só.
E ele segue confiando no trabalho de Cartaxo…
Reportagens do Estadão fizeram picadinho das explicações da Receita.
Não sobrou uma só.
E ele segue confiando no trabalho de Cartaxo…
Não!
Eu não estava entre os admiradores de Mantega.
Como ele não era candidato a meu amigo, a sua eventual correção pessoal me era irrelevante.
Além dela, exijo que seja correto com a coisa pública.
Jorge Rachid, ex-secretário da Receita, FOI DEMITIDO POR RAZÕES PURAMENTE POLÍTICAS.
E foi Mantega quem o demitiu.
No lugar, nomeou Lina Vieira.
Apostava-se na “petização” do órgão.
Sem entrar no mérito do trabalho da secretária também demitida, o fato é que ela se negou a transformar a Receita numa subdivisão da Casa Civil.
O entrevero que teve com Dilma Rousseff o prova.
É possível que houvesse irregularidades aqui e ali na Receita.
Mas ela se transformou num bordel depois que Rachid saiu.
Um trabalho de anos está sendo corrompido de maneira deplorável.
Mas ela se transformou num bordel depois que Rachid saiu.
Um trabalho de anos está sendo corrompido de maneira deplorável.
A tática empregada agora repete a do mensalão: naquele caso, negou-se o crime político, de Estado — compra do Congresso pelo Poder Executivo — para se admitir o crime eleitoral.
Agora, nega-se a intenção político-partidária das quebras de sigilo para transformar tudo numa mera ação de quadrilha envolvida com venda de dados.
Agora, nega-se a intenção político-partidária das quebras de sigilo para transformar tudo numa mera ação de quadrilha envolvida com venda de dados.
Para negar a evidência dos fatos, Mantega não se incomoda em declarar que a Receita é uma zona.
Entendo.
Dilma é candidata a mãe do Brasil.
Entendo.
Dilma é candidata a mãe do Brasil.
A Receita, então, já é a casa-da-mãe-Dilma, como já sabia Lina Vieira.
03/09/2010
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