“O que faltou na Alemanha dos anos 20 e 30 foram pessoas responsáveis com o sentido da busca da verdade.
O que sobrou foram fanáticos fundamentalistas, convictos da “sua” verdade.
Estante Virtual
Rivadavia Rosa
Sem nenhuma censura. Há edição virtual a conferir:
Poderás ainda ir mais adiante lendo: Eric Voegelin, Hitler e os Alemães. São Paulo: Ed. É Realizações, 2008. Cito:
“O que faltou na Alemanha dos anos 20 e 30 foram pessoas responsáveis com o sentido da busca da verdade.
O que sobrou foram fanáticos fundamentalistas, convictos da “sua” verdade.
É neste contexto que Eric Voegelin nos legou um parágrafo célebre sobre Adolf Hitler, cujas deficiências espirituais, morais e culturais iam a par com o gênio das oportunidades políticas.
Ele tinha “...a combinação de uma personalidade forte e de uma inteligência enérgica com uma deficiência de estatura moral e espiritual; de consciência messiânica com o nível cultural de um cidadão da era de Haeckel; de mediocridade intelectual unido à auto-estima de um soba provinciano e do fascínio que uma tal personalidade poderia exercer num momento crítico sobre pessoas de espírito provinciano e com mentalidade de súditos”.
Este esboço mostra Adolf Hitler como o alemão representativo dos anos 30, espiritualmente degradado.
Em contraste com a imagem convencional do sedutor inexplicável ou genial, e admirado pelos provincianos de todo o mundo – a “Internacional da Estupidez” -, Eric Voegelin mostra-nos Hitler com nem mais nem menos que o homem de rua, o “Zé Ninguém” de Wilhelm Reich, mas capaz de intoxicar um povo com a grandeza intramundana.
Que um homem assim se tenha tornado o representante do povo alemão só mostra o declínio e a ascensão são caminhos sempre em aberto na História.
...Mas intelectuais alemães como o cardeal Faulhaber, o bispo Neuhäusler, o pastor Niemöller e Rudolf Bultman falharam em comunicar esse realismo espiritual.
Na ausência de fins transcendentais para a existência, o apocalipse intramundano tomou conta do povo alemão – como sucedera na revolução russa – e a “humanidade transformou-se em sinônimo de internados de um campo de concentração apocalíptico”.
RESUMO da tragédia: ‘não houve inocentes, nem culpa coletiva'.
Todos individualmente e de alguma forma ou outra foram responsáveis.
Abs
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