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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

NIÓBIO: UMA TRAIÇÃO DE LULA?


Supercondutor

Nióbio, riqueza desprezada pelo Brasil


Por Edvaldo Tavares

Países ricos gostariam de tê-lo extraído do seu solo, enquanto o Brasil é o único fornecedor mundial, e dispensa pouca importância e esse metal com tão vastas qualidades e de incontáveis aplicações, do qual é o único fornecedor mundial, e que com uma pequena parte bem paga desse metal estratégico, eliminaria a pobreza estruturada no Brasil, e pagaria nossa dívida externa.

Inúmeras são as aplicações do Nióbio (Nb), indo desde as envolvidas com artigos de beleza, como as destinadas à produção de jóias, até o emprego em indústrias nucleares. Na indústria aeronáutica, é empregado na produção de motores de aviões a jato, e equipamentos de foguetes, devido a sua alta resistência a combustão. São tantas as potencialidades do nióbio que a baixas temperaturas se converte em supercondutor.

O Brasil com reserva de mais de 97%, em Catalão e Araxá, é o maior produtor mundial de nióbio e o consumo mundial é de aproximadamente 37.000 toneladas anuais do minério totalmente brasileiro.


As pressões externas que subjugam o povo brasileiro

Ronaldo Schlichting, da Liga da Defesa Nacional, em seu excelente artigo, que jamais deveria ser do desconhecimento do povo brasileiro, chama a atenção sobre a "Questão do Nióbio" e convoca todos os brasileiros para que digam não à doutrina da subjugação nacional.

Qualquer tipo de riqueza nacional, pública ou privada, de natureza tecnológica, científica, humana, industrial, mineral, agrícola, energética, de comunicação, de transporte, biológica, assim que desponta e se torna importante, é imediatamente destruída, passa por um inexorável processo de transferência para outras mãos ou para seus 'testas de ferro' locais".

Os brasileiros têm que ser convencidos de que o Brasil está em guerra e que de nada adianta ser um país pacífico.

Os inimigos são implacáveis e passivamente o povo brasileiro está assistindo a desmontagem do país. Na guerra assimétrica, de quarta geração de influências sutis, não há inicialmente uso de armas e bombardeios com grande mortandade. O processo ocorre de forma sub-reptícia, com a participação ativa de colaboracionistas, entreguistas, corruptos, lobistas e traidores.

O povo na sua esmagadora maioria desconhece o que de gravíssimo está ocorrendo na sua frente e não esboça nenhum tipo de reação.

Por trás, os países hegemônicos, mais ricos, colonizadores, injetam volumosas fortunas em suas organizações nacionais e internacionais (ONGs, religiosas, científicas, diplomáticas) para corromperem e corroerem as instituições e autoridades nacionais para conseqüentemente solaparem a moral do povo e esvaziar a vontade popular. Este tipo de acontecimento é presenciado no momento no Brasil.


As ações objetivas efetuadas

A sobretaxação do álcool brasileiro nos EUA; as calúnias internacionais sobre o biodiesel; a não aceitação da lista de fazendas para a venda de carne bovina para a União Européia (UE); a acusação do jornal inglês "The Guardian" de que a avicultura brasileira estaria avançando sobre a Amazônia; as insistentes tentativas pra a internacionalização da Amazônia; a possível transformação da Reserva Indígena Ianomâmi (RII), 96.649Km2, e Reserva Indígena Raposa Serra do Sol (RIRSS), 160.000Km2, em dois países e o conseqüente desmembramento do norte do Estado de Roraima e incontáveis outras tentativas, algumas ostensivas, outras insidiosas.

Elas deixam claro que estamos no meio de uma guerra assimétrica de quarta geração, que o desfecho poderá ser o ataque de forças armadas coligadas (OTAN), lideradas pelos Estados Unidos da América do Norte.

