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quinta-feira, 27 de março de 2008

Seriam apenas mentecaptos e sicofantas?


O que se passa com personalidades e devotos protagonistas de situações que chegam sem obstáculos até o último limite visando desencadear conflitos e barbárie?

Seriam apenas mentecaptos e sicofantas?

Será que o divã explica?

Em psicologia e psiquiatria, o narcisismo - muito excessivo - que dificulta o individuo a ter uma vida satisfatória, é reconhecido como um estado patológico e recebe o nome nada pomposo de transtorno de personalidade narcisista.

Trata-se de indivíduos que se julgam-se grandiosos, com, necessidades de admiração, desprezam os outros, acreditam serem especiais, necessitam de e aprovação de outras pessoas em excesso, exploram os outros em suas relações sociais, são arrogantes, normalmente se apresentam como superiores ‘mentais e morais’ e até possuidores do monopólio das ‘virtudes’.

Também são impulsionados por delírios de grandeza, fantasias de todo tipo, e, na vida vida prática portam-se como chefes infames, extremamente arrogantes, parentes e vizinhos insuportáveis.

Na bíblia da psiquiatria – “O Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais” (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – DSM) – caracteriza essa patologia como um padrão invasivo de grandiosidade (em fantasia ou comportamento), necessidade de admiração e falta de empatia, que começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos, indicado por pelo menos cinco dos seguintes traços:


(1) sentimento grandioso da própria importância (por ex., exagera realizações e talentos, esperando ser reconhecido como superior sem realizações comensuráveis);

(2) preocupação com fantasias de ilimitado sucesso, poder, inteligência, beleza ou amor ideal;

(3) crença de ser "especial" e único e de que somente pode ser compreendido ou deve associar-se a outras pessoas (ou instituições) especiais ou de condição elevada;

(4) exigência de admiração excessiva;

(5) sentimento de intitulação, ou seja, possui expectativas irracionais de receber um tratamento especialmente favorável ou obediência automática às suas expectativas;

(6) é explorador em relacionamentos interpessoais, isto é, tira vantagem de outros para atingir seus próprios objetivos;

(7) ausência de empatia: reluta em reconhecer ou identificar-se com os sentimentos e necessidades alheias;

(8) freqüentemente sente inveja de outras pessoas ou acredita ser alvo da inveja alheia;

(9) comportamentos e atitudes arrogantes e insolentes”.
por RIVADAVIA ROSA

Todo o projeto de vida dos mentecaptos se resume à posse de bens, à manutenção de um posto, de algum privilégio.

Toda a dignidade dos mentecaptos acaba nisso:
carro, casa, conta bancária, privilégios.

São mortos-vivos, sombras de mamulengo, de marionetes.

A maioria dos mentecaptos têm suas personalidades inscritas pelas circunstâncias, mas há os outros, os que têm personalidade de mordomo de vampiro.

Estes não arredam, mantêm-se sempre fiéis aos chefes, justificando seus atos, quaisquer que sejam eles, auxiliando-os, defendendo-os.

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