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segunda-feira, 24 de março de 2008

Quem é: Aécio Neves, governador de Minas...

É formado em Economia pela PUC de Minas Gerais. Iniciou a carreira política aos 22 anos, como secretário de seu avô Tancredo Neves, então governador de Minas.

Em 1986, foi eleito deputado federal pela primeira vez
ESTILO:

“Se for preciso que eu me submeta ao estereótipo do homem público, não contem comigo”

SIGLAS:
“Não tive até agora e acredito que não terei motivo para buscar outra trincheira que não seja o PSDB”

CONVICÇÃO: “Ser oposição não deve significar apenas derrotar, mas negociar e fazer o governo ceder”

'O Brasil precisa que se converse mais'

ENTREVISTA - Aécio Neves: governador de Minas

No ambiente de campanha presidencial antecipada que se instalou no Brasil, os personagens da sucessão do presidente Luiz Inácio da Silva começam a sair da sombra e circular à luz. O mais serelepe deles tem sido o governador de Minas Gerais, Aécio Neves.

Abriu um ciclo de conversações com todos os partidos potencialmente influentes no processo, mas jura que por enquanto pretende com isso apenas se credenciar como o grande construtor de pontes de conciliação política.

Se é óbvia a intenção de se encaixar no molde do avô Tancredo Neves, é evidente também a tentativa de quebrar a idéia de que o governador de São Paulo, José Serra, está consolidado como candidato do PSDB à Presidência da República.

Nesta entrevista, feita numa tarde de terça-feira surpreendentemente calma no Palácio das Mangabeiras, Aécio nega a possibilidade de uma aliança eleitoral entre PT e PSDB para 2010 - “está fora de cogitação” -, diz que não pensa em trocar a “trincheira” tucana por outro partido e avisa: qualquer que seja seu destino político, alterações em seu (invejado) estilo “bon vivant” são inegociáveis.

“Se for preciso me submeter ao estereótipo do homem público, não contem comigo.”

Qual é a chance de o senhor vir a ser candidato à Presidência da República?

Isso só acontecerá se houver uma grande convergência em torno do meu nome. Ninguém no meu partido será candidato apenas porque gostaria de ser candidato, esta é apenas uma das precondições.

Quais as outras?

Uma é a adesão de outras forças políticas que dêem ao PSDB a segurança de que não caminhará solitário na campanha e que, lá na frente, terá condições de governabilidade. A outra é ter um projeto de país. Por falta de projeto, o governo Lula desperdiçou suas vantagens e deixou de fazer as reformas previdenciária, tributária e política. A partir de 2010 será preciso recuperar o terreno perdido e eu estarei pronto para participar desse projeto, sendo ou não candidato a presidente da República.

Fora a Presidência, o que lhe encanta?

Como não tenho obsessão por ser presidente, vejo o Senado como alternativa importante. Agora, o essencial hoje nem é o cargo que possa vir a ocupar, mas a tarefa que resolvi cumprir.

Qual é ela?

A construção de pontes. O Brasil precisa que as pessoas conversem mais. O projeto de país a que me referi só vai acontecer se as pessoas de bem se entenderem. Portanto, que ninguém se espante, porque as conversas que venho tendo com lideranças importantes vão continuar, independentemente da candidatura à Presidência.

Pois são vistas como preparatórias da candidatura.

Podem ser vistas assim, mas devem ser interpretadas também como uma preparação para outro papel, nada desprezível, de construção de maiorias no Congresso Nacional. Já fiz isso como presidente da Câmara e posso fazer de novo.

Circulam especulações não desmentidas que parecem lhe interessar politicamente. O senhor pensa em sair do PSDB?

Não tive até agora e acredito que não terei motivo para buscar outra trincheira que não seja o PSDB. O mais são especulações naturais que buscam incluir este ou aquele político no jogo de 2010, mas, antes do final de 2009, não haverá nenhuma decisão concreta e consistente de nenhum partido ou ator importante do processo eleitoral.

No seu partido essa decisão passa pela realização de prévias?

Seria bom, por uma razão objetiva: nós viemos, ao longo das últimas eleições, definindo muito de cima para baixo os caminhos do PSDB. Não ganhamos. Agora temos uma chance real e acho que as prévias podem ser essenciais para a mobilização do partido e a atração de aliados.

Portanto, seu nome está, desde já, inscrito nas prévias.

Depende. O PSDB chegará lá com mais de um candidato? Pode ser que as circunstâncias levem em outra direção, na consolidação de um só nome. O PSDB tem um nome qualificado que aparece liderando as pesquisas, que é o governador José Serra. Se meu nome é lembrado também, ótimo, mas vamos deixar chegar o momento certo para, então, definir. Aqui!

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