Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Quanto mais investigamos, mais cheira mal...


Os deputados Índio da Costa (DEM-RJ) e Carlos Sampaio (PSDB-SP), sub-relatores da CPI do Cartão, apresentaram nesta terça-feira, em entrevista coletiva, dois "casos emblemáticos" de tráfico de influência no uso dos cartões corporativos em pagamentos a empresas que têm em seu quadro societário servidores públicos.

Caso o relator não use as denúncias no relatório final da comissão, os deputados prometeram encaminhá-las diretamente ao Ministério Público.

" Quanto mais investigamos, mais cheira mal " -

Quanto mais investigamos, mais cheira mal - afirmou Índio da Costa.
Os parlamentares afirmaram que ainda precisam de outros documentos para realizar investigações mais amplas, como as notas fiscais que justificam os gastos feitos em dinheiro vivo. Mas, segundo os deputados, o governo está demorando a enviar essas informações ao Congresso.

O primeiro caso apresentado diz respeito à empresa Gilvana Elétrica LTDA.
Os parlamentares chegaram a essa empresa devido a um gasto de R$ 250 realizado com cartão de crédito corporativo, em outubro de 2006.

Ao investigar a empresa, descobriram que ela tem em seu quadro societário Raimundo Luiz da Silva, funcionário do Hospital Universitário de Brasília, usuário de cartão corporativo e que teria realizado saques de R$ 17,7 mil em dinheiro vivo.

Servidor comprou na própria loja

Ao prosseguirem com as investigações, os parlamentares identificaram que a empresa Gilvana Elétrica realizou um total de R$ 113.493,68 de negócios junto ao governo federal, lidando com diversos órgãos como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Ministério da Saúde. Mas, a maior parte dos recursos - R$ 77.423,64 -, vinha da Fundação Universitária de Brasília, órgão vinculado ao HUB, local onde o sócio da empresa, Raimundo da Silva, trabalha.

" Comprei lá sim, mas foram só besteirinhas.

Não sei o montante, mas não foi o tanto de grana que falaram " - Eu não sabia que não podia usar o cartão na loja. Comprei lá sim, mas foram só besteirinhas. Não sei o montante, mas não foi o tanto de grana que falaram - afirmou o servidor.

Raimundo diz ter 5% das cotas da elétrica, sediada na Vila Planalto, bairro de classe média-baixa próximo à Praça dos Três Poderes.

Ele nega ter se beneficiado e diz ter esquecido a senha do cartão. - Sou um burocrata. Só fui à Gilvana para comprar parafuso, ferramenta, latinha de tinta. Não derramei dinheiro corporativo aqui - afirmou o servidor. Aqui.

Burgueses do capital alheio...

0 comentários: