O empresário Aldo Wagner, sócio da EDRB do Brasil Ltda., espera que a revelação do caso dos lobbies dentro da Casa Civil não atrapalhe o projeto de construção de um centro de energia solar no semiárido do Nordeste.
Em entrevista à Folha, ele afirma que Erenice Guerra participou da audiência para discutir a ideia em 10 de novembro, apesar das negativas da Casa Civil.
Confirma, ainda, que recebeu a minuta de contrato da firma de lobby do filho da ex-ministra, cobrando comissão para ajudar na tramitação do projeto, e que o consultor Rubnei Quícoli tinha sido contratado pela EDRB para "fazer virar o negócio".
A seguir, trechos da entrevista gravada.
A seguir, trechos da entrevista gravada.
Folha - A dúvida que ficou é como a minuta [do contrato da Capital Consultoria] foi encaminhada em seu nome, e não no nome dele [Rubnei Quícoli], gostaríamos de checar.
A gente está trabalhando nesse projeto desde 2002 e apresentamos no final do governo FHC e depois voltamos a apresentar para o governo que está por aí, no Ministério de Minas e Energia.
Não teve um buraco que a gente não andou com o projeto embaixo do braço tentando viabilizar ele.
Os números não são pequenos, são grandes.
Conhecemos o Rubnei faz uns três anos e ele se encantou com o projeto e saiu a campo. Então apresentamos o projeto lá na Casa Civil.
Não teve um buraco que a gente não andou com o projeto embaixo do braço tentando viabilizar ele.
Os números não são pequenos, são grandes.
Conhecemos o Rubnei faz uns três anos e ele se encantou com o projeto e saiu a campo. Então apresentamos o projeto lá na Casa Civil.
Você esteve na reunião com a Erenice?
Sim, estivemos. Fomos apresentar o que já apresentamos há muito tempo. É um projeto de envergadura, de interesse do governo.
Em fevereiro deste ano, a gente apresentou um plano de negócios para o BNDES. O BNDES respondeu para gente que faltava garantias.
O projeto está lá e ficamos buscando quem financeiramente garanta isso. É o trâmite normal, até aí não tem nada errado.
Quanto à parte desse negócio, foi-nos apresentada uma minuta de contrato [da empresa Capital Consultoria], onde a gente contrataria uma empresa jurídica para fazer o acompanhamento jurídico desse negócio todo.
É a empresa do filho da dona Erenice.
Eu olhei os valores e disse "bom, para fazer acompanhamento jurídico desse troço a gente não concorda pagar isso". E aí o negócio terminou por aí.
Em fevereiro deste ano, a gente apresentou um plano de negócios para o BNDES. O BNDES respondeu para gente que faltava garantias.
O projeto está lá e ficamos buscando quem financeiramente garanta isso. É o trâmite normal, até aí não tem nada errado.
Quanto à parte desse negócio, foi-nos apresentada uma minuta de contrato [da empresa Capital Consultoria], onde a gente contrataria uma empresa jurídica para fazer o acompanhamento jurídico desse negócio todo.
É a empresa do filho da dona Erenice.
Eu olhei os valores e disse "bom, para fazer acompanhamento jurídico desse troço a gente não concorda pagar isso". E aí o negócio terminou por aí.
Então vocês não fizeram pagamentos?
Não, não fizemos nada. Não concordamos com isso. Em janeiro ou fevereiro deste ano, demos entrada no banco. Recebemos uma resposta do BNDES e estamos brigando num segundo passo, que é atender as exigências do banco.
Vocês têm um contrato com o Rubnei?
Nós temos um contrato de parceria no projeto, caso ele consiga fazer virar o negócio. Ele já buscou diversos investidores, só que ninguém se candidatou a fazer o negócio virar.
A gente, por outro lado, também tentou com outros investidores. Nós temos um acordo onde ele se propõe a buscar investidores, das pessoas que ele conhece.
Ele é um representante da empresa?
É basicamente um parceiro de negócios, em energia renováveis. O negócio todo vai na base de passinhos.
A não contratação dessa empresa (Capital) prejudicou a liberação de recursos?
Esse nível de informação eu não posso dizer. A gente não quer que esse projeto vá por água abaixo por intriga política.
16/09/2010
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