A fantasia seria menos inverossímil se Lula não inaugurasse o futuro sempre em companhia de gente que eterniza o passado.
No descobrimento do pré-sal, protagonizou uma superprodução futurista à frente de um elenco de cinema mudo liderado pelos canastrões José Sarney e Edison Lobão.
No comício em Copenhague, anunciou a ascensão do Brasil à primeira divisão do planeta num palanque de segunda.
O país não tem sequer arremedos de política esportiva.
Investe apenas, e equivocadamente, no esporte de alto rendimento.
O Brasil coleciona fiascos a cada Olimpíada por falta de direção e de verbas.
Dinheiro existe de sobra, esclareceu o presidente ao comunicar que serão investidos no Rio quase R$ 30 bilhões.
A bolada vai ser muito maior, corrigiu o sorriso de empreiteiro malandro no rosto da cartolagem.
E boa parte vai engordar o patrimônio dos campeões do salto sobre cofres públicos, modalidade não-olímpica praticada com muita competência por figurões federais e supercartolas.
Só os olhos gulosos dos bandidos e a miopia dos idiotas incuráveis enxergam um Brasil dividido entre nacionalistas grávidos de patriotismo com o triunfo incomparável e traidores da nação em aliança com os mortos de ciúme da Cidade Maravilhosa.
O Brasil não precisa hospedar a Olimpíada para afirmar-se como nação em marcha acelerada para longe das cavernas.
O Rio não precisaria virar sede dos Jogo de 2016 para merecer as atenções, o respeito, o carinho e os investimentos que a mais bela das cidades reclama há décadas.
Consumada a escolha, ninguém minimamente sensato vai torcer pelo naufrágio.
Mas o desastre só será evitado se a tripulação for trocada a tempo.
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