A divulgação oficiosa do resultado da sindicância, um dia depois do depoimento bem sucedido da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, na Comissão de Infra-estrutura do Senado, foi uma operação sincronizada, conforme apurou o Estado.
Provas ligando Aparecido a um funcionário do gabinete do senador tucano Álvaro Dia (PR) já haviam sido recolhidas pelos auditores, que esperavam por um momento conveniente para divulgá-las.
Ou seja:
depois do depoimento de Dilma, quando ela se desvencilhou das acusações de autora material ou hierárquica do dossiê.
Aliado de Dirceu vazou o dossiê FHC
José Aparecido Nunes Pires, lotado na Secretária de Controle Interno da Casa Civil, é o responsável pelo vazamento de um dossiê com despesas sigilosas do governo Fernando Henrique Cardoso.
A informação é da Folha de S.Paulo e será publicada na edição desta sexta-feira, em reportagem assinada pelo jornalista Leonardo Souza.
Segundo a reportagem, a Polícia Federal e a sindicância interna aberta pela Casa Civil para apurar o vazamento identificaram e-mails trocados entre José Aparecido e André Fernandes, assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Como revelou o blog no dia 02 de abril, Dias repassou o dossiê à revista Veja e à Folha de S.Paulo - primeiros órgãos da imprensa a noticiarem o episódio.
Um desse e-mails, enviado dia 20 de fevereiro, diz a reportagem de Souza, seria de cunho pessoal, mas conteria, em anexo, a planilha em Excel de 28 páginas com gastos sigilosos do casal FHC.
O dossiê começou a ser produzido uma semana antes disso. A ordem para confeccioná-lo partiu da secretária-executiva da Casa Civil e braço-direito de Dilma, Erenice Guerra.
A reportagem ainda revela que Aparecido é ligado ao ex-ministro José Dirceu, que, inclusive, foi empregado por ele na Casa Civil quando ela estava sob o comando de Dirceu.
Leia mais em:
Aliado de Dirceu é suspeito de vazar dossiê FHC e deve depor
E agora, José?
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