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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Fraldas e fraudes

Fraldas e fraudes


Por Guilherme Fiuza Época

Cuidando do neto recém-nascido, Dilma Rousseff trocou fraldas. Mais precisamente, trocou fraldas por fraudes.

A candidata do PT iniciara a entrevista coletiva dizendo que só ia tratar de assuntos de bebê.

Mas quando um repórter, aceitando o jogo, foi lhe perguntar sobre fraldas, ela se irritou e negou-se a falar sobre fraudes.
No fundo, dá no mesmo.

As fraldas de Dilma são, em si, uma fraude. Sua campanha oferece ao eleitorado infantilóide a maternidade como plataforma de governo.

E sob essa fraude desfilam todas as outras, tranqüilamente, imunes às pesquisas de opinião.

O bom entendedor – essa espécie em extinção – já notou que Dilma representa a privatização partidária do Estado brasileiro.

E o escândalo da Receita Federal em plena eleição veio ilustrar, como uma charge gritante e bizarra, esse projeto deletério de poder.

E agora?

E agora, nada.

A pesquisa Datafolha mostrava Dilma com 50% de intenções de voto antes do escândalo.

E mostra Dilma com 50% das intenções de voto depois do escândalo.

É um escândalo.

E não vale nada a ressalva de que a candidata do PT caiu 5 pontos nas faixas de maior escolaridade.

No Sudeste inteiro, São Paulo e Rio em particular, continua desenhada a vitória de Dilma.



A população mais esclarecida, capaz de entender perfeitamente a gravidade desse atentado, com pegadas petistas e complacência governamental, não está nem aí.

O Brasil culto (sic) está alinhado aos grotões na aprovação ao jogo bruto da conspiração.

Pensando bem, não é novidade. O mensalão também foi aprovado pela opinião pública. Dilma e seus companheiros não têm o que temer.
O cidadão violentado, como diria Marta Suplicy, relaxou e gozou.

São tantas as cartas marcadas, que ninguém mais presta atenção. A despachante de Dilma na Casa Civil, Erenice Guerra, apontada por testemunhas como operadora do dossiê Ruth Cardoso, não só saiu do episódio sem um arranhão. Virou ministra.



Adivinhem envolvendo que estatal?

Sim, uma das preferidas pelo apetite petista: os Correios.

Não se sabe ainda ao certo o que se passou desta vez.

O que se tem, por enquanto, é uma nota da ministra acusada em que ela, em vez de refutar a denúncia, faz um editorial contra a imprensa burguesa.

O Brasil não está cansado desse filme velho.


As pesquisas mostram que a troca de fraldas e fraudes está liberada.


11/9/2010

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