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terça-feira, 25 de março de 2008

Enquanto isso...

Brasil Jeitinho da Silva
Existe uma mania nacional de se falar e praticar um tal “jeitinho”, que é o fim da picada. É claro, para qualquer pessoa de mediano bom senso, que esse é apenas um eufemismo para referir-se à malandragem (leia-se bandidagem) pura e simples. Então ficou, histórica e implicitamente, combinado o seguinte: o sujeito malandro, sem qualquer caráter, que pratica um ilícito, não é bandido, mas apenas um praticante do “jeitinho”.
A desgraça em ser honesto no Brasil, é a maldita solidão do espoliado, no seu ideal de decência para todos. Pois a solidez da formação do caráter, não permite ao cidadão legítimo, o exercício desse tal “jeitinho”, porque sua consciência de participação de uma coletividade, não lhe permite certos “benefícios” para uns em detrimento do direito da maioria.
É uma vergonha nacional mal camuflada, essa mania de tratar um ladrão como, apenas, uma pessoa esperta. O praticante do “jeitinho” não é um bandido apenas “meio bandido”, ou seja, mais ou menos desonesto.
O problema é que, no âmago da questão, deparamo-nos com o fato de que certas coisas não podem existir pela metade. Jamais encontraremos uma mulher “meio grávida”, ou “mais ou menos grávida”. Não existe meio termo aqui como não existe meio termo na questão da honestidade. Não existe honestidade relativa ela é absoluta ou é desonestidade pura e simples.
Vivemos num País “governado” com “jeitinho”. Para se descrever as coisas aqui, só utilizando um estoque descomunal de aspas. Parece que uma praga de gafanhotos está devorando tudo, não poupando nem a esperança.
Leia mais aqui!
JOAQUIM SATURNINO DA SILVA

Está bem. Deus é brasileiro. Mas para defender o Brasil de tanta corrupção só colocando Deus no gol.

(Millôr Fernandes - escritor e jornalista carioca)

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