É importante chamar a atenção dos brasileiros para o fato de que a RII é para 5.000 indígenas e que a RIRSS é para 15.000 indígenas. Somando as duas reservas indígenas dão 256.649Km2 para 20.000 silvícolas de etnias diferentes, que na maioria nunca viveram nas áreas, muitos aculturados e não reivindicaram nada. Enquanto as duas reservas indígenas somam 256.649Km2 para 20 mil almas, a Inglaterra com 258.256Km2 abriga uma população de aproximadamente 60 milhões de habitantes.


As diversas aplicações do Nióbio

Entre os metais refratários, o nióbio é o mais leve prestando-se para a siderurgia, aeronáutica e largo emprego nas indústrias espacial e nuclear. Na necessidade de aços de alta resistência e baixa liga e de requisição de superligas indispensáveis para suportar altas temperaturas como ocorre nas turbinas de aviões a jato e foguetes, o nióbio adquire máxima importância. Podem ser exemplificados outros empregos do nióbio na vida moderna: produção de aço inoxidável, ligas supercondutoras, cerâmicas eletrônicas, lente para câmeras, indústria naval e fabricação de trens-bala, de armamentos, indústria aeroespacial, de instrumentos cirúrgicos, e óticos de precisão.


O descaso nas negociações internacionais

A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), a maior exploradora mundial, do Grupo Moreira Salles e da multinacional Molycorp, em Araxá, exporta 95% do nióbio extraído de Minas Gerais.

Segundo o artigo de Schlichting, que menciona o citado no jornal Folha de São Paulo, 5 de novembro de 2003: "Lula passou o final de semana em Araxá em casa da CBMM do Grupo Moreira Salles e da multinacional Molycorp..."

E, complementa que "uma ONG financiou projetos do Instituto Cidadania, presidido por Luiz Inácio da Silva, inclusive o 'Fome Zero', que integra o programa de governo do presidente eleito".

O Brasil como único exportador mundial do minério não dá o preço no mercado externo, o preço do metal quase 100% refinado é cotado a US$ 90 o quilo na Bolsa de Metais de Londres, enquanto que totalmente bruto, no garimpo o quilo custa 400 reais. Na cotação do dólar de hoje (R$ 1,75), R$ 400,00 = $ 228,57. Portanto, $ 228,57 - $ 90,00 = $ 138,57.

Como conclusão, o sucesso do governo atual nas exportações é "sucesso de enganação". O brasileiro é totalmente ludibriado com propagandas falsas de progressos nas exportações, mas, em relação aos negócios internacionais, de verdadeiro é a concretização de maus negócios.

Nas jazidas de Catalão e Araxá o nióbio bruto, extraído da mina, custa 228,57 dólares e é vendido no exterior, refinado, por 90 dólares. Como é que pode ocorrer tal tipo de transação comercial com total prejuízo para a população do país?

As maiores reservas de Nióbio no mundo, estão na agora intocável Reserva Raposa-Serra do Sol em Roraima, decretada em 2005, por Lula.

Os USA e Comunidade Européia aplaudiram de pé esse ato.

É muito descaso com as questões do país e o desinteresse com o bem-estar do povo brasileiro. Como os EUA, a Europa e o Japão são totalmente dependentes do nióbio e o Brasil é o único fornecedor mundial, era para todos os problemas econômicos, a liquidação total da dívida externa e de subdesenvolvimento serem totalmente resolvidos.

Deve ser frisada a grande importância do nióbio e a questão do desmembramento de gigantescas fatias de territórios da Amazônia, ricas deste metal e de outras jazidas minerais já divulgadas. As pressões externas são demasiadas e visam à desmoralização das instituições brasileiras das mais diversas formas, conforme pode ser comprovado nas políticas educacionais e nos critérios de admissão de candidatos às universidades. Métodos que corrompem autoridades destituídas de valores morais são procedimentos que contribuem para a desmontagem do país.

Uma gama extensa de processos que permitam os traidores obterem vantagens faz parte para ampliar a divulgação da descrença, anestesiando o povo, dando a certeza de que o Brasil não tem mais jeito.

