IDH NUNCA ANTES VISTO
Estadão
Para azar do presidente, seus ministros e simpatizantes, nem o petróleo, nem a Copa do Mundo, nem a Olimpíada servem para a medição do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).Menos ainda arroubos diplomáticos contraditórios e inoportunos ou emprestar dinheiro a países vizinhos e até mesmo ao FMI.
O que conta é mortalidade infantil, expectativa de vida, ambas atreladas à qualidade da saúde e do ensino, áreas em que o investimento é sempre abaixo do necessário.
Os incontáveis bilhões de reais a serem postos nas cidades brasileiras vão maquiar o trajeto dos turistas, encher os olhos dos torcedores.
Nas periferias da festa, entretanto, as crianças continuarão, caso sobrevivam, a ter educação da pior qualidade, isso quando não se atiram
precocemente ao mercado do tráfico.
E os idosos e aposentados permanecerão afastados da vida, por conta de sua sobrevivência a cada dia menos valorizada.
É o reflexo do governo que nunca antes se viu, em lugar nenhum, diga-se.
Ronaldo Parisi
rparisi@uol.com.br
São Paulo
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