Nos EUA, Jobim defende Chávez e Correa
O ministro da Defesa rebateu a acusação de conivência dos líderes da Venezuela e do Equador com guerrilheiros das Farc
Jobim disse a Condoleezza Rice que não há motivo para preocupação com a América Latina e que quer Conselho Sul-Americano de Defesa
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, aproveitou sua viagem de quatro dias aos EUA, na semana passada, para defender nas suas conversas oficiais os governos Hugo Chávez, da Venezuela, e Rafael Correa, do Equador, da acusação de conivência com guerrilheiros. Avaliou também que a transição em Cuba será tranqüila.
"Há muita tranqüilidade em relação à transição em Cuba, desde que ela seja gerenciada pelo povo cubano, que é muito orgulhoso", disse Jobim em conversa na sexta-feira com a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, conforme ele próprio relatou à Folha antes de embarcar de volta ao Brasil.
Na conversa com Rice, o ministro comparou Fidel Castro, o ditador que renunciou ao comando do governo em Cuba, com Raúl Castro, seu irmão e sucessor: "O Fidel ouvia pouco, o Raúl ouve muito", disse à secretária que, segundo ele, considerou a observação "um aspecto muito interessante".
"Os governos [do Equador e da Venezuela] não têm nada a ver com isso. Os guerrilheiros se escondem e às vezes é impossível detectá-los. Só quem não conhece a floresta é capaz de achar que é fácil identificar acampamentos nas fronteiras", disse, em defesa de Chávez e Correa. Na Folha.
ELIANE CANTANHÊDE
ENVIADA ESPECIAL A WASHINGTON
Engana, que eu gosto...
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