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domingo, 4 de outubro de 2009

El Gran Circo




Eu confesso: não consigo viver sem o Gran Circo Latinoamericano, sem seus palhaços e dinossauros, sem seus domadores de multidões com seus trajes típicos, sem suas bravatas retumbantes.

É diversão garantida.

Leio diariamente jornais de Caracas, La Paz e Buenos Aires, e não perco as “Reflexões do companheiro Fidel” no “Granma”.

No picadeiro digital, o velho apresentador do circo, em vez do “respeitável público”, saúda os “compañeros revolucionários”.


E passa o microfone ao seu sucessor Hugo Chávez.

Aos colegas da Unasul e ao mundo, Chávez denuncia com provas cabais um plano de dominação do Império sobre a América Latina a partir da Colômbia, como se fossem documentos secretos do Pentágono capturados pelos serviços de inteligência bolivarianos.

Era só um velho estudo acadêmico, publicado na internet. Um sketch de comédia à altura de um “Zorra Total”, só que menos sofisticado.

Logo depois, Evo “Zacarias” Morales denuncia que os americanos oferecem ajuda para o combate ao narcotráfico com o único objetivo de desmoralizar as Forças Armadas da região, que não teriam competência para combatê-lo sozinhas. E, por desprezarem as nossas forças guerreiras, são desafiados, de punhos cerrados:

“Que vengan los gringos!”

O público grita “Pátria o muerte”!

Que filme de Cantinflas ou Chapolin, que comédia dos Trapalhões pode ser mais cômica? Pena que, pelas bravatas e trapalhadas do Gran Circo Lationamericano, sempre morra muita gente inocente.

Agora, com a entrada em cena do quase inverossímil “Mel” Zelaya e seu chapelão, o Gran Circo vive um grande momento, palhaços gritam bravatas, domadores de multidões bradam seus slogans e palavras de ordem, malabaristas da lógica e trapezistas da democracia as usam para tentar destruir a democracia e a lógica.

No picadeiro central, a luta do século: O Perfeito Idiota Latinoamericano

enfrenta o Politicamente Correto Norteamericano. É um telecatch com tudo combinado e ensaiado, e no final, os adversários descobrem que são irmãos e se abraçam. E juram lutar juntos contra o capitalismo, pelo povo.

A multidão delira, o circo pega fogo.

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