A questão do nióbio é tão vergonhosa que na realidade o mundo todo consome l00% do nióbio brasileiro, sendo que os dados oficiais registram como exportação somente 40%. Anos e anos de subfaturamento tem acumulado um prejuízo para o país de bilhões e bilhões de dólares anuais.

O que está ocorrendo é que o Brasil está vendendo, quase doando, todas as suas riquezas de qualquer jeito e recebendo o pagamento em moeda podre, sem qualquer valor, ficando caracterizada uma traição ao país e ao povo brasileiro.


5 comentários:

Joana D'Arc disse...

Há anos que eu levanto essa questão do Nióbio...
Parece que todo novo governo é chamado lá em Araxá para uma conversa ao pé do ouvido...
Coisas do tipo: deixe como está, senão...

Anônimo disse...

Tem me chamado a atenção esse caso do "nióbio". É grave.
E os políticos não abrem a boca. Todos com cara de paisagem.
Tá tudo dominado. Como vamos sair das trevas?

Laguardia disse...

Parte 1

Está circulando pela internet, em e-mails e blogs, um artigo sobre o nióbio. Este artigo demonstra o que afirmei anteriormente, que a internet, assim como o papel, aceita tudo, inclusive informações estapafúrdias, postadas por pessoas irresponsáveis e / ou mal intencionadas que fazem afirmações sobre o que não compreendem.

Neste post e nos próximos, vamos abordar, com referências, alguns pontos levantados por este e-mail que está em circulação.

1. A primeira informação equivocada é de que o Brasil é o único fornecedor de nióbio e que 98% das jazidas desta liga se encontrem no Brasil.

Esta informação é improcedente. Apesar do Brasil fornecer cerca de 80% do nióbio consumido no mundo, há outros produtores de nióbio localizados no Canadá, Rússia e outros países do mundo.

A Niocan, por exemplo, no Canadá, fornece mais de 10% do consumo mundial de nióbio. O site da empresa é: http://www.niocan.com/intro.asp,

O Nióbio também é oferecido pela empresa Russa SpecMetallMaster Company. O site desta empresa é http://specmetal.ru/en/niobium

O Brasil tem 80% da capacidade mundial de produção de Nióbio e 77% das reservas conhecidas. Fonte desta informação: http://www.metallurgvanadium.com/columbiumpage.html

Em Mabounie, a 200 km a sudoeste de Liberville, capital do Gabão, foi descoberto um depósito significativo de nióbio, com características semelhantes as reservas de Araxá. O Gabão espera, com a exploração desta mina, suprir 15% da demanda mundial de nióbio. Fonte: http://www.mbendi.com/indy/ming/othr/af/ga/p0005.htm

Há ocorrências de nióbio também nos Estados Unidos, Austrália, Rwanda, Nigéria, Etiópia, Moçambique e outros países. Muitas destas ocorrências não são viáveis para a exploração devido ao fator custo benefício. Fonte: http://minerals.usgs.gov/minerals/pubs/commodity/niobium/mcs-2008-niobi.pdf

Outro fator muito importante que deve ser levado em consideração é que o nióbio pode ser substituído facilmente por outras ligas, como o molibdênio, o vanádio, tântalo, titânio etc. Fonte: http://minerals.usgs.gov/minerals/pubs/commodity/niobium/mcs-2008-niobi.pdf

Laguardia disse...

Parte 2

O e-mail e os posts também dizem que há fortes indícios que a própria FUNAI esteja envolvida no contrabando do nióbio, usando índios para envio do minério à Guiana Inglesa, e dali aos EUA e Europa.

Esta é uma das argumentações mais absurdas contidas no documento em questão, pelos seguintes motivos:

O elemento nunca foi encontrado livre na natureza. É encontrado em minerais tais como niobita (columbita) (Fe, Mn)(Nb, Ta)2O6, niobita-tantalita [(Fe,Mn)(Ta,Nb)2O6], pirocloro (NaCaNb2O6F ),e euxenita [(Y,Ca, Ce, U, Th)(Nb, Ta, Ti)2O6]. Minerais que contém nióbio geralmente contém também o tântalo.

Os grandes depósitos de nióbio são em geral produzidos pela alteração de rochas como carbonatitos e kimberlitos que são naturalmente enriquecidos neste que é um elemento incompativel, representando então depositos de concentração residual. Fonte da informação: http://ge902niobio.wordpress.com/o-niobio/geologia/

Portanto há todo um processo industrial para se separar o nióbio dos outros elementos aos quais está associado.

Segundo artigo de Pedro Jacobi, o maior depósito de nióbio conhecido fica na região de Seis Lagos, em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas há 60 km da fronteira da Venezuela. A concentração de nióbio no minério é de 2,81% - Fonte: http://www.geologo.com.br/seislagos.asp

Isto significa que para cada tonelada de minério retirada tira-se depois de um longo processo industrial, 28 kg de nióbio.

O processo de retirada de nióbio é complexo e dispendioso. O minério tem que ser concentrado, lixiviado etc. para se retirar dele os outros elementos indesejáveis. Imaginem o movimento de terra necessário para se tirar 28 kg de nióbio e imaginem índios carregando todo este peso.

Sem falar nos equipamentos de mineração necessários, tais como escavadeiras, caminhões, usinas de concentração, de lixiviação etc. Pergunto, como é que a FUNAI sem toda esta estrutura industrial poderia fazer contrabando de nióbio?

Laguardia disse...

Parte 3

Ainda com relação ao nióbio, num destes e-mails o autor afirma: O Brasil como único exportador mundial do minério não dá o preço no mercado externo, o preço do metal quase 100% refinado é cotado a US$ 90 o quilo na Bolsa de Metais de Londres, enquanto que totalmente bruto, no garimpo o quilo custa 400 reais. Na cotação do dólar de hoje (R$ 1,75), R$ 400,00 = $ 228,57. Portanto, $ 228,57 - $ 90,00 = $ 138,57.

Esta afirmação não tem sentido. Não existem preços oficiais ou publicados para nióbio ou tântalo, estes metais não são comercializados em nenhuma bolsa de vendas (Bolsa de Londres ou qualquer outra). O preço é diretamente negociado entre o vendedor e o comprador. Fonte: http://tanb.org/niobium.

Concluímos, portanto, que a informação sobre o preço do nióbio ser determinado pela bolsa de Londres é totalmente falsa.

Além do mais, a maior produtora mundial de nióbio, a CBMM, comercializa diretamente seus produtos através de suas subsidiárias no exterior.

A CBMM é a única produtora de nióbio com presença em todos os segmentos de mercado. Com subsidiárias na Europa (CBMM Europe BV - Amsterdam), Asia (CBMM Asia Pte - Cingapura) e na América do Norte (Reference Metals Company Inc. - Pittsburgh), a CBMM dedica atenção especial aos consumidores, onde quer que estejam no mapa-mundi. Fonte: http://www.cbmm.com.br/portug/index.html

Nas jazidas de Catalão e Araxá o nióbio bruto, extraído da mina, custa 228,57 dólares e é vendido no exterior, refinado, por 90 dólares. Como é que pode ocorrer tal tipo de transação comercial com total prejuízo para a população do país? As maiores reservas de Nióbio no mundo, estão na agora intocável Reserva Raposa-Serra do Sol em Roraima.

O autor não indica sua fonte de informação dom relação ao custo de produção. Mas considerando que as duas empresas, tanto a de Catalão como a CBMM, são empresas particulares que visam lucro e têm seus balanços publicados anualmente, vê-se que a afirmação de que operam com prejuízo, (custo de produção maior do que o custo de venda), é totalmente despropositada.

Acredito que com estes três posts sobre o Nióbio no Brasil possamos colocar uma pá de cal definitivamente sobre estes argumentos extremamente inverídicos que circulam na web.

Os leitores devem sempre verificar as fontes de informação que chegam através da internet, porque, infelizmente, nem todos os internautas são pessoas sérias, éticas, que trabalham com a verdade dos fatos.

Uma nação soberana, um Estado Democrático de Direito, não se constroi com mentiras como estas que estão circulando na Internet.