Fosse assim, eu seria lulista em 2002, em 2003, em 2004… em 2009.
Na verdade, as minhas restrições a Schopenhauer Inácio da Silva cresceram junto com a ascensão da sua popularidade.
Quanto mais popular ele se torna, menos adequado eu o considero para presidir o Brasil.
Com o prestígio que tem, poderia ter conduzido reformas essenciais para o país.
Em vez disso, resolveu ser o chefe dos pizzaiolos.
Entrega pizza em domicílio nos endereços mais suspeitos da oligarquia brasileira, rebaixando as instituições.
Eu não me intimido nem mesmo com o alarido do mercado exaltando as suas virtudes demiúrgicas — afinal, não é?, o “direitista” sou eu, e ele deveria ser o meu horizonte.
Acontece que eu quero uma sociedade de livre, sim, mas os mercadistas não são os melhores pensadores que a democracia tem.
Seu patriotismo é ganhar dinheiro.
E eu acho isso belo, essencial, vital.
É a cupidez que gera o capital necessário para descobrir remédios e vacinas, por exemplo.
Isso é tão importante — de verdade! — quanto Maquiavel, Shakespeare ou Camões.
Mas saiba, Alberto Roberto: isso não é Maquiavel, Shakespeare ou Camões.
Jamais serei grato a Lula por ele cobrar tão caro por aquilo a que temos direito de graça.
Só lhe sou grato pelas boas frases que ele me leva a escrever, entende?
Adiante.
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