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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Os nazistas estão nas ruas! Serra é agredido no Rio. O chefe da facção é o presidente da República


Os nazistas estão nas ruas!

Serra é agredido no Rio.

O chefe da facção é o presidente da República

Quando aquele grupo de fascistas foi constranger os donos da gráfica Pana — que imprimia o material da Diocese de Guarulhos e que também havia trabalhado para petistas —, afirmei que as tropas de assalto dos nazistas estavam nas ruas; comparei a ação do grupo aos métodos da Sturmabteilung, a SA de Ernst Röhm, do tempo em que o nazismo não havia ainda se profissionalizado.

Exagero?

Eu apenas submeto a uma projeção aquilo que no petismo é ainda incipiente, imaginando, a partir de dados que eles próprios me fornecem , até onde podem chegar.

Hoje, um destacamento da Sturmabteilung (SA) agrediu o tucano José Serra.

Agressão física mesmo!

O candidato caminhava com partidários e aliados pelo calçadão de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, quando se deparou com um grupo de militantes petistas, organizado com a finalidade exclusiva de constranger os tucanos e lhes tirar o direito constitucional de ir e vir.

O pessoal da SA tentou impedir a passagem da social-democracia.

Houve enfrentamento.

Uma bobina de papel atingiu a cabeça de Serra, que chegou a ficar um pouco zonzo e teve de ser atendido no hospital Sorocaba.

Pedras foram lançadas contra o grupo, que era acompanhado por repórter que cobriam a caminhada.

Quem é o (i)rresponsável por isso?


Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da República, cuja retórica de palanque simula uma guerra.

Foi ele que, ao abandonar qualquer princípio de decoro a que sua condição obriga, ao renunciar à liturgia própria do cargo para se dedicar à campanha eleitoral mais rasteira, arrastou a disputa para o confronto de rua.

Com uma diferença: só os seus brutamontes agridem.

Hoje, exercendo o seu papel predileto, o de vítima, Lula anunciou que a Polícia Federal está investigando ligações de telemarketing contra Dilma.

Espero que a PF não esteja, também ela, a serviço do PT.

Ou Lula não vai pedir que a polícia investigue os panfletos apócrifos contra Mônica Serra encontrados no QG petista?


Recorrendo à única metáfora em que consegue se expressar com alguma clareza teórica, afirmou:

“O jogador que quer disputar um título mundial, ele não vai ficar rebolando dentro do campo. Ele vai jogar para marcar gol. Ele vai tirar a bola do adversário. Agora, isso tem de ser feito, mas o baixo nível que a campanha está tomando é uma coisa”.
Não sei o que quer dizer direito, mas o certo é que esse jogo não supõe tentar quebrar a cabeça do adversário.

A retórica do presidente sempre foi e continua a ser a de um chefe de facção.

E sua tropa de choque está nas ruas obedecendo, na prática, ao comando do chefe.


20/10/2010

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