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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

MST desocupa, mas deixa fazenda da Cutrale destruída

Tratores e caminhões foram danificados, sistemas de irrigação sabotados e a sede e seis casas depredadas

Por José Maria Tomazela
O Estado de S.Paulo


Segundo gerente da fazenda, prejuízo de nove dias de invasão pode chegar a R$ 3 milhões BOREBI, SP - Sob um forte aparato policial, cerca de 350 militantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) desocuparam nesta quarta-feira, 7, a fazenda Santo Henrique, do grupo Cutrale, em Borebi, a 320 km de São Paulo, deixando para trás um rastro de destruição.


Imagem: Keiny Andrade/AE

Além dos 7 mil pés de laranja arrancados, 28 tratores foram danificados ou destruídos, caminhões e sistemas de irrigação foram sabotados, a sede e seis casas de colonos depredadas e pichadas.

Houve ainda furto de equipamentos, móveis, roupas e defensivos agrícolas.

"A impressão é de que passou um tsunami por aqui", disse o gerente


agrícola da fazenda, Claudinei Ferreti.

O prejuízo de nove dias de invasão pode chegar a R$ 3 milhões.

Cenário desolador


O cenário era desolador. Sujeira, lixo, peças e destroços de máquinas estavam espalhados por toda parte. O cheiro de fezes se misturava ao de laranja podre. O gerente constatou que o depósito de defensivos tinha sido saqueado.

"Por baixo, levaram mais de R$ 100 mil, justamente os produtos mais caros." As câmeras de vigilância desapareceram. Os tratores estavam depenados, sem bateria, motor-de-arranque, filtros, faróis e com a fiação cortada.

"Puseram areia no motor e ligaram só para fundir", 
contou Ferreti.


Imagem: do Blog da Gusta

Dois tratores foram partidos ao meio, não se sabe como. Outros três estavam desaparecidos. Um caminhão foi achado no barro na beira de uma represa. Cerca de 15 mil litros de óleo diesel sumiram do reservatório.

As casas foram saqueadas: portas e janelas foram arrombadas e móveis, televisores, roupas, louças, utensílios de cozinha, até lâmpadas e chapas de fogão foram levados.

Alguns sofás que não puderam ser carregados tiveram os tecidos rasgados. Paredes estavam pichadas com frases como "MST em ação" e "Revolucionários em Luta".

O incrível é que os desordeiros do MST, subvencionados por verbas públicas, não sofrem qualquer condenação ou repressão das autoridades e continuam a agir livremente, contando com a mais completa impunidade.
Por Gracias a La Vida

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