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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Nota de Erenice caracteriza, entendo, abuso de poder político. A ser assim, é crime!



Erenice Guerra, militante petista e cabo eleitoral de Dilma Rousseff, num caso evidente, entendo, de abuso de poder político, usa a sua condição de ministra de estado e divulga uma nota que está abaixo de qualquer exigência do decoro, da ética e da moralidade .




Sua nota segue em vermelho.

Comento em azul.

1. Encaminhei aos Ministros Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União, e Luis Paulo Teles, da Justiça, ofícios em que solicito que se procedam todas as investigações necessárias no sentido de apurar rigorosamente os fatos relatados em matéria publicada pela revista Veja, em sua edição mais recente, e que envolvem tanto minha conduta administrativa quanto a de familiares meus.

Não é Erenice quem decide o que deve e o que não deve ser investigado na República. Controladoria-Geral da União e Ministério da Justiça são, ou deveriam ser, órgãos de estado.

2. Espero celeridade e creio na exação e competência das autoridades às quais solicitei tais apurações.

O ministro da Justiça já avisou que Erenice não será investigada. O ridículo é tal que se vai apurar, no papel ao menos, tráfico de influência praticado pelo filho, como se ele, que não é nada além do rebento de Erenice, tivesse “influência” a traficar. Não tem; ela sim.

3. Reafirmo ser fundamental defender-me de forma aberta e transparente das mentiras assacadas pela revista Veja. E assim o faço diante daquela que já é a mais desmentida e desmoralizada das matérias publicadas ao longo da história da imprensa brasileira.

Mentiras uma ova!

O primeiro a confirmar o que há de mais importante na reportagem — a evidência de tráfico de influência — foi Israel Guerra, seu filho.

A própria ministra admitiu hoje que ele recebeu uns “R$ 100 mil a titulo de consultoria”.


4. Lamento, sinceramente, que por conta da exploração político-eleitoral, mais que distorcer ou inventar fatos, se invista contra a honra alheia sem o menor pudor, sem qualquer respeito humano ou, no mínimo, com a total ausência de qualquer critério profissional ou ética jornalística.

Esse governo, e isso inclui Erenice, não tem condições técnicas e éticas de avaliar “ética jornalística” de ninguém, até porque mantém, a soldo, uma vasta rede de maledicência e usa recursos públicos para “comprar” consciências.

5. Chamo a atenção do Brasil para a impressionante e indisfarçável campanha de difamação que se inicia contra minha pessoa, minha vida e minha família, sem nada poupar, apenas em favor de um candidato aético e já derrotado, em tentativa desesperada da criação de um “fato novo” que anime aqueles a quem o povo brasileiro tem rejeitado.

Bem, nesse trecho, a meu ver, está caracterizado o crime de abuso de poder político.

Por que Serra está sendo atacado?

Quem está falando aí?

A titular de um órgão do estado?

Não!

É a militante do PT, embora o faça pilotando a máquina do Ministério.

A nota só serve para mobilizar a rede suja da Internet, que espalha a patifaria de que reportagens de que o PT não gosta nascem de conspirações de seus adversários.

A guerra — sem trocadilho — não se dá só contra a VEJA, não, mas contra a imprensa independente de um modo geral.

O partido tem sido bem-sucedido nesse seu esforço.

Acusa o jornalismo de parcialidade, muita gente se preocupa e se esforça, então, para demonstrar o contrário.

Destaque-se ainda a incrível arrogância  ao classificar o presidenciável da oposição, que nem adversário seu é, de “candidato aético e já derrotado” e “rejeitado pelo povo brasileiro”.

Erenice expressa, assim, a compreensão que esse governo tem da democracia.

Caso Serra venha a perder a eleição, não será porque teve menos votos, mas porque “foi rejeitado pelo povo”.

Isso não é linguagem própria a uma ministra de estado, mas a quem se dedica à pistolagem política.

Trata-se de uma visão fascistóide do poder.

Ora, dizer o quê?
Seu chefe pregou ontem em Santa Catarina que o DEM seja “extirpado” da política.

Esses caras usam a maioria que a urna lhes deu para solapar a democracia que os elegeu.

Uma nota como essa, de resto, não sai do fígado de Erenice, não!

Isso é cuidadosamente planejado.

O texto certamente passou pelo crivo de Franklin Martins, o ministro da Verdade.



6. Pois o fato novo está criado e diante dos olhos da Nação: é minha disposição inabalável de enfrentar a mentira com a força da verdade e resoluta fé na Justiça de meu país, sem medo e sem ódio.

Aqui o cinismo baba, não é?

A gente vê como não existe ódio no coração dessa senhora.

Suas palavras são de um incrível esmero institucional.

Ao lê-las, a gente pensa logo numa autoridade exemplar.

Erenice Guerra
Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República14 de setembro de 2010″

Ah, bem, desculpem-me comentar até assinatura, mas não resisto!

Se é Euriza, Eudacy e Euricélio, dessa verdadeira dinastia de patriotas que serve ao Estado brasileiro, então a ministra está errada até no próprio nome: é EUrenice.


Pilhéria à parte, a nota da ministra da Casa Civil evidencia o grau de degradação institucional que está aí.

E, por óbvio, caso Dilma seja eleita, tudo tende a piorar.

Por que digo isso?

Erenice já é o jeito Dilma de fazer as coisas — como se nota, ele pode ser um pouco mais brutal do que o jeito Lula.

A nota da ministra caracteriza, entendo, um caso escancarado de abuso de poder político porque Serra, do PSDB, não disputa a eleição contra Dilma, do PT.

A disputa se dá contra a máquina do estado, mobilizada para “extirpar” os adversários da política.

E isso é uma característica do fascismo, não da democracia.


14/09/2010

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