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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A CONSPIRAÇÃO DOS MENTIROSOS NO RODA VIVA, A “EMISSORA TUCANA” A SERVIÇO DO PT





O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi o entrevistado ontem do programa “Roda Viva”, da TV Cultura.

Na bancada de entrevistadores, os jornalistas Ricardo Gandour (Estadão), Sérgio Dávila (Folha) e Ancelmo Gois (O Globo).

Pode-se gostar ou não do grupo, mas faz sentido, é evidente!



Estavam também presentes a professora de história da USP Lilia Schwarcz — o sentido já começa a falecer — e a militante petista Maria Rita Kehl, que é a ausência completa de sentido.

Curioso! Há dias, Fernando Haddad, virtual candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, foi entrevistado no mesmo programa. Noticiou, então, o Painel, da Folha:


Chamada a entrevistar Haddad hoje no “Roda Viva”, Maria Helena Castro foi posteriormente desconvidada pela TV Cultura. A emissora disse à tucana, presidente do Inep na gestão FHC e secretária da Educação no governo de José Serra, que optou por ter apenas jornalistas na bancada.


Sim, isso aconteceu. E olhem que os petistas costumam acusar a Cultura de ser uma “TV tucana”, o que é uma piada grotesca. Não por acaso, como se vê na imagem abaixo, o site dos “Amigos do Presidente Lula” comemorou a decisão. Vejam. Volto em seguida.




Para Haddad, só jornalistas. Para FHC, Lilia Schwarcz e Maria Rita Kehl. Adiante! E pouco me importa se ele concordou previamente com a bancada ou não. Por temperamento, se avisassem que haveria um porco espinho na bancada, não faria restrição.

Jornalistas, tenham lá a visão de mundo que tiverem, têm de ter compromisso com os fatos. É a sua matéria-prima. Há muito tempo, no Brasil, setores da academia estão comprometidos com uma ideologia, uma visão de mundo. Se preciso, fraudam a história para justificar suas escolhas ou, eventualmente, para puxar o saco de uma corporação.

Foi o que fez Lilia. No caso de Maria Rita, a coisa é mais grave. Ela é psicanalista, a “lacaniana” de plantão dos “descolados” do circuito Jardins-Vila Madalena.

Com freqüência, e demonstrou isso outra vez no Roda Vida, não diz coisa com coisa, atrapalha-se na articulação de estruturas binárias. A razão é simples: quase sempre está militando e quase nunca está pensando. Estrelou o grande momento de “lacanagem” do Roda Viva.


Sigamos. Jornalistas ou não, as pessoas têm lá, reitero, sua visão de mundo, sua ideologia, suas convicções. É legítimo. Um mesmo fato pode ser visto segundo valores distintos.

MAS MENTIR NÃO É ACEITÁVEL. 

Maria Rita e Lilia, no entanto, resolveram ignorar os fatos, atropelar a verdade, fraudar a história ao comentar os episódios da USP. A íntegra da entrevista está aqui. O trecho que vou transcrever (em vermelho) se encontra entre 1h20min e 1h23min.


Mário Sérgio Conti (mediador) - Ainda não questão “Educação”, mas menor (?), a Maria Rita quer fazer uma pergunta…


Curiosidade: como Mário Sérgio Conti sabia qual seria o tema da pergunta de Kehl?

Estava previamente combinado?


Maria Rita - É uma pergunta dupla. Vamos ver se eu consigo juntar as pontas.
A polícia de São Paulo, enfim, estado governado pelo seu partido, tem sido muito violenta e há muito tempo. Há uma certas apatia. Para dar um exemplo, que todo mundo conhece, depois dos ataques do PCC em maio de 2006, houve extermínio de gente, e crimes não esclarecidos até hoje, intimidação das famílias, enfim…

Aí, de uma maneira um pouco mais banal, manifestações populares são reprimidas de uma maneira injustificada…
Manifestações contra o aumento de ônibus com aposentados e estudantes… e muito reprimidas, sem necessidade.

Então eu queria ver se dá para perguntar duas coisas paralelas:
em primeiro lugar, como é que o senhor vê o movimento dos estudantes da USP, que não é exatamente contra a presença da polícia no campus, mas o modo como a polícia desrespeita direitos. E é universal a manifestação; não é que eles querem pra eles respeito, e não para a favela de São Remo, ali do lado. Mas tá sendo muito divulgava como uma manifestação de garotos mimados, ricos, que querem privilégios. Isso é um lado.

