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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Estados 'mínimos' e 'máximos'


Estados 'mínimos' e 'máximos'
Por Merval Pereira
O GLOBO

A discussão sobre o papel do Estado no desenvolvimento do país — ressuscitada pelo governo Lula como maneira de rebater as críticas ao gasto público crescente e à tendência estatizante do governo, exacerbada neste segundo mandato — é na verdade uma tentativa de impor uma linha ao debate político, e levar a oposição ao córner na campanha eleitoral.

O governo se coloca como “nacionalista” e “patriota”, e os que são contra a maneira como está enfrentando a crise seriam genericamente “entreguistas” defensores do “estado mínimo” e contra os pobres.

Com supostas medidas anticíclicas, o governo fortaleceu o mercado interno e possibilitou que os pobres ajudassem o país a sair da crise econômica internacional mais rapidamente, na definição do próprio presidente Lula.

Para a ministra Dilma Rousseff, candidata oficial à sucessão presidencial, a tese do “estado mínimo” é própria de “tupiniquins”e está “falida”.

Os que acusam o governo de estar colocando em risco o equilíbrio fiscal com seus gastos crescentes, segundo o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, estariam pura e simplesmente fazendo “terrorismo”, com o objetivo de forçar uma subida de juros.

O fato concreto é que o mercado financeiro já está aumentando os juros futuros por conta do desarranjo fiscal que está sendo montado pelo governo, e o próprio Banco Central já fez advertências sobre os riscos do desequilíbrio das contas públicas.

Nada indica, porém, que existam sinais a curto e médio prazo de que a inflação será pressionada.


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No Brasil, o governo comemorou a pré-existência do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como um sinal de que já tínhamos um programa de investimentos em obras de infraestrutura para fazer face à crise econômica.

Mas a maior parte do programa, que já foi o carro-chefe da candidatura da ministra Dilma Rousseff, apelidada pelo presidente de “mãe do PAC”, não consegue sair do papel, por problemas burocráticos e de gestão.

Ao mesmo tempo, passamos a priorizar a exploração do petróleo sem uma contrapartida para pesquisas de combustíveis alternativos, que é um dos nossos fortes.

É o “estado máximo” mostrando sua ineficiência.


Leia aqui.

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