CASTRO NEGA CASTRO E CONFIRMA NIEMEYER
Por Janer Cristaldo
E não é que Niemeyer tinha razão?
Fidel Castro veio a público para dizer que não disse o que disse.
Não nega a entrevista concedida ao jornalista Jeffrey Goldberg, da revista americana The Atlantic.
Mas acha que Goldberg foi longe demais.
"Me divirto agora ao ver como ele interpretou ao pé da letra. Sigo pensando que Goldberg é um grande jornalista. Não inventa frases, as transfere e as interpreta", disse, segundo o site oficial cubadebate.cu, sem trocadilhos.
-" Minha idéia – continuou o tiranete – como todo o mundo conhece, é que o capitalismo já não serve para os Estados Unidos, nem para o mundo, ao qual conduz de crise em crise, que são cada vez mais graves, globais e repetidas, das quais não consegue escapar."
Ah bom! Não falava do socialismo.
Quando disse que o modelo cubano não serve nem mesmo para Cuba, não queria dizer que o modelo cubano não serve nem mesmo para Cuba.
Pura interpretação do jornalista.
O que queria dizer era que o capitalismo não serve nem mais para os Estados Unidos.
Hugo Chávez, Chico Buarque, Ariano Suassuna, Luis Fernando Verissimo, Lula, dona Dilma, Marco Aurélio Garcia, Celso Amorim e Tarso Genro podem respirar aliviados.
A utopia continua viva.
Niemeyer, o decano do stalinismo no continente, tinha razão.
Castro não poderia ter dito tal bobagem.
Só não deve ter convencido os cubanos, que há meio século sabem que o regime cubano não serve para Cuba.
COMENTÁRIO
Dr. Rivadavia Rosa
Nada de novo na mente de um esquerdopata, mesmo decrépito.
Confira como opera uma mente enferma:
"O poder não me interessa. Depois da vitória, quero regressar à minha cidade e retomar minha profissão de advogado (Fidel Castro, em entrevista ao jornalista Herbert Matthews, do NYT, 1957).
"Son calumnias contra la revolucion decir que somos comunistas, de que estamos infiltrados de comunistas".
Fidel Castro declara à imprensa internacional em 13/01/1959.
"El problema terrible de nuestra epoca es que el mundo debe elegir entre el capitalismo y comunismo.
Mientras el primero sacrifica al hombre, el Estado comunista, por su concepcion totalitaria, pisotea los derechos del hombre. Fidel Castro (1959)
Jamais poderemos nos tornar ditadores. (...) Eu sou um homem que sabe quando é preciso ir embora (Fidel Castro, em 8/1/1959, no 1o. discurso após sua entrada triunfal em Havana ( Cit. in A Ilha do doutor Castro, pg. 21).
Puedo decir con plena satisfacción que soy marxista leninista y lo será hasta el último dia de mi vida". Fidel Castro, em 01/12/1961.
Cá entre nós, Cuba é muito pequena para mim. Por isso, mesmo se de fato sou um comandante como chefe da revolução, nem sempre quis aceitar a responsabilidade pelo governo. Minha aspiração suprema é sentar-me a uma mesa para governar o mundo inteiro junto com o norte-americano, o russo e o chinês. Eu, como representante do bloco das nações latino-americanas (confidência de Fidel Castro ao padre jesuíta Alberto de Castro y Rojas (Cit. A Ilha do doutor Castro, pg. 26).
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