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sexta-feira, 9 de maio de 2008

Dossiê: as versões


Dossiê: as versões

Esta é a lista que Arthur Virgílio havia feito das versões apresentadas pela ministra Dilma:

“1º - Que não existia nenhum dossiê. Inclusive foi comunicado à Senhora Ruth Cardoso de que não havia qualquer levantamento sobre os seus gastos pessoais.

2º - Informou à opinião pública que tinha feito sim um levantamento sobre os gastos, mas a pedido do Tribunal de Contas da União.

3º - O TCU desmentiu categoricamente que não havia feito qualquer pedido.
O Planalto adotou então a versão do banco de dados: não havia dossiê, um arquivo normal.

4º - Diante da simplicidade deste argumento, o governo passou a circular a história do “fogo amigo”, fruto da insatisfação de petistas “palacianos” em relação com o prestígio político da Chefe da Casa Civil.

5º - Em seguida formulou-se a teoria da conspiração do PSDB, que alimentado por um agente tucano infiltrado na Casa Civil, divulgou os gastos para culpar o governo.

6º - Chegando à sexta tradução para o mesmo fato, elaborou-se a versão de que o verdadeiro crime é o vazamento de informações, portanto, investigue-se o informante e não o mandante. Nessa altura a Polícia Federal já tinha sido pressionada a entrar na investigação e diante da constatação de que iria sim, atrás dos autores do dossiê, o Ministro Tarso Genro, tratou de aperfeiçoar esta versão.

7º - Diante do risco de se chegar ao verdadeiro(a) autor(a) do dossiê, o Ministro Tarso Genro novamente produz uma teoria (não esquecendo que a idéia inicial sobre o TCU também foi de sua autoria) em que é comum e até louvável na conduta de um gestor público a manufatura de dossiês em qualquer governo, diante do embate político esta seria a saída para não se sentir pressionado por uma oposição fiscalizadora. Note-se a mudança de opinião do Ministro, que nos primeiros dias das denúncias afirmou que o Presidente Lula “não trabalhava com dossiê” e essa conduta era indecente. A indecência passou para o Ministro, repentinamente, a ser louvável.

8º - Novamente foi divulgada uma nova versão, de que os dados contidos no dossiê não eram sigilosos e, sendo assim, seu uso não implicava em transgressão. Mas se o sigilo tinha sido o fator essencial para a sustentação de todas as versões anteriores, fica a certeza que o governo mentiu descaradamente para toda a opinião pública.

9º - Por fim, os meios de comunicação comentaram sobre a estratégia de hoje, que seria em se limitar a falar do PAC, caso a oposição insistisse a saída seria dizer que foi traída e dar por encerrada o assunto.”

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