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terça-feira, 6 de outubro de 2009

O Triunfo da Vontade de Stalinácio e seus banqueiros - 1


O Triunfo da Vontade de Stalinácio e seus banqueiros - 1

Por Jorge Serrão
 Luiz Inácio Lula da Silva vive o momento mágico de apogeu.
 

A conjuntura o coloca acima dos Deuses do Olimpo – que não têm, como ele, uma máquina de Propaganda comparável ao poder de Zeus. Aliás, os poderosos da mitologia grega não contam – como Lula – com a sustentação e a ostentação de uma Oligarquia Financeira Transnacional – interessada em ampliar sua influência sobre o Brasil.

Lula conquistou sua medalha de ouro na política internacional.

Nosso atleta de copo merece tomar todas as champanhes da Taça da Vitória. Afinal, superou o jogador de basquete amador Barack Obama – que agora será encestado, politicamente, nos EUA, depois da chicagada que cometeu em Copenhague.

O derrotado Obama, telefonou para Lula duas vezes a bordo do Air Force One (avião oficial da presidência) para parabenizá-lo.

O nosso cara foi mais convincente, e o Rio venceu.

Mas a vitória para 2016 deve ser atribuída aos banqueiros.

O Rio foi escolhido pelo Comitê Olímpico Internacional não por causa do discurso emocionado de Lula. Mas sim porque o presidente do Banco Central do Brasil sensibilizou a turma do COI com uma promessa factível.

O presidenciável ou senatoriável Henrique Meirelles deixou claro que o sistema financeiro nacional – que não sentiu os efeitos da crise global tão intensamente e esbanja previsões de lucros imediatos e futuros – garantiu o aporte de investimentos para a Olimpíada na Cidade Maravilhosa.

Mas será que o Rio, com o milagre Olímpico, voltará a ser aquilo que deixou de ser com a invenção de Brasília?

O esquema festivo de marketagem até tentou levantar, ainda mais, a bola de um outro competente Meirelles: Fernando, o cineasta, famoso pelo premiado “Cidade de Deus”.

Os filmes da campanha Rio 2016 contribuíram no apelo emotivo da apresentação da candidatura para sede das Olimpíadas.

Mas não adianta.

Meirelles – o Henrique - é o cara!

O banqueiro muito bem aposentado foi decisivo.

E o Lula faturou os louros da vitória que vai garantir lucros futuros para vários segmentos empresariais e, por tabela, políticos.

Depois dessa olímpica glória, só falta o Bolcheviquepropagandaminister reinventar uma Leni Riefenstahl tupinuquim.

A cineasta nacional socialista produziria um documentário chapa-branca, para retratar o “Triunfo da Vontade” (Triumph des Willens) do poderoso Stalinácio (royalties para a turma do Casseta & Planeta para o codinome que define um estilo democratura de ser político, perfeitamente combinado com a mais refinada malandragem).

Claro, tal obra cinematográfica, por ironia, seria devidamente patrocinada por alguma estatal, via Lei de Incentivo à Cultura.

Lula reforçou a impressão de que é um fenônemo político. Um cara muito acima, inclusive, do Partido dos Trabalhadores que sempre carregou nas costas, como estrela produzida pela mais competente marketagem.

Lula tem charme peçoal e muita çorte.

Seu humor – digno de um cruel Palhasso do Planalto – agrada a gregos e baianos.

Seu estilo Stalinácico seduz brasileiros, com permanente cabecinha de colonizados, e que adoram um líder carismático mandando no pedaço.

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