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segunda-feira, 5 de maio de 2008

Passeio em favela investigado

Pára mundo, eu quero descer...


Delegacia abrirá inquérito para apurar pacote turístico que inclui conversa

Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat) vai abrir inquérito para investigar possíveis irregularidades em passeios oferecidos por uma agência de turismo na Rocinha.

O pacote de diversão oferecido aos turistas pela Private Tours — agência que consta no catálogo da Riotur, empresa de turismo da prefeitura — inclui visita de quatro horas ao morro e um ousado atrativo para o turista: um bate-papo com traficantes armados que fazem a segurança dos chefões do morro.

O secretário nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, chamou de “apologia e banalização do crime” a exploração do tráfico como atrativo turístico.

Para o secretário, a ação prejudica a imagem do Brasil no exterior.

“Fico pasmo que se faça turismo em cima do crime.
É o enxovalhamento da imagem brasileira no exterior, leva uma imagem de que estamos ‘glamourizando’ a atividade criminosa”.

“Vamos caminhar lá dentro, dar de cara com os ‘soldados’, o pessoal armado que protege lá em cima. Dá pra conversar, me conhecem”, teria dito Novak ao repórter, que se passou por turista.

O guia de turismo e dono da agência, Pedro Novak, explica por telefone as atrações que o turista vai encontrar na visita à favela.

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