Escândalos seguem família Sarney desde a década de 80
RIO - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e seus filhos sobrevivem a escândalos desde a década de 1980. Reportagem de Jailton de Carvalho, publicada na edição deste domingo do jornal O GLOBO, mostra que o poder e a influência adquiridos pelo ex-presidente mantêm a família ilesa, apesar da sucessão de denúncias.
O mais recente foi o indiciamento do filho Fernando Sarney , empresário, e da nora Teresa Cristina Murad Sarney por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, entre outros crimes, em três inquéritos da Polícia Federal.
( Relembre os escândalos que abalaram o Senado e as providências tomadas )
A reportagem mostra que todas as grandes investigações contra Sarney ou os filhos, desde a CPI da Corrupção, no final da década de 80, quando ele era presidente da República, até o escândalo da Sudam - um rombo de R$ 1,7 bilhão nos cofres públicos - esbarraram em manobras políticas e, principalmente, em decisões judiciais. ( Leia mais: PF diz que filho negociou na casa de Sarney com incorporadora )
No início do ano 2000, Sarney se viu às voltas com uma segunda tempestade de denúncias. A filha Roseana Sarney, então governadora do Maranhão e candidata à Presidência, foi arrastada para o centro do escândalo da Sudam.
O Ministério Público acusou a governadora de aprovar e facilitar a liberação da Usimar - um projeto de R$ 1 bilhão, classificado como fraudulento.
No decorrer das investigações, a PF apreendeu R$ 1,3 milhão em espécie na sede da Lunus, empresa de Jorge Murad, marido da governadora.
Sem saber explicar a origem do dinheiro, Roseana abandonou a pré-candidatura à Presidência, mas as consequências pararam por aí.
( Leia mais: Sarney se diz vítima de injustiças )
Para o professor de Direito da USP Dalmo Dallari, a legislação processual favorece muito o retardamento dos casos e a falta de esclarecimentos.
( Ouça trecho de entrevista com Dalmo Dallari )
(Leia a íntegra da reportagem na edição digital - só para assinantes)
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