Por outro lado, parece que não tem a ver, mas acho que tem, como é que o senhor encara a criação da Comissão da Verdade
e os limites…

E como é que é essa Comissão da Verdade e o que se pode esperar dela. Porque a polícia brasileira… O Brasil é o único país da América Latina que não apurou os crimes da ditadura militar e cuja polícia, hoje, mata mais do que matou durante a ditadura militar. Então tem aí alguma ligação…


Comento

Raramente assisti a tamanha manifestação de desonestidade intelectual. Maria Rita recorre à mentira em sentido clássico mesmo: os fatos dizem uma coisa, e ela, o avesso. E também mente por aquilo que omite, aí já é um troço um pouco mais elaborada.

Num programa em que fez uma análise correta, serena, firme do governo Dilma, FHC deu uma péssima resposta porque essencialmente desinformada. Não vou transcrevê-la porque levaria tempo demais. Com ressalvas aqui e ali, acabou concordando com Maria Rita e, pois, endossando uma coleção de fraude factuais.

Vamos lá. Maria Rita está mentindo, e espero que ela não perca seu tempo me processando porque tenho aqui uma pilha de panfletos dos invasores da USP. A primeira reivindicação é “a PM fora do campus”, SIM, SENHORA!!!

“Fora”, dona Maria Rita, mesmo no mundo da lacanagem, quer dizer “fora”; e “dentro”, “dentro”. Quem precisa negar um fato para justificar sua análise não passa de um picareta intelectual. Há outros absurdos em sua fala. Já chego lá. Quero agora me fixar um pouquinho em seu modo de pensar.



Além de militante petista — e era nessa condição que estava no Roda Viva —, Maria Rita é psicanalista. Consta que é lacaniana. Huuummm… A linguagem exerce, assim, papel importante no seu ofício. Releiam a sua fala. Diz que vai fazer uma “pergunta dupla”, seja lá o que isso signifique, para, depois, “juntar as duas pontas”. Em seguida, afirma que são “perguntas paralelas”.

Maria Rita, então, tentará o que ninguém ousou até hoje: O CRUZAMENTO DAS PARALELAS. A primeira pergunta é sobre a USP; a segunda — “por outro lado, parece que não tem a ver, mas acho que tem” — é sobre a Comissão da Verdade. Entenderam??? “Por outro lado, parece que não tem a ver, mas tem…” É o que chamo linguagem da “lacanagem”. Estamos no meio de um tumulto mental, mas o propósito, é evidente.


Volto ao conteúdo de sua fala. Notem que há uma introdução que é mero discurso contra a polícia, que deveria processá-la.

Ela está acusando uma instituição de ter cometido execuções extrajudiciais. Isso é coisa diferente de apontar grupos que cometem desmandos.

Eles existem e estão sendo identificados e punidos. Para ela, existe uma ação deliberada. Está obrigada a provar, acho eu. “Extermínio de gente” uma ova! Houve o enfrentamento do crime organizado. Entre os dias 12 e 21 de maio de 2006, foram sumariamente executados nada menos de 59 policiais, com ataques a carros de PM, delegacias, postos policiais etc.

Como se vê, essa grande humanista não disse uma vírgula a respeito. Na campanha eleitoral de 2006, como vocês se lembram, Luiz Inácio Apedeuta da Silva usou os ataques para tentar provar que a segurança em São Paulo estava fora do controle.

Na prática, então, usava o PCC como um aliado eleitoral objetivo. O PCC, diga-se, já tinha mostrado simpatia pelo petismo (ver próximo post).

Maria Rita mente também quando afirma que a PM ataca “manifestações populares” de maneira injustificada — de resto, mero juízo de valor. Os confrontos que eventualmente acontecem se dão quando os manifestantes resolvem obstruir vias públicos ou quando, eles sim!, atacam a polícia. No dia 23 de maio de 2007, por exemplo, a tropa de choque da Apeoesp, os amigos de Maria Rita Kehl, entrou em confronto com PMs. Saldo: 22 feridos. Todos eram policiais.

A petista Kehl, na emissora que dizem “tucana”, transfomrou a Polícia Militar mais eficiente do Brasil — responsável direta por uma queda no índice de homicídios considerada exemplar até pela ONU — numa instituição assassina e repressora. Na sua fala, releiam, a PM sai como vilã, e o PCC como vítima.

No que diz respeito à USP, finalmente, não há um só direito sendo desrespeitado. Agora vamos à fala de Lilia Lilia Schwarcz.

Lilia Schwarcz (1h22min) - Essa também não é uma questão de linguagem, ou seja, o que a imprensa pegou foi só o lado… A discussão de quais são… a autoridade da polícia no campus também é importante, né?
Acho que entendi essa soma de anacolutos e explícito espancamento da concordância verbal. A autoridade da PM no campus está clara.

Dois policiais, apenas dois, flagraram três alunos fumando maconha e com uma quantidade da droga que não caracterizava apenas consumo.

Ainda que assim fosse, é ilegal. Ponto! O problema é que essa gente fica divulgando a mentira de que PMs estão revistando a mochila de estudantes.

Todos os que fazem essa “denúncia” são militantes de organizaões de extrema esquerda e estão comprometidos com a invasão da reitoria.


Lilia Schwarcz (1h24min) - O sr. não acha que teve uma questão de performance, também? Ou seja, porque em todos os lugares, não estou dizendo que deve se liberar na USP, mas que foi um contingente militar pra pegar dois garotos…

Pergunto: será que essas pessoas falam assim quando dão aula? Como é que os alunos acompanham o raciocínio? O sujeito e o predicado vivem em permanente divórcio. É mentira, professora Lilia! Dois soldados abordaram três maconheiros e pretendiam conduzi-los para fazer o termo circunstanciado. Até a direção da faculdade já havia sido acionada, e os próprios rapazes já haviam decidido acompanhar os policiais. Mas aí chegou a tropa de choque da extrema esquerda, inicialmente liderada pelo Sintusp, e os policiais foram cercados. ATENÇÃO! HÁ IMAGENS QUE COMPROVAM: A AGRESSÃO PARTIU DOS MANIFESTANTES. Mais: há sérios indícios de que o próprio flagrante fez parte de uma armação para criar um casus belli na USP. Os policiais receberam uma denúncia anônima de que os rapazes fumavam e portavam maconha. Cumpriram o seu dever. Mas o circo já estava preparado. Do nada, os “militantes” foram brotando.

Aí acontece outra coisa inusitada. Demonstrando certo enfado, falando como quem argumenta ab absurdo, Mario Sérgio Conti, o mediador do programa, procura arrematar a discussão, desqualificando até mesmo a resposta do entrevistado, que já ia mal, reitero, porque tendente a concordar, embora com reservas, com as empulhações que tinham sido ditas até ali pelos entrevistadores.


Mario Sérgio Conti - Uma invasão da PM num campus da USP! O senhor foi professor lá!

Invasão???

O povo de São Paulo paga o salário de Mário Sérgio Conti para que ele declare que a PM “invade” a USP, como se tivesse cometido alguma ilegalidade? É mentira! Havia uma determinação judicial para que se restabelecesse o estado de direito na universidade. Invasores eram os encapuzados; invasores eram aqueles que impediam o trabalho normal na USP; invasores ainda são os que impedem, com piquetes, que alunos e professores possam exercer o seu ofício.
Cada um tenha, reitero, sobre o episódio a opinião que quiser. Mas não dá para condescender com a mentira. Assim como a população não paga imposto para que a USP seja privatizada por meia-dúzia de vagabundos, também não sustenta a TV Cultura para que se minta no ar de forma tão escandalosa. Uma das funções do mediador, diga-se, é sempre zelar pela verdade. No caso, Conti resolveu engrossar o caldo da mistificação.

Ah, sim, dona Maria Rita! O estado de São Paulo tem hoje menos de 10 homicídios por 100 mil habitantes, realidade reconhecida até pelo governo do seu partido, o PT. Em 12 anos, a redução do número é de quase 80%. Chegou-se a esse número fazendo mais policiamento preventivo, prendendo mais e, em último caso, matando bandidos. Na Bahia, por exemplo, governada pelo seu partido, o índice de homicídios teve uma elevação escandalosa.


PS - Aviso dirigido: é inútil rosnar e mobilizar braços de aluguel para me atacar.

Não dou a mínima.

Nem me intimido.

Podem vir quente que eu estou fervendo, hehe.

De resto, eu tenho números que provam que estou certo (e ainda voltarei a eles) e que provam que vocês estão errados.


06/12/2011

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