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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Dirceu fala a sindicalistas na Bahia e explica qual é o real propósito do PT.

Íntegra da fala de Dirceu a sindicalistas na Bahia



Dirceu fala a sindicalistas na Bahia e explica qual é o real propósito do PT.

O evento ocorreu no dia 13 de setembro de 2010.
*
“A eleição da Dilma é mais importante do que a eleição do Lula, porque é a eleição do projeto político, porque a Dilma nos representa.


A Dilma não era uma liderança que tinha uma grande expressão popular, eleitoral, uma raiz histórica no país, como o Lula foi criando, como outros tiveram, como o Brizola, como o Arraes e tantos outros.

A direita teve também aqui mesmo uma liderança que foi o próprio ACM, independente do fisiologismo, do abuso de poder, contudo era uma liderança popular, tanto é que era popular na Bahia.

Tinha força político-eleitoral.

Então, ela é a expressão do projeto político, da liderança do Lula e do nosso acúmulo desses 30 anos, porque nós acumulamos, nós demos continuidade ao movimento social.
Se nós queremos aprofundar as mudanças , temos que cuidar do partido e temos que cuidar dos movimentos sociais, da organização popular. Temos que cuidar da consciência política, da educação política e temos cuidar das instituições, fazer reforma política e temos que nos transformar em maioria.

Nós não somos maioria no país, nós temos uma maioria para eleger o presidente até porque fazemos uma aliança ampla. Vamos lembrar que nossa aliança é PC do B, PDT, PSB, PMDB, PT, PRB e PR. Eu digo assim das grandes expressões, dos partidos que têm força política-eleitoral.

O PP é um partido de centro-direita, muito regional, é verdade, não tem nacional, tanto é que só tem um senador, governador talvez não eleja nenhum.

Independente de nós termos essa coalização, o PT é a base dela.

A mídia agora já começa a discutir a nossa política, se vai fazer ajuste, se não vai; se vai estatizar ou não vai; se vai fazer concessão ou não vai.

E começa a discutir se o PT está sendo desprestigiado ou não.

Aquilo que nós temos de maior qualidade, que é o Lula, eles querem apresentar como negativo, porque o Lula é maior que o PT.

Eles é que não têm ninguém maior que o partido deles.


Ainda bem que nós temos o Lula, que é duas vezes maior que o PT.

Mas nós temos que transformar o PT num partido (inaudível).

O PT teve 17% de voto em 2002/2006 para a Câmara, que calcula a força de um partido no mundo todo. Não é o voto majoritário. Vai ter agora 21, 23%, eu espero, tudo indica. Tem que ter 33% em 2014. O PT tem que se renovar, tem que abrir o PT para a juventude (aplausos).


Eu dou o exemplo do Padilha [Alexandre Padilha é secretário das Relações Institucionais], que há alguns anos era dirigente da UNE, era médico voluntário social no Pará, estava fazendo trabalho social como médico, e hoje é ministro de um dos ministérios mais importantes que tem .

O Orlando, do PC do B, Orlando Silva para não ficar só no PT, que aliás é nosso, era presidente da UNE alguns anos atrás…

O Lindberg, que vai ser senador agora.

Então, nós temos que voltar a transformar o PT em uma instituição política. Uma instituição política tem valor, programa, instrumentos, sedes, atividades cultural, social, tem recursos que auto sustentam, com o fundo partidário, porque nós temos que defender que existe o fundo partidário.


O fundo partidário brasileiro teria que ser duas, três vezes maior, que é a média do mundo. Então, nós temos que transformar de novo o partido, para o que ele foi criado.

É lógico que o PT é um grande partido político, tem força político-eleitoral, social. Nós já temos um acúmulo de políticas públicas, de experiência. Então, nós temos que fazer essa mudança no partido. Essa é a principal.

E consolidar as nossas organizações populares, porque eles estão consolidando a deles. Você viu que agora eles criaram, eles estão criando através das empresas instituições para fazer disputa político-cultural e político-eleitoral, fundações, centros de estudo.

Fora o que eles têm da mídia, do poder econômico. Podem observar. E estão mandando as pessoas para o exterior.


Agora mesmo tiveram uma série de bolsistas, jornalistas, que vão para os Estados Unidos, inclusive este que escreveu essa última matéria da “Veja”.

Nós temos que fazer isso também. Mas nós temos que fazer sempre com alianças.



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Mas a nossa candidata estava num momento muito difícil, muito cansada, tendo que se dedicar aos programas de televisão.

Tendo que ir aos estados, porque a campanha estava em crise em MG, em SP, PR, SC, a presença dela era importantíssima. Ela praticamente não foi ao Norte do país, vocês já perceberam isso?


Do Maranhão até o Acre alguém aqui tem notícia de que a Dilma tenha ido a esses estados? Isso é inédito em campanha eleitoral no Brasil.

Porque, primeiro nós temos mais de 40 anos de idade, segundo que ela passou por um câncer.

Ela sente muito isso ainda
.

E a tensão dessa campanha foi muito grande. Se vocês observarem a responsabilidade dela é enorme.

Tomamos com dor essa decisão.



Infelizmente aconteceu isso, o cancelamento da agenda. Várias agendas. Ela, por exemplo, ela não tinha ido a SC. A Ideli (Salvatti) estava sendo ridicularizada pelos adversários.

O Lula ainda não tinha gravado para ela, pro Lessa, pro Iberê(…) Imagina governar o país e fazer campanha?

E com essa pressão toda que nós estamos sofrendo.

Por que o pau tá comendo em cima de nós.

Eles não estão recuados, né?

Eles estão lutando.”


Leia mais aqui.

16/09/2010

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