O assessor demissionário da Casa Civil, Vinícius de Oliveira Castro, foi nomeado para o o cargo de confiança pela própria Erenice Guerra em 29 de junho de 2009, dois meses depois da suposta operação, denunciada pela revista "Veja", pela qual Castro e Israel Guerra, filho da ministra, teriam faturado uma propina de R$ 5 milhões para ajudar a direcionar uma licitação nos Correios.
À época, Erenice ainda era secretária-executiva da Casa Civil, mas havia recebido poderes de Dilma Rousseff para nomear assessores.
Castro foi nomeado por meio da portaria no. 48, assinada por Erenice Guerra, para o posto de assessor da Secretária Executiva da Casa Civil, no nível de Direção e Assessoramento Superior (DAS) 102.4, que tem remuneração de R$ 6,8 mil.
O documento foi publicado no Diário Oficial da União do dia seguinte.
Erenice recebeu em 2007, da então ministra Dilma Rousseff, a prerrogativa de nomear assessores de nível DAS 3 e 4 em diversas esferas do Planalto, inclusive no gabinete pessoal da Presidência _outra demonstração de confiança em seu "braço direito".
De acordo com a revista "Veja", foi em abril de 2009, dois meses antes de Castro ser abrigado na Casa Civil, que a Capital Assessoria e Consultoria exerceu lobby irregular, com cobrança de "taxa de sucesso", para viabilizar um contrato de R$ 84 milhões entre a MTA (Master Top Airlines) e os Correios.
A Capital está registrada no nome da mãe de Vinícius Castro e Saulo Guerra, outro filho de Erenice. Seu endereço comercial é a residência de Israel Guerra.
Israel Guerra e Vinicius Castro também tiveram cargos comissionados na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) a partir de 2006.
Israel saiu da agência em agosto de 2007.
Castro, em novembro de 2008, cerca de seis meses antes de ingressar na Casa Civil.
13/09/2010
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