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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Cadê o CARA?


Quem viu?
O cara sumiu...!


Lembra dele?

Aquele que falava grosso quando o assunto era democracia.

Cara! Mas que cara de pau!

Por falar em cara, onde será que andam os carinhas que pintavam a cara em 92? Aqueles, que promoveram a defenestração do Collor por uns poucos míseros milhões e algum tráfico de influência, verdadeiras amostras grátis do que estava por vir. Perderam o pique? Ou será que perderam também a vergonha!

Pior é o cara vir a Campinas, berço da República, e jogar na nossa cara, que a liberdade de imprensa é um descaramento de quem ousa pensar diferente dos caras do partido.

Não dá para acreditar que, com a maior cara lavada o cara venha, na cara dura, dizer coisas que fariam corar qualquer cara que tenha vergonha na cara.

E pensar que depois de quebrarmos a cara, por vinte anos, com censura e repressão, tem gente com cara de tacho para aplaudir a mordaça em praça pública.

Será que o cara bebeu? Ou os caras que aplaudiram é que beberam?

Confesso que dá medo. Pior que ditadura de poucos, só, mesmo, a ditadura de muitos.

Se a imprensa se cala, a gente não adivinha por onde a coisa anda. Então era para esconder tudo? 


Disse que dedurar é coisa de partido político. Então, será que o cara quis dizer que tem partido demais, que basta um bem forte, dono do poder e da verdade?

Pode ser, desde que Nelson Rodrigues não saia do túmulo para reclamar da afronta ao seu sublime aforismo de que “toda unanimidade é burra”:

(Olha o Nelson, aí, de novo)!

Quem sabe, a bem dos falecidos e das sensibilidades mais delicadas, não seria melhor remodelarmos para: “toda unanimidade pode ser que não seja tão inteligente quanto se gostaria, ou quanto venha a aparentar”.

Aliás, põe aparência, unanimidade e inteligência nisso. Oitenta por cento de genialidade está pra lá de bom!

Burros são os outros vinte por cento que teimam em lembrar que as instituições valem mais que o oba-oba da propaganda oficial.

Burros são os que acreditam que a liberdade, a democracia, a livre iniciativa e a ordem jurídica são mais importantes que qualquer sucesso econômico.

Que pega mal ver um palanque penso com o peso de um “presidente 80%” fazendo campanha para uma candidata pré-fabricada e mal acompanhada, ah isto pega!

E dizer que a tal má companhia nunca foi presa pela policia federal mesmo quando fazia cócegas, não na língua, mas nas imaculadas barbas do companheiro! Que precisou o indisciplinado partido da imprensa desencadear a faxina preventiva antes que o caso PC Farias, em cinco anos, parecesse coisa de aprendiz.

Triste é que eu até gostava do cara. Afinal não dá para negar que apesar de pouco afinado com a linguagem escrita o cara escreveu muita coisa certa por linhas tortas.

Afinal, se até Deus faz isto porque é que o cara, que quase o é, não poderia?

Ou será que ele é, mesmo; por isto que dizem que Deus é brasileiro! Pode ser que nós é que entendemos mal: Deus é companheiro!

Está certo que tentar comprar o Congresso pode ter sido uma furada que aprendeu com os antecessores. Mas a gente perdoa.

Só desta vez, é claro, já que, para o povo, os fins justificavam os meios, as meias e as cuecas.

Outra coisa estranha é comício cercado. Questão de segurança, provavelmente, dada a importância do cabo eleitoral.

Já imaginou se a turma do deixa - disso resolvesse se manifestar?

A audiência que ia dar no Jornal da Band, ou, quem sabe, até no jornal pelego da emissora concorrente?

Foi mal, cara!

De toda forma, aqui vai meu voto de solidariedade ao companheiro. Não apenas pelos méritos, que não nego, mas pelo bom desempenho em conduzir o país rumo ao social-sindical-capitalismo, uma aventura a mais na história patética desta pobre e espoliada nação.


Sérgio Caponi

eleitor


1 comentários:

ercília disse...

Muito bem escrito, Sérgio Caponi!''E isto aí.
Bem dizem as más línguas, que ninguém engana todos todo o tempo...uma hora a casa cai.
O rei está nu!