Indicado pelo Ministério dos Esportes para comitê dos Jogos, Ricardo Leyser Gonçalves é um dos acusados de desviar R$ 18,4 milhões
BRASÍLIA e RIO - O chefe do comitê criado pelo governo federal para a candidatura do Rio a sede das Olimpíadas de 2016 - e cotado agora para ficar à frente do grupo que organizará os Jogos - foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a devolver R$ 18,4 milhões aos cofres públicos, junto com outros envolvidos na organização do Pan-Americano de 2007.
Para o TCU, Ricardo Leyser Gonçalves foi um dos responsáveis por supostas irregularidades nos gastos com o evento.
Ele foi condenado em dois processos que tratam de denúncias de superfaturamento e pagamento por serviços não prestados, mas nega as acusações e diz ter recorrido para não devolver o dinheiro.
O TCU cobrou a restituição dos gastos em dois processos julgados em junho. Num dos casos, que soma R$ 2 milhões em despesas apontadas como abusivas, o tribunal viu indícios de superfaturamento em serviços de hotelaria e montagem de infraestrutura na Vila Pan-Americana.
De acordo com o voto do ex-ministro Marcos Vilaça, que relatou as contas do Pan, o governo pagou o equivalente a 12 horas de trabalho de eletricista e marceneiro e quase seis horas de vidraceiro para instalar cada aparelho de ar-condicionado.
Em outro sinal de desperdício, o contrato teria gerado uma despesa equivalente a dez dias úteis de aluguel de parafusadeira e furadeira para instalar cada persiana nos quartos da vila.
No segundo processo, em que cobra a devolução de mais de R$ 16 milhões, o TCU responsabiliza Leyser, seu assessor Luiz Custódio Orro de Freitas e a empresa Fast Engenharia e Montagens S/A por irregularidades na contratação de estruturas provisórias para o Pan.
Só em serviços cuja execução não teria sido comprovada, o tribunal aponta gastos indevidos de R$ 6,8 milhões. Outros R$ 4,1 milhões teriam sido liberados em pagamentos com duplicidade.
Imagem: guto cassiano
Não fica um, meu irmão...!
0 comentários:
Postar um